Heilel - Resumos
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 9, sessão dia 25/03/2017 - Heilel Ben-Shachar
Ano 5492 da sexta era. Acampamento élfico na clareira da grande floresta.
Finalmente encontramos o foco de resistência élfica. Na verdade, a palavra resistência seria otimista demais para como eles se encontram agora. É nítido o sentimento de desanimo nos rostos de muitos deles, e um grupo como este, de pouco mais de cem indivíduos, não será páreo para as forças de Slakish se estiver com a moral baixa como está no momento. Particularmente, esperava encontrar mais deles naquele lugar, e ao que consta, não há outros grupos espalhados pela floresta. A situação está difícil por aqui. Muito mais do que eu imaginava.
"Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore."
O golpe quase fatal no ânimo deles pode ter sido uma traição ocorrida na nobre corte élfica. Uma traição, talvez, motivada por um ciúmes inveterado de uma relação entre irmãs. Essa é uma história antiga e lendária de como uma irmã mais nova ganhou a preferência do pai como herdeira da família, e de como a mais velha, aquela que os elfos não dizem o nome, se ressentiu com o ocorrido. Naquele momento estava plantada uma semente do mal na primogênita magoada, e que viria a crescer numa árvore pobre cujo fruto madurou nesta traição. Contudo, uma traição da qual com certeza não sairá impune.
"Pelos seus frutos os conhecereis. É possível alguém colher uvas de um espinheiro ou figos das ervas daninhas? Assim sendo, toda árvore boa produz bons frutos, mas a árvore ruim dá frutos ruins. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo."
No comando de todo este grupo está um triunvirato de poderes, o que mostra que eles ainda são capazes de se organizar, o que é um boa notícia. Como porta-voz e no comando da logística parece estar Morgol'don Tetlanta. À frente dos assuntos arcanos está Melila Falaeme. E, como responsável pelas manobras militares e de sobrevivência está Siminaithor Laetanina, com quem conversamos melhor. Nele, em particular, parece ainda haver alguma chama de vingança contra tudo aquilo que fizeram de errado contra seu povo.
A aliança entre Slakish e os Yuan-tis se fortalece. Estes realizam rituais heréticos floresta adentro em busca de poder. Uma clara profanação das leis divinas em adoração blasfema de um falso Deus serpente. Destruímos um desses lugares, mas ainda há outros espalhados, e talvez tenham conseguido terminar em algum deles este ritual, pois cada vez que encontramos um Yuan-ti eles se tornam mais monstruosos e bizarros. Talvez uma exteriorização em forma material do verdadeiro significado corrompido de seus rituais.
No mais, precisamos definir e fortalecer também nossas alianças. Mais ainda, é preciso reerguer a moral desse povo em primeiro lugar. Por isso, pretendo mostrar a eles que o caminho é o combate contra as forças tirânicas do mal. O caminho é enfrentar Crígarus que já transformou grande parte da floresta em deserto e tomando como território seu. Varkatosh que desolou a parte ocidental e transformou o verde em cinza de fuligem vulcânica e tóxica. E Slakish que terminou por surrupiar o lar de milhares de elfos , envenenando-os uns contra os outros, ou qualquer outro mal que se ponha em nosso caminho. A justiça divina age de diversas formas mas de um coisa eu tenho certeza; ninguém escapa de sua punição.
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 10, sessão dia 01/04/2017 - Heilel Ben-Shachar
Sexta era. Final da primeira semana do último mês do verão do ano de 5492. Expedição à grande biblioteca de Patapatani.
Ragnar conseguiu nos achar na clareira da floresta, e trouxe notícias da floresta das cinzas. Varkatosh se movimenta por lá coletando árvores, segundo Ragnar, para alguma espécie de combustível. Infelizmente nenhum de nós faz a menor idéia do que ele realmente planeja fazer com isso, por isso resolvemos organizar uma expedição à biblioteca onde Maiev estudou por anos. Talvez os conhecimentos de Maiev de lá nos ajudem a encontrar a informação necessário sobre o assunto. Fato foi que sem ele, e principalmente Ragnar, não conseguiríamos ter feito tal viagem. Me impressiona como os sentidos de Ragnar são aguçados, e como há algum tipo de ligação dele com a natureza que o faz saber a exata localização de alguns inimigos. Seria de grande ajuda se ele ficasse no grupo, mas parece que o trabalho dele como patrulheiro também traz bons resultados.
Como em toda boa história, todo lugar onde reside grande sabedoria e conhecimento sempre é guardado por diversas proteções e algum poderoso guardião. Mesmo Maiev enfrentou dificuldade em acessar o interior do local, que ficava dentro de uma grande árvore que se destacava ante as demais, coberta de magia e silencio. Mas quem persevera no caminho sempre chega no objetivo, mesmo que leve algum tempo. Ele foi lá buscar conhecimento, e pediu, e a ele foi dado.
"Pedi, e vos será concedido; buscai, e encontrareis; batei, e a porta será aberta para vós. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, se lhe abrirá."
Espero que Maiev e Melila consigam entender agora que tipo de combustível é este que o tirano vermelho busca e para que serve. Ambos possuem inteligência para decifrar este mistério. Aliás, Melila em particular parece ser uma grande conhecedora. Sabe mais sobre mim, e o que sou, do que eu mesmo.
Acabei descobrindo que sou único neste mundo. Sempre achei que existissem outros como eu espalhados por ai fazendo os desígnios dos planos superiores, combatendo o mal e levando a justiça onde ela é necessária. Não sei ao certo como me sinto em relação a isto. Sei que estou aqui para que se faça justiça em Zandor, mas saber que sou único do meu tipo meu trouxe um pouco de solidão, e com ela, mais responsabilidade. Não posso falhar, pois carrego em mim o peso da vingança de todos aqueles que sofreram pelas obras do mal, e temo que este fardo, agora, seja pesado demais.
Hoje é um bom dia para orar.
"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca."
Shox- Escritor
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 11, sessão dia 08/04/2017 - Heilel Ben-Shachar
Sexta era. Empálica começa a minguar anunciando a mudança de estação. Ponta da floresta das cinzas.
De volta à região desolada, no céu Empálica anuncia a nova estação. Entramos no outono e a natureza continua sua marcha descendente rumo ao inverno, período que representa a morte de um ciclo, para depois renascer novamente na primavera. Imagino que talvez seja assim com as civilizações, as raças, a cultura e a moral das pessoas e povos existentes. Toda civilização e cultura tem seu início, atinge seu apogeu, para depois cair e tentar de reerguer novamente. E, se não tiver cuidado, se não tiver aqueles que guardam a alta cultura e moral elevada para ser transmitida às novas gerações, haverá de chegar o inverno eterno para aquele povo.
Creio que o inverno seja a representação da era em que vivemos atualmente. Uma era de ferro, em que malignos dragões cromáticos agem criminosamente, e na qual a moral de seres viventes e conscientes se abala caindo em falsos conceitos sobre o que é bom e o que é mal, o que é certo e errado. Sim, vivemos uma era de declínio moral também, da qual apenas sairemos para uma nova primavera se vigiarmos nossos atos e pensamentos, e acima de tudo, se agirmos com extrema justiça.
Percebi isto nas palavras de Cnarendir, um druida que arrumamos para performar um ritual, e que encontramos num círculo druídico abandonado na floresta. Ele é um humano que acredita que o bem e o mal são relativos. Isto talvez poderia ter sido menos chocante para mim se este mesmo pensamento não fosse compartilhado por Maradrin e, surpreendentemente, e para um certo desapontamento meu, também por Chinook. Maradrin ao menos parece ter claro em sua mente contra o que lutamos e o que precisamos fazer para vencer. Mas Chinook, aquele que guarda poderes parecidos com o meu e a quem pensei que compartilhava a mesma visão clara entre o bem o mal, entre o que é certo e o que é errado, parece ter caindo em tentação diante de tal confusão relativista.
Eles confundem os ciclos da natureza com bem e o mal. Eles confundem reações naturais, a ação de um predador em busca de sua presa e de comida num conceito relativista deturpado de bem e mal, certo e errado. Eles estão enganados. O equilíbrio da natureza não é uma relação entre bem o mal, pois o mal vem para justamente destruir este equilíbrio. Aqui, neste mundo, as pessoas nascem, crescem e morrem; as plantas e os animais nascem, crescem e morrem, e o mal vem para deturpar isto profanando os mortos, matando inocentes, e para espalhar apenas o terror, a ignorância e tirania ante os demais. O mal pratica crimes contra a lei divina. Crimes estes que não ficarão impunes jamais.
"Quando os crimes não são castigados logo, o coração do homem se enche de planos para fazer o mal."
Os ciclos se perpetuam resguardados pela justiça divina. Até mesmo Cnarendir, Maradrin e Chinook percebem isto, mesmo que seja minimamente, tanto que estavam dispostos a trazer uma floresta literalmente de volta das cinzas. Algo como no conto da grande ave mitológica, a fênix, a ave de fogo radiante que ressurge das próprias cinzas. Um conto que traz a representação dos ciclos, e de como é possível renascer para uma nova vida.
Ainda há tempo para eles, assim como houve para Bradley. Até onde sei, eles não cometeram crimes. Diante do comando divino que lhe dei, Cnarendir confessou não ser aliado de Slakish, mas também não se dispõe a lutar contra ela e os outros dragões malignos. Ele é incapaz de enxergar o mal que ela faz por causa de sua visão e moral distorcidas. E isso é tudo o que o mal quer. Não quer ser percebido e não quer ser combatido, pois para que o mal vença basta que os bons não façam nada. Ele se aproveita do declínio moral nesta era de inverno para agir impunemente escondendo-se nestes conceitos vazios e fingindo-se parte dos ciclos e dos equilíbrios.
Não posso deixar que isto aconteça, não enquanto estiver aqui, não enquanto for um veículo para a ação da justiça. Devo portar a luz dos conceitos elevados. A luz que elimina o terror, espanta a ignorância, e que dá cabo da tirania.
"o rosto da justiça volta-se contra os que praticam o mal, para apagar da terra a memória deles."
Sexta era. Empálica começa a minguar anunciando a mudança de estação. Ponta da floresta das cinzas.
De volta à região desolada, no céu Empálica anuncia a nova estação. Entramos no outono e a natureza continua sua marcha descendente rumo ao inverno, período que representa a morte de um ciclo, para depois renascer novamente na primavera. Imagino que talvez seja assim com as civilizações, as raças, a cultura e a moral das pessoas e povos existentes. Toda civilização e cultura tem seu início, atinge seu apogeu, para depois cair e tentar de reerguer novamente. E, se não tiver cuidado, se não tiver aqueles que guardam a alta cultura e moral elevada para ser transmitida às novas gerações, haverá de chegar o inverno eterno para aquele povo.
Creio que o inverno seja a representação da era em que vivemos atualmente. Uma era de ferro, em que malignos dragões cromáticos agem criminosamente, e na qual a moral de seres viventes e conscientes se abala caindo em falsos conceitos sobre o que é bom e o que é mal, o que é certo e errado. Sim, vivemos uma era de declínio moral também, da qual apenas sairemos para uma nova primavera se vigiarmos nossos atos e pensamentos, e acima de tudo, se agirmos com extrema justiça.
Percebi isto nas palavras de Cnarendir, um druida que arrumamos para performar um ritual, e que encontramos num círculo druídico abandonado na floresta. Ele é um humano que acredita que o bem e o mal são relativos. Isto talvez poderia ter sido menos chocante para mim se este mesmo pensamento não fosse compartilhado por Maradrin e, surpreendentemente, e para um certo desapontamento meu, também por Chinook. Maradrin ao menos parece ter claro em sua mente contra o que lutamos e o que precisamos fazer para vencer. Mas Chinook, aquele que guarda poderes parecidos com o meu e a quem pensei que compartilhava a mesma visão clara entre o bem o mal, entre o que é certo e o que é errado, parece ter caindo em tentação diante de tal confusão relativista.
Eles confundem os ciclos da natureza com bem e o mal. Eles confundem reações naturais, a ação de um predador em busca de sua presa e de comida num conceito relativista deturpado de bem e mal, certo e errado. Eles estão enganados. O equilíbrio da natureza não é uma relação entre bem o mal, pois o mal vem para justamente destruir este equilíbrio. Aqui, neste mundo, as pessoas nascem, crescem e morrem; as plantas e os animais nascem, crescem e morrem, e o mal vem para deturpar isto profanando os mortos, matando inocentes, e para espalhar apenas o terror, a ignorância e tirania ante os demais. O mal pratica crimes contra a lei divina. Crimes estes que não ficarão impunes jamais.
"Quando os crimes não são castigados logo, o coração do homem se enche de planos para fazer o mal."
Os ciclos se perpetuam resguardados pela justiça divina. Até mesmo Cnarendir, Maradrin e Chinook percebem isto, mesmo que seja minimamente, tanto que estavam dispostos a trazer uma floresta literalmente de volta das cinzas. Algo como no conto da grande ave mitológica, a fênix, a ave de fogo radiante que ressurge das próprias cinzas. Um conto que traz a representação dos ciclos, e de como é possível renascer para uma nova vida.
Ainda há tempo para eles, assim como houve para Bradley. Até onde sei, eles não cometeram crimes. Diante do comando divino que lhe dei, Cnarendir confessou não ser aliado de Slakish, mas também não se dispõe a lutar contra ela e os outros dragões malignos. Ele é incapaz de enxergar o mal que ela faz por causa de sua visão e moral distorcidas. E isso é tudo o que o mal quer. Não quer ser percebido e não quer ser combatido, pois para que o mal vença basta que os bons não façam nada. Ele se aproveita do declínio moral nesta era de inverno para agir impunemente escondendo-se nestes conceitos vazios e fingindo-se parte dos ciclos e dos equilíbrios.
Não posso deixar que isto aconteça, não enquanto estiver aqui, não enquanto for um veículo para a ação da justiça. Devo portar a luz dos conceitos elevados. A luz que elimina o terror, espanta a ignorância, e que dá cabo da tirania.
"o rosto da justiça volta-se contra os que praticam o mal, para apagar da terra a memória deles."
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 12, sessão dia 14/04/2017 - Heilel Ben-Shachar
Primeiro mês de outono do ano de 5492, sexta era. Pouco acima do rio do vulcão, norte da região antes desolada.
A justiça se fez presente nesta região desolada. Nosso plano em atrapalhar as atividades de Varkatosh teve sucesso e agora esta é uma região vingada onde a floresta cresce novamente, ao menos por um ano. É até engraçado presenciar uma floresta ganhar vida novamente no começo do outono, mas encaro isto como um sinal. Um sinal de que estamos nos erguendo contra forças malignas apesar das adversidades. Enquanto regiões no mundo caem perante o poder nefasto do mal, nós permanecemos firmes e retos no objetivo, quase que inabaláveis.
"Mil cairão ao teu lado, dez mil à tua direita. Mas tu não serás atingido."
Cnarendir, o druida, cumpriu muito bem com seu dever e com o que acertamos com ele. Suas habilidades são bem interessantes e úteis, poderia compor muito o grupo agora que Fyrax está mais afastado, mas ainda não confio nele. Não pelo o que ele pode e é capaz de fazer, mas mais pelo o que ele não é capaz. Esta sua neutralidade com relação aos dragões cromáticos e malignos me incomoda. No entanto, podemos usá-lo a nosso favor para fazer vingar outras regiões desoladas, como o deserto de Crígarus.
Contudo, o sucesso nosso não passará desapercebido e pode haver retaliação. Além de restaurar a floresta de onde Varkatosh retirava matéria-prima para algo maligno, também executamos um de seus filhos. Um que foi pego numa armadilha criada pela magia de Maiev. Eu não sei como, mas de alguma forma ele soube que nós estávamos lá, e por isso tentou nos flanquear junto com uma pequena tropa de draconatos vermelhos. Isso nos abre uma chance de tentarmos invadir a torre mais próxima enfraquecendo de vez a ação de Varkatosh na região, e de tentarmos pegar alguma amostra desse misterioso material que ele extraia para que Melila e Maiev o estudem melhor. Porém, esse mistério de como ele nos achou tão fácil me preocupa.
Durante a maior parte do ritual de Cnarendir, antes do dragão vermelho vir em nossa direção, pressentia que estávamos sendo observados lá do vulcão. Algo impossível, pois a distância era enorme, mas ainda sim presente. Quase como que um grande olho flamejante e sem pálpebra nos observando diretamente de lá. Era impossível não olhar na direção do vulcão e para ele. E ao que pude notar, o demais também sentiram algo parecido. Estavam sempre olhando para lá.
Não temo em agir. Se for para ir até a torre, melhor que seja o mais rápido possível. Não é sábio andar em território inimigo quando ele sabe exatamente onde você está e tem, sob qualquer óptica que se analise, completa vantagem sobre você.
"Durante um momento fugaz, como se emitida de alguma grande janela incomensuravelmente alta, cortou o céu ao norte uma chama vermelha, o faiscar de um olho penetrante;"
Primeiro mês de outono do ano de 5492, sexta era. Pouco acima do rio do vulcão, norte da região antes desolada.
A justiça se fez presente nesta região desolada. Nosso plano em atrapalhar as atividades de Varkatosh teve sucesso e agora esta é uma região vingada onde a floresta cresce novamente, ao menos por um ano. É até engraçado presenciar uma floresta ganhar vida novamente no começo do outono, mas encaro isto como um sinal. Um sinal de que estamos nos erguendo contra forças malignas apesar das adversidades. Enquanto regiões no mundo caem perante o poder nefasto do mal, nós permanecemos firmes e retos no objetivo, quase que inabaláveis.
"Mil cairão ao teu lado, dez mil à tua direita. Mas tu não serás atingido."
Cnarendir, o druida, cumpriu muito bem com seu dever e com o que acertamos com ele. Suas habilidades são bem interessantes e úteis, poderia compor muito o grupo agora que Fyrax está mais afastado, mas ainda não confio nele. Não pelo o que ele pode e é capaz de fazer, mas mais pelo o que ele não é capaz. Esta sua neutralidade com relação aos dragões cromáticos e malignos me incomoda. No entanto, podemos usá-lo a nosso favor para fazer vingar outras regiões desoladas, como o deserto de Crígarus.
Contudo, o sucesso nosso não passará desapercebido e pode haver retaliação. Além de restaurar a floresta de onde Varkatosh retirava matéria-prima para algo maligno, também executamos um de seus filhos. Um que foi pego numa armadilha criada pela magia de Maiev. Eu não sei como, mas de alguma forma ele soube que nós estávamos lá, e por isso tentou nos flanquear junto com uma pequena tropa de draconatos vermelhos. Isso nos abre uma chance de tentarmos invadir a torre mais próxima enfraquecendo de vez a ação de Varkatosh na região, e de tentarmos pegar alguma amostra desse misterioso material que ele extraia para que Melila e Maiev o estudem melhor. Porém, esse mistério de como ele nos achou tão fácil me preocupa.
Durante a maior parte do ritual de Cnarendir, antes do dragão vermelho vir em nossa direção, pressentia que estávamos sendo observados lá do vulcão. Algo impossível, pois a distância era enorme, mas ainda sim presente. Quase como que um grande olho flamejante e sem pálpebra nos observando diretamente de lá. Era impossível não olhar na direção do vulcão e para ele. E ao que pude notar, o demais também sentiram algo parecido. Estavam sempre olhando para lá.
Não temo em agir. Se for para ir até a torre, melhor que seja o mais rápido possível. Não é sábio andar em território inimigo quando ele sabe exatamente onde você está e tem, sob qualquer óptica que se analise, completa vantagem sobre você.
"Durante um momento fugaz, como se emitida de alguma grande janela incomensuravelmente alta, cortou o céu ao norte uma chama vermelha, o faiscar de um olho penetrante;"
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 13, sessão dia 21/04/2017 - Heilel Ben-Shachar
Segunda semana de outono do ano de 5492, sexta era. Clareira da floresta de Patapatani. Acampamento élfico.
"Digo a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra."
A Lei Divina é absoluta e seus mandamentos atingem a toda a criação, do início ao fim. Todo ato gera uma consequência, pois assim está escrito e assim será. A vários seres foi-lhes dado a faculdade divina da consciência, o poder de escolha, e com ela a responsabilidade de arca com suas próprias escolhas, e nenhum ato contrário à Lei ficará sem punição. É assim que é, e é assim que será até o fim dos tempos, até o dia do juízo final.
Nossos atos até aqui foram vitoriosos. Conseguimos atrapalhar os planos de Varkatosh e recuperamos parte do poderoso material mágico que ele recolhia. Na verdade, é um material tão raro e escasso que é preciso destruir milhares de árvores apenas para se extrair uma pequena quantidade. Ver Maiev manuseando aquele pequeno objeto em estado bruto me mostrou o porquê do interesse do tirano vermelho. Aquilo significava poder, um poder mágico extremo, e grandes poderes trazem sempre grandes responsabilidades.
No entanto, busca por poder é um caminho perigoso que pode levar ao pecado. Apesar de nos contar sobre a pedra e o que ela fazia, havia algo sobre ela que Maiev escondia de nós. E pode estar escondendo algo sobre o verdadeiro poder dela. Chinook, por sua vez, não queria se desgrudar da pequena pedra pedindo constantemente para que Maiev o deixasse examiná-la novamente, e sempre a guardando no bolso como que a querendo para si. Está claro que no combate ao mal, é necessário não só espadas de metal, mas também firmeza interior para não caiar em tentação e não pecar. Talvez ali estava semeado o pecado da luxúria, uma ânsia por mais poder.
"A ânsia de poder não é originada da força, mas da fraqueza."
O destino nos levou até um cofre do conhecimento no meio da floresta. Melila e Morgol'don nos julgou dignos de irmos até lá em busca de mais poderes para lutarmos contra os dragões. Lá seriamos testados a fim de que fossemos julgados dignos ou não de receber tais poderes.
O cofre de Saironwen Galonos contém muito conhecimento, e como todo lugar onde reside grande poder, estava repleto de guardiões e defesas contra intrusos. A cada sala que entravamos as portas se fechavam e seres animados magicamente nos desafiavam e retornavam às suas posições assim que vencidos, e então as portas se abriam novamente. Foi assim até chegarmos na última sala e confrontarmos um ser todo metálico que saiu de um poço com água numa sala de gravidade invertida.
Penso que os demais talvez achem que aquele ser mágico foi o último desafio que enfrentamos naquele lugar. De fato, aquele guardião era um ser poderoso e nos recompensou assim que o derrotamos, mas, para mim, o verdadeiro e último desafio do lugar veio ainda depois.
No peculiar poço com água no meio da sala, Cnarendir achou uma caixa contendo um deck de cartas mágicas. Era o destino nos testando. Acredito que movido pela curiosidade, ele resolveu tentar tirar a sorte enquanto descansávamos.
Como qualquer jogo de sorte, aquele que brincar com elas desafiando o destino estará sujeito a coisas boas ou ruins, e que, como qualquer escolha consciente, aquele que tirar a sorte deverá arcar com a responsabilidade da própria escolha. Penso que este era o verdadeiro teste e lição, e acredito que o grande poder contido nas lâminas de marfim tenha mexido com a cabeça dos demais naquele momento.
Havia grandes benesses assim como grandes desgraças naquelas cartas, e isto estava claro logo no primeiro jogo de Cnarendir. Ele agiu com responsabilidade ao enfrentar a Morte numa luta, porque ele mesmo a havia chamado através das cartas. Parece que a confusão moral se desfaz ao pouco, e com isso ele também ganha cada vez mais minha confiança. A sorte o favoreceu e cartas boas lhe deram poder e itens, o tornando ainda mais forte. Acho que isto foi o gatilho para trazer à tona a luxúria dos elfos do grupo, a luxúria por poder. Algo que já estava na mente deles. Estava ali evidenciado uma fraqueza, um pecado.
Ignorando todos os males que podiam acontecer, eles queriam poder através das cartas, mesmo que isto já havia lhes sido dado a poucos instantes pelo guardião derrotado. Maradrin foi o segundo a tirar a sorte, e assim como antes, coisas boas e ruins lhe vieram. Mas a Maiev parece ter sido reservada a pior sorte, a prisão da própria alma.
Apesar dos avisos e conselhos meus e de Chinook, ele tirou a sorte e a sorte lhe tirou a alma do corpo aprisionando-a em um lugar misterioso no fundo do oceano. Isto aconteceu por escolha dele próprio, e como havia lhe dito, ele próprio haveria de arcar com as consequências. Não sei se isto é uma punição pelo pecado que cometeu, a busca desenfreada por poder e a mentira para nós. Mas o certo é que a Lei e a justiça nunca falham. Ela é assim para que possamos melhorar. As vezes as consequências vem em forma de punição que devemos enfrentar de maneira integra e responsável, pois o todo é a Lei. A vida e história de Bradley nos ensina isso.
"Faça o que tu queres, pois é tudo da Lei."
Tudo isso acabou sendo um revés forte no rumo das coisas. Talvez mais um teste do destino que se coloca à nossa frente, mais um escolha a ser feita, e a cada escolha uma renúncia. Há algum tempo fiz minha renuncia. Renuncie minha vida junto a quem me criou. Renunciei uma vida de calmaria e paz na pequena vida para seguir o caminho da justiça e da Lei para levar a punição ao mal onde quer que ele esteja. Sou a vingança da Lei. O troco merecido para aqueles que praticam maldades.
Sei qual o caminho que devo seguir. Sei que o dever me chama, pois o mal nunca descansa.
A tirania ainda reina à volta de Zandor. Slakish ainda domina a floresta. Varkatosh ainda controla o vulcão. Existe o mal menor e existe o mal maior. E, ao menos por enquanto, o maior ainda prevalece nessa era decadente. Infelizmente, o mal que se acometeu sob Maiev é um mal causado por ele próprio e à somente a ele. Ele está sendo punido por isso, e algum dia com certeza ele voltará.
A mim, cabe continuar combatendo o mal maior que vejo claramente nos atos dos dragões cromáticos. Talvez este caminho me leve algum dia ao reencontro com este amigo e companheiro, e assim realmente espero, no entanto, jurei segui-lo até o fim e assim farei, custe o que custar, doa a quem doer.
"Entregue o seu caminho à Lei; confie nela, e ela agirá: ela deixará claro como a alvorada que você é justo, e como o sol do meio-dia que você é inocente."
Segunda semana de outono do ano de 5492, sexta era. Clareira da floresta de Patapatani. Acampamento élfico.
"Digo a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra."
A Lei Divina é absoluta e seus mandamentos atingem a toda a criação, do início ao fim. Todo ato gera uma consequência, pois assim está escrito e assim será. A vários seres foi-lhes dado a faculdade divina da consciência, o poder de escolha, e com ela a responsabilidade de arca com suas próprias escolhas, e nenhum ato contrário à Lei ficará sem punição. É assim que é, e é assim que será até o fim dos tempos, até o dia do juízo final.
Nossos atos até aqui foram vitoriosos. Conseguimos atrapalhar os planos de Varkatosh e recuperamos parte do poderoso material mágico que ele recolhia. Na verdade, é um material tão raro e escasso que é preciso destruir milhares de árvores apenas para se extrair uma pequena quantidade. Ver Maiev manuseando aquele pequeno objeto em estado bruto me mostrou o porquê do interesse do tirano vermelho. Aquilo significava poder, um poder mágico extremo, e grandes poderes trazem sempre grandes responsabilidades.
No entanto, busca por poder é um caminho perigoso que pode levar ao pecado. Apesar de nos contar sobre a pedra e o que ela fazia, havia algo sobre ela que Maiev escondia de nós. E pode estar escondendo algo sobre o verdadeiro poder dela. Chinook, por sua vez, não queria se desgrudar da pequena pedra pedindo constantemente para que Maiev o deixasse examiná-la novamente, e sempre a guardando no bolso como que a querendo para si. Está claro que no combate ao mal, é necessário não só espadas de metal, mas também firmeza interior para não caiar em tentação e não pecar. Talvez ali estava semeado o pecado da luxúria, uma ânsia por mais poder.
"A ânsia de poder não é originada da força, mas da fraqueza."
O destino nos levou até um cofre do conhecimento no meio da floresta. Melila e Morgol'don nos julgou dignos de irmos até lá em busca de mais poderes para lutarmos contra os dragões. Lá seriamos testados a fim de que fossemos julgados dignos ou não de receber tais poderes.
O cofre de Saironwen Galonos contém muito conhecimento, e como todo lugar onde reside grande poder, estava repleto de guardiões e defesas contra intrusos. A cada sala que entravamos as portas se fechavam e seres animados magicamente nos desafiavam e retornavam às suas posições assim que vencidos, e então as portas se abriam novamente. Foi assim até chegarmos na última sala e confrontarmos um ser todo metálico que saiu de um poço com água numa sala de gravidade invertida.
Penso que os demais talvez achem que aquele ser mágico foi o último desafio que enfrentamos naquele lugar. De fato, aquele guardião era um ser poderoso e nos recompensou assim que o derrotamos, mas, para mim, o verdadeiro e último desafio do lugar veio ainda depois.
No peculiar poço com água no meio da sala, Cnarendir achou uma caixa contendo um deck de cartas mágicas. Era o destino nos testando. Acredito que movido pela curiosidade, ele resolveu tentar tirar a sorte enquanto descansávamos.
Como qualquer jogo de sorte, aquele que brincar com elas desafiando o destino estará sujeito a coisas boas ou ruins, e que, como qualquer escolha consciente, aquele que tirar a sorte deverá arcar com a responsabilidade da própria escolha. Penso que este era o verdadeiro teste e lição, e acredito que o grande poder contido nas lâminas de marfim tenha mexido com a cabeça dos demais naquele momento.
Havia grandes benesses assim como grandes desgraças naquelas cartas, e isto estava claro logo no primeiro jogo de Cnarendir. Ele agiu com responsabilidade ao enfrentar a Morte numa luta, porque ele mesmo a havia chamado através das cartas. Parece que a confusão moral se desfaz ao pouco, e com isso ele também ganha cada vez mais minha confiança. A sorte o favoreceu e cartas boas lhe deram poder e itens, o tornando ainda mais forte. Acho que isto foi o gatilho para trazer à tona a luxúria dos elfos do grupo, a luxúria por poder. Algo que já estava na mente deles. Estava ali evidenciado uma fraqueza, um pecado.
Ignorando todos os males que podiam acontecer, eles queriam poder através das cartas, mesmo que isto já havia lhes sido dado a poucos instantes pelo guardião derrotado. Maradrin foi o segundo a tirar a sorte, e assim como antes, coisas boas e ruins lhe vieram. Mas a Maiev parece ter sido reservada a pior sorte, a prisão da própria alma.
Apesar dos avisos e conselhos meus e de Chinook, ele tirou a sorte e a sorte lhe tirou a alma do corpo aprisionando-a em um lugar misterioso no fundo do oceano. Isto aconteceu por escolha dele próprio, e como havia lhe dito, ele próprio haveria de arcar com as consequências. Não sei se isto é uma punição pelo pecado que cometeu, a busca desenfreada por poder e a mentira para nós. Mas o certo é que a Lei e a justiça nunca falham. Ela é assim para que possamos melhorar. As vezes as consequências vem em forma de punição que devemos enfrentar de maneira integra e responsável, pois o todo é a Lei. A vida e história de Bradley nos ensina isso.
"Faça o que tu queres, pois é tudo da Lei."
Tudo isso acabou sendo um revés forte no rumo das coisas. Talvez mais um teste do destino que se coloca à nossa frente, mais um escolha a ser feita, e a cada escolha uma renúncia. Há algum tempo fiz minha renuncia. Renuncie minha vida junto a quem me criou. Renunciei uma vida de calmaria e paz na pequena vida para seguir o caminho da justiça e da Lei para levar a punição ao mal onde quer que ele esteja. Sou a vingança da Lei. O troco merecido para aqueles que praticam maldades.
Sei qual o caminho que devo seguir. Sei que o dever me chama, pois o mal nunca descansa.
A tirania ainda reina à volta de Zandor. Slakish ainda domina a floresta. Varkatosh ainda controla o vulcão. Existe o mal menor e existe o mal maior. E, ao menos por enquanto, o maior ainda prevalece nessa era decadente. Infelizmente, o mal que se acometeu sob Maiev é um mal causado por ele próprio e à somente a ele. Ele está sendo punido por isso, e algum dia com certeza ele voltará.
A mim, cabe continuar combatendo o mal maior que vejo claramente nos atos dos dragões cromáticos. Talvez este caminho me leve algum dia ao reencontro com este amigo e companheiro, e assim realmente espero, no entanto, jurei segui-lo até o fim e assim farei, custe o que custar, doa a quem doer.
"Entregue o seu caminho à Lei; confie nela, e ela agirá: ela deixará claro como a alvorada que você é justo, e como o sol do meio-dia que você é inocente."
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 14, sessão dia 29/04/2017 - Heilel Ben-Shachar
Terceira semana de outono do ano de 5492, sexta era. Clareira da floresta de Patapatani. Diferentes visões e entendimentos me separam do antigo grupo, ao menos por enquanto, e vejo-os partir rumo ao oceano.
O que é o destino?
Acredito que nossas escolhas moldam nosso destino. A cada caminho que tomamos um novo destino é traçado, tudo de acordo com a Lei. O meu é seguir com meu juramento de punir o mal e, em face de um escolha entre dois males, devo escolher aquele que é mais danoso e perverso. É claro que em todo caminho existem pedras e dificuldades que querem nos fazer desviar dele, querem nos fazer tomarmos outros caminhos e assim nos deixar perdidos e sem rumo, por isso devemos sempre permanecer leal e íntegros em nossas decisões. Isso é algo compreendido por todos os meus companheiros, no entanto, cada um deles entende isto por graus diferentes.
"Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas a Lei determina os seus passos."
Maradrin e Ragnar parecem irritados com minha decisão de ficar. Ao menos foi como vi partirem depois de tentarem fazer-me desviar do meu destino. Talvez achem que não vou resgatar a alma de Maiev por não gostar dele, não o achar importante e peça fundamental nesta guerra contra os dragões, ou talvez por orgulho, como vi sair da boca de Ragnar. Muito pelo contrário! Maiev provou mais de uma vez seu valor, assim como todos nós. Mas ele se afastou de nós por uma escolha dele mesmo ao tirar a sorte nas cartas, e não foi por falta de aviso. Da mesma forma que nossas escolhas uniram nossos destinos em prol de algo maior, assim elas nos afastam em outros momentos. Eu tenho que permanecer fiel ao meu caminho, e quem sabe nossos destinos se cruzem novamente algum outro dia. Torço pelo resgate de sua alma, Maiev, mas existe um mal maior que deve ser combatido.
"Se eu não for por mim, quem o será? Mas se eu for só por mim, que serei eu? Se não agora, quando?"
Porém, existe algo que eles não estão levando em consideração no momento ao partirem para este outro rumo. Como disseram, nos tornamos pessoas importantes nesta luta. Derrotamos alguns dragões e capangas, destruímos os planos de Varkatosh. Como posso sair da clareira num momento tão importante assim? Como posso me desviar assim por um tempo indeterminado justo agora que golpeamos as forças de dois dragões ao mesmo tempo?
Eles não enxergam que isto é uma guerra. Não vêem que os dragões não ficarão parados esperando nossa volta seja lá de qual lugar para continuarmos batalhando. Não existe pausa. Eles não pararão suas maldades enquanto alguém não puser fim a eles. Certamente eles revidarão, e cada vez mais forte, e é por isso que alguém tem que ficar. Eu tenho consciência do dano que causamos a eles, e sei que eles buscarão retaliação. Cada ato nosso nessa batalha traz uma consequência, e essa consequência pode ser a destruição dos elfos da clareira e dezenas de vilas do ermo. Os dragões malignos não medem consequências, não poupam inocentes em busca de seus objetivos, e eles farão qualquer coisa para nos atingir, principalmente se estiverem irritados.
Se, como eles dizem, nos tornamos importantes na clareira por nossos atos, nos tornamos referência por aqui, definitivamente não é agora uma boa hora para todos nós sairmos dali. Não agora em que os perigos aumentam, e em que pessoas contam com nós e com nossa presença. Nossa presença ali é necessária mais do que nunca. O contra-golpe virá, e virá devido ao que nós fizemos. Alguém precisa se responsabilizar com essa consequência, e ao que parece isso caberá a mim. Espero que algum dia eles percebam isso. Até lá, continuarei dando tudo o que tenho para que ainda exista algo na clareira para quando eles voltarem. Suportando a ira destes dragões enfrentarei as consequências do que fizemos até aqui por todos eles.
Cnarendir tentou negociar a espada mágica que conseguiu através das cartas comigo em troca de eu ir com eles resgatar Maiev. Eu não sei quem ele pensa que eu sou, que tipo de homem eu sou, mas como poderia eu negociar a alma de um companheiro por uma espada, por mais importante e necessária que ela seja? Se eu aceitasse essa condição, ficaria evidente que eu não estaria indo por Maiev, mas sim por mim e pela espada e o poder que ela me traria. Não posso cobiçar poder dessa forma, pois isso seria uma traição pelo sinto por Maiev. Seria pecado. Cnarendir parece começar a trilhar o caminho dos justos, a conhecer e diferenciar o bem do mal, talvez por isso esteja indo atrás da alma de Maiev. Talvez sinta alguma responsabilidade pelo o que aconteceu.
Contudo, apesar dele e Chinook serem os que melhores compreendem, é Chinook quem me preocupa agora. Não sei se isso é uma falha de sua formação, ou se é um falha dele mesmo em compreender aquilo que lhe foi passado em treino de onde veio. Mas, como pode alguém querer fazer o bem, como ele diz, se não sabe o que é o bem? Se não sabe diferenciar o bem do mal? Se acha que o bem e o mal são relativos? Sem essa distinção clara ele está apenas enganando a si mesmo, e as vezes, até aos outros.
Não duvido que seja algo bom resgatar alma de Maiev, como ele disse. Com certeza a alma de Maiev será resgatada algum dia. Seja pelas mãos deles que foram, as minhas, ou qualquer outros desígnios da justiça para por fim à esta punição. Mas o que realmente espero de Chinook nesta viagem é que recupere o senso de justiça, que saiba distinguir o bem do mal de maneira clara, para fazer jus ao poder que recebeu e para fazer o máximo de bem que ele deseja. Já lhe disse alguma vez que ele deve ser a luz que brilha em pleno dia guiando os seres ao bem, enquanto eu sou a luz que brilha nas trevas, combatendo o mal, e disposto a fazer o que for preciso e necessário para punir aqueles que trilham o caminho do maldade.
"Por isso, o caminho deles será como lugares escorregadios nas trevas, para as quais serão banidos, e nelas cairão.
Trarei a desgraça sobre eles,
no ano do seu castigo"
Terceira semana de outono do ano de 5492, sexta era. Clareira da floresta de Patapatani. Diferentes visões e entendimentos me separam do antigo grupo, ao menos por enquanto, e vejo-os partir rumo ao oceano.
O que é o destino?
Acredito que nossas escolhas moldam nosso destino. A cada caminho que tomamos um novo destino é traçado, tudo de acordo com a Lei. O meu é seguir com meu juramento de punir o mal e, em face de um escolha entre dois males, devo escolher aquele que é mais danoso e perverso. É claro que em todo caminho existem pedras e dificuldades que querem nos fazer desviar dele, querem nos fazer tomarmos outros caminhos e assim nos deixar perdidos e sem rumo, por isso devemos sempre permanecer leal e íntegros em nossas decisões. Isso é algo compreendido por todos os meus companheiros, no entanto, cada um deles entende isto por graus diferentes.
"Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas a Lei determina os seus passos."
Maradrin e Ragnar parecem irritados com minha decisão de ficar. Ao menos foi como vi partirem depois de tentarem fazer-me desviar do meu destino. Talvez achem que não vou resgatar a alma de Maiev por não gostar dele, não o achar importante e peça fundamental nesta guerra contra os dragões, ou talvez por orgulho, como vi sair da boca de Ragnar. Muito pelo contrário! Maiev provou mais de uma vez seu valor, assim como todos nós. Mas ele se afastou de nós por uma escolha dele mesmo ao tirar a sorte nas cartas, e não foi por falta de aviso. Da mesma forma que nossas escolhas uniram nossos destinos em prol de algo maior, assim elas nos afastam em outros momentos. Eu tenho que permanecer fiel ao meu caminho, e quem sabe nossos destinos se cruzem novamente algum outro dia. Torço pelo resgate de sua alma, Maiev, mas existe um mal maior que deve ser combatido.
"Se eu não for por mim, quem o será? Mas se eu for só por mim, que serei eu? Se não agora, quando?"
Porém, existe algo que eles não estão levando em consideração no momento ao partirem para este outro rumo. Como disseram, nos tornamos pessoas importantes nesta luta. Derrotamos alguns dragões e capangas, destruímos os planos de Varkatosh. Como posso sair da clareira num momento tão importante assim? Como posso me desviar assim por um tempo indeterminado justo agora que golpeamos as forças de dois dragões ao mesmo tempo?
Eles não enxergam que isto é uma guerra. Não vêem que os dragões não ficarão parados esperando nossa volta seja lá de qual lugar para continuarmos batalhando. Não existe pausa. Eles não pararão suas maldades enquanto alguém não puser fim a eles. Certamente eles revidarão, e cada vez mais forte, e é por isso que alguém tem que ficar. Eu tenho consciência do dano que causamos a eles, e sei que eles buscarão retaliação. Cada ato nosso nessa batalha traz uma consequência, e essa consequência pode ser a destruição dos elfos da clareira e dezenas de vilas do ermo. Os dragões malignos não medem consequências, não poupam inocentes em busca de seus objetivos, e eles farão qualquer coisa para nos atingir, principalmente se estiverem irritados.
Se, como eles dizem, nos tornamos importantes na clareira por nossos atos, nos tornamos referência por aqui, definitivamente não é agora uma boa hora para todos nós sairmos dali. Não agora em que os perigos aumentam, e em que pessoas contam com nós e com nossa presença. Nossa presença ali é necessária mais do que nunca. O contra-golpe virá, e virá devido ao que nós fizemos. Alguém precisa se responsabilizar com essa consequência, e ao que parece isso caberá a mim. Espero que algum dia eles percebam isso. Até lá, continuarei dando tudo o que tenho para que ainda exista algo na clareira para quando eles voltarem. Suportando a ira destes dragões enfrentarei as consequências do que fizemos até aqui por todos eles.
Cnarendir tentou negociar a espada mágica que conseguiu através das cartas comigo em troca de eu ir com eles resgatar Maiev. Eu não sei quem ele pensa que eu sou, que tipo de homem eu sou, mas como poderia eu negociar a alma de um companheiro por uma espada, por mais importante e necessária que ela seja? Se eu aceitasse essa condição, ficaria evidente que eu não estaria indo por Maiev, mas sim por mim e pela espada e o poder que ela me traria. Não posso cobiçar poder dessa forma, pois isso seria uma traição pelo sinto por Maiev. Seria pecado. Cnarendir parece começar a trilhar o caminho dos justos, a conhecer e diferenciar o bem do mal, talvez por isso esteja indo atrás da alma de Maiev. Talvez sinta alguma responsabilidade pelo o que aconteceu.
Contudo, apesar dele e Chinook serem os que melhores compreendem, é Chinook quem me preocupa agora. Não sei se isso é uma falha de sua formação, ou se é um falha dele mesmo em compreender aquilo que lhe foi passado em treino de onde veio. Mas, como pode alguém querer fazer o bem, como ele diz, se não sabe o que é o bem? Se não sabe diferenciar o bem do mal? Se acha que o bem e o mal são relativos? Sem essa distinção clara ele está apenas enganando a si mesmo, e as vezes, até aos outros.
Não duvido que seja algo bom resgatar alma de Maiev, como ele disse. Com certeza a alma de Maiev será resgatada algum dia. Seja pelas mãos deles que foram, as minhas, ou qualquer outros desígnios da justiça para por fim à esta punição. Mas o que realmente espero de Chinook nesta viagem é que recupere o senso de justiça, que saiba distinguir o bem do mal de maneira clara, para fazer jus ao poder que recebeu e para fazer o máximo de bem que ele deseja. Já lhe disse alguma vez que ele deve ser a luz que brilha em pleno dia guiando os seres ao bem, enquanto eu sou a luz que brilha nas trevas, combatendo o mal, e disposto a fazer o que for preciso e necessário para punir aqueles que trilham o caminho do maldade.
"Por isso, o caminho deles será como lugares escorregadios nas trevas, para as quais serão banidos, e nelas cairão.
Trarei a desgraça sobre eles,
no ano do seu castigo"
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 15 - Heilel Ben-Shachar
"A verdadeira família é aquela unida pelo espírito e não pelo sangue."
Nunca tive uma família comum com pai e mãe, irmãos, tios, avós. Hermenides me criou desde pequeno. Ele é meu pai e meu avô. E Khamael sempre me aparecia como uma tutora rígida e disciplinada que me passava exercícios militares árduos, e que depois ia embora sem qualquer palavra de consolação. Portanto, alguém distante apesar dos ano convividos, mas alguém que eu poderia talvez chamar de mãe. Esta era minha família.
Agora, olhando o corpo inerte de Maiev sob os cuidados de Dalila, não deixo de pensar naqueles companheiros que estiveram comigo até poucos dias, e que se aventuraram mundo afora em busca do resgate da alma de um amigo que se colocou em uma situação ruim como Maiev. Nem sempre estivemos todos juntos durante esta vida, e nem sempre estaremos, mas com certeza todos eles marcaram presença em minhas memórias durante toda essa jornada até aqui, pois eles são almas que se arriscam e tentam trilhar o caminho dos justos.
Fazem cinco dias que partiram e o corpo de Maiev continua imóvel e sem sua alma, o sopro divino de que todos os viventes são dotados. Mas é nele que está talvez a única mensagem que se possa ter sobre se o restante do grupo obteve êxito nesta aventura. É aqui que deposito meus pensamentos e confiança naqueles que foram. Se Maiev acordar bem saberei que eles ao menos conseguiram o que almejavam e ficarei feliz com por eles e por Maiev. Sobre o resto, me basta apenas confiar na Lei.
Não é fácil seguir os desígnios da Lei. Se por um lado ela me faz unir forças com pessoas companheiras e boas, verdadeiros amigos e irmãos que nunca tive durante toda minha infância. Por outro, é um caminho que exige retidão e comprometimento de um verdadeiro anjo vingador. Este lado exige muitas vezes um caminho de sacrifício e da renuncia do conforto de uma família e amigos em prol de algo maior que é a própria Lei. Estar nela e fazê-la cumprir é dignificante e correto, mas não há como negar que sinto falta daqueles que povoam minhas memórias.
"Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram."
Maradrin, Chinook, Cnarendir, Rauthar que a Lei traga vocês mais fortes e revigorados dessa jornada. Ainda há muito a ser feito e estamos apenas no começo.
Maiev, que você volte ao estado normal mais sábio e consciente de seus grandes poderes e suas responsabilidades.
E Firax, onde quer que esteja, siga o exemplo grandioso de Vallond que um dia nos encontraremos novamente para vingá-lo e para que se faça justiça.
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 16 - Heilel Ben-Shachar
"O que é nascido da Lei vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé."
Os dias se passam e Maiev continua em seu estado de coma profundo. Infelizmente ele é a única coisa que permanece inalterada por aqui na clareira. As notícias do revide e do levante contra as forças tirânicas de Slakish e Varkatosh percorrem grande parte do continente, e um número razoável de indivíduos e povos diferentes chegam à clareira. Tudo está bem diferente que da primeira vez em que chegamos aqui. A chama da fé em se atingir a justiça se acendeu nos corações e mentes dos que aqui permaneceram. E o animo notável das vitórias recentes é como a luz de um farol que atrai e guia aqueles que tem fé.
Entre nós agora caminham anões, humanos, os pequeninos gnomos e halflings, orcs, centauros e dragonborns de prata, bronze e até mesmo azuis. Estes, segundo Morgol'don, já eram aliados quando houve a batalha contra Slakish seis anos atrás. Não sei ao certo como se deu tal aliança com as crias de Crígarus, por isso, ainda é preciso manter os olhos bem abertos em relação a eles.
Nestes poucos mais de 20 dias desde a tragédia de Maiev pude me reencontrar com Firax. Ele intermedeia os assuntos com outros dragonborns de prata que chegaram e que lutam ainda em nome dos valores de Vallond. Fizemos algumas incursões na floresta num grupo misto lutando contra dragonborns verdes e Yuan-tis, e abrindo caminho para que mais indivíduos possam chegar à clareira.
Eu, ele, Rhogar, Priskczir, e os dois elfos Elessendil e Elazar, andamos pela região norte e nordeste da floresta chegando às cordilheiras de Krakatum. São os primeiros preparativos para começar uma conversa com os anões de Norlode, mais especificamente com Damlu, um general de guerra, como contado pelos anões da clareira e pelos draconatos prateados. Contudo, quando chegamos nas encostas da grande cordilheira, ouvimos relatos e encontramos vestígios de que grupos de draconatos vermelhos estavam viajando também por elas.
Se houve mudanças e avanços por nossa parte, assim nossos inimigos também o fazem. Não sei por qual motivo ou razão eles avançam pelas cordilheiras, mas achei prudente recuarmos de volta à clareira e traçarmos um plano para nossas próximas ações. Minha ideia é determos esses avanços, e assim, mostrar a Damlu que os anões de Krakatum podem contar conosco para expulsar de uma vez aqueles que tomaram a forja-mãe deles. Seria um primeiro gesto de boa vontade em restabelecer uma aliança tão necessária com as forças anãs.
Como num passado remoto e longínquo, mais uma vez é preciso lutar contra as forças malignas que assolam o continente. A vitória é uma possibilidade somente para aquele que está com a Lei e crê nela, pois é a fé na justiça que vence o mundo. E para estes tempos, a justiça é feita na espada.
"O que é nascido da Lei vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé."
Os dias se passam e Maiev continua em seu estado de coma profundo. Infelizmente ele é a única coisa que permanece inalterada por aqui na clareira. As notícias do revide e do levante contra as forças tirânicas de Slakish e Varkatosh percorrem grande parte do continente, e um número razoável de indivíduos e povos diferentes chegam à clareira. Tudo está bem diferente que da primeira vez em que chegamos aqui. A chama da fé em se atingir a justiça se acendeu nos corações e mentes dos que aqui permaneceram. E o animo notável das vitórias recentes é como a luz de um farol que atrai e guia aqueles que tem fé.
Entre nós agora caminham anões, humanos, os pequeninos gnomos e halflings, orcs, centauros e dragonborns de prata, bronze e até mesmo azuis. Estes, segundo Morgol'don, já eram aliados quando houve a batalha contra Slakish seis anos atrás. Não sei ao certo como se deu tal aliança com as crias de Crígarus, por isso, ainda é preciso manter os olhos bem abertos em relação a eles.
Nestes poucos mais de 20 dias desde a tragédia de Maiev pude me reencontrar com Firax. Ele intermedeia os assuntos com outros dragonborns de prata que chegaram e que lutam ainda em nome dos valores de Vallond. Fizemos algumas incursões na floresta num grupo misto lutando contra dragonborns verdes e Yuan-tis, e abrindo caminho para que mais indivíduos possam chegar à clareira.
Eu, ele, Rhogar, Priskczir, e os dois elfos Elessendil e Elazar, andamos pela região norte e nordeste da floresta chegando às cordilheiras de Krakatum. São os primeiros preparativos para começar uma conversa com os anões de Norlode, mais especificamente com Damlu, um general de guerra, como contado pelos anões da clareira e pelos draconatos prateados. Contudo, quando chegamos nas encostas da grande cordilheira, ouvimos relatos e encontramos vestígios de que grupos de draconatos vermelhos estavam viajando também por elas.
Se houve mudanças e avanços por nossa parte, assim nossos inimigos também o fazem. Não sei por qual motivo ou razão eles avançam pelas cordilheiras, mas achei prudente recuarmos de volta à clareira e traçarmos um plano para nossas próximas ações. Minha ideia é determos esses avanços, e assim, mostrar a Damlu que os anões de Krakatum podem contar conosco para expulsar de uma vez aqueles que tomaram a forja-mãe deles. Seria um primeiro gesto de boa vontade em restabelecer uma aliança tão necessária com as forças anãs.
Como num passado remoto e longínquo, mais uma vez é preciso lutar contra as forças malignas que assolam o continente. A vitória é uma possibilidade somente para aquele que está com a Lei e crê nela, pois é a fé na justiça que vence o mundo. E para estes tempos, a justiça é feita na espada.
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 17, sessão dia 03/06/2017 - Heilel Ben-Shachar
Meio do outono de 5492 da sexta era. Cordilheiras de Krakatum.
"Pois a Lei trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau."
A justiça foi feita neste dia. Eu, junto de Laratrix, Clamir, Sigmund e Chinook, conseguimos interceptar um grupo de servos de Varkatosh que vagavam por estas cordilheiras. Um bando de draconatos sob os comandos de Camroth, aquele que havia fugido para o vulcão de Varkatosh, um meio-dragão que agora teve o que merecia. Há muito que sua sentença final havia sido proferida, e hoje ela foi cumprida pela minha espada. Somente a Justiça Divina calcada nos fundamentos da Lei Superior é capaz de trazer punição e justiça sobre sujeitos malignos como ele, pois somente à Ela todos prestam contas.
O mesmo foi feito com o restante de seu bando. Amedrontados ante o poder da Lei e da Justiça, não restou outra alternativa a eles senão aceitar a punição, "pois quando se faz justiça, o justo se alegra, mas os malfeitores se apavoram", assim está escrito. Apenas um foi poupado para fins estratégicos. Sua punição apenas foi adiada.
Contudo, mesmo com nossa vitória e a justiça sendo feita, parece que ainda resta sérias dúvidas em Chinook quanto ao papel da justiça distribuída aos que são maus. Lhe falta compreensão adequada e noto até mesmo uma certa ingenuidade. Ao se renderem eles não se tornam imunes ao julgamento e à punição que merecem. Dizer que são apenas marionetes de Varkatosh não os tornam menos responsáveis pelo que fizeram de errado até aqui. E, por fim, para espalhar o bem, como ele quer, não é preciso conservar o mal. Pelo contrário, é preciso eliminá-lo. Fazer o bem apenas não basta, há que se fazer justiça!
Eu e ele tivemos uma boa conversa logo depois da batalha. Conversamos sobre moral, sobre o bem, e o problema do mal. Tenho fé que Chinook está no caminho certo para o descobrimento de todas estas coisas e para uma melhor compreensão da Lei. Me prometeu fazer reflexões sobre o assunto e, embora este não seja meu papel principal, estou disposto a lhe falar sobre essas coisas e como as entendo.
Caminhamos no caminho certo afinal. É sempre bom ter alguém disposto a aprender sobre estas coisas. Espero que esse desejo se espalhe para os outros.
"Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Lei; e as potestades que há foram ordenadas por Ela.
Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação da Lei; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
Porque ela é ministro de Lei para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Lei, e vingador para castigar o que faz o mal.
Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência."
Meio do outono de 5492 da sexta era. Cordilheiras de Krakatum.
"Pois a Lei trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau."
A justiça foi feita neste dia. Eu, junto de Laratrix, Clamir, Sigmund e Chinook, conseguimos interceptar um grupo de servos de Varkatosh que vagavam por estas cordilheiras. Um bando de draconatos sob os comandos de Camroth, aquele que havia fugido para o vulcão de Varkatosh, um meio-dragão que agora teve o que merecia. Há muito que sua sentença final havia sido proferida, e hoje ela foi cumprida pela minha espada. Somente a Justiça Divina calcada nos fundamentos da Lei Superior é capaz de trazer punição e justiça sobre sujeitos malignos como ele, pois somente à Ela todos prestam contas.
O mesmo foi feito com o restante de seu bando. Amedrontados ante o poder da Lei e da Justiça, não restou outra alternativa a eles senão aceitar a punição, "pois quando se faz justiça, o justo se alegra, mas os malfeitores se apavoram", assim está escrito. Apenas um foi poupado para fins estratégicos. Sua punição apenas foi adiada.
Contudo, mesmo com nossa vitória e a justiça sendo feita, parece que ainda resta sérias dúvidas em Chinook quanto ao papel da justiça distribuída aos que são maus. Lhe falta compreensão adequada e noto até mesmo uma certa ingenuidade. Ao se renderem eles não se tornam imunes ao julgamento e à punição que merecem. Dizer que são apenas marionetes de Varkatosh não os tornam menos responsáveis pelo que fizeram de errado até aqui. E, por fim, para espalhar o bem, como ele quer, não é preciso conservar o mal. Pelo contrário, é preciso eliminá-lo. Fazer o bem apenas não basta, há que se fazer justiça!
Eu e ele tivemos uma boa conversa logo depois da batalha. Conversamos sobre moral, sobre o bem, e o problema do mal. Tenho fé que Chinook está no caminho certo para o descobrimento de todas estas coisas e para uma melhor compreensão da Lei. Me prometeu fazer reflexões sobre o assunto e, embora este não seja meu papel principal, estou disposto a lhe falar sobre essas coisas e como as entendo.
Caminhamos no caminho certo afinal. É sempre bom ter alguém disposto a aprender sobre estas coisas. Espero que esse desejo se espalhe para os outros.
"Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Lei; e as potestades que há foram ordenadas por Ela.
Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação da Lei; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
Porque ela é ministro de Lei para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Lei, e vingador para castigar o que faz o mal.
Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência."
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 18, sessão dia 10/06/2017 - Heilel Ben-Shachar
Sexta era, 5492. Clareira de Patapatani.
"Fizeste crescer a nação, Senhor; sim, fizeste crescer a nação. De glória te revestiste; alargaste todas as fronteiras da nossa terra."
Não há como negar que a clareira cresce em força. Limpamos boa parte do norte da floresta da presença de seres malignos. Retardamos os planos de poder do tirano vermelho na floresta das cinzas e interceptamos sua movimentação pelas cordilheiras de Krakatum. Destruímos um ritual Yuan-ti. E agora os expelimos de um antigo forte pertencente à família de Maradrin no extremo sul de Patapatani, numa região importante.
Este último não representa apenas um ganho considerável de território ante aos inimigos, representa um sinal claro de que estamos chegando cada vez mais perto de reconquistar a floresta e punir Slakish. Infelizmente o poder de Cnarendir acabou que por destruir o forte inteiro durante a luta. Alguns dizem que foi tudo ilusão, mas até mesmo Cnarendir admite talvez ter passado da conta desta vez. No entanto, a informação é de que em alguns dias esta tal ilusão cessará, e então vamos ver se tudo aquilo foi real ou não.
O certo é que Slakish parece quieta e passiva demais. Como se não oferece resistência nenhuma aos nossos avanços, muito menos faz nenhum ataque a qualquer de nossos postos ou à própria clareira. Chego a duvidar do quão perigosa pode realmente ser ela, e de como puderam os elfos ter perdido tanto ao ponto de quase não quererem lutar mais por aquilo que é certo. Pensando neles lembro que até a corte, com suas famílias nobres, se dividiu com uma traição entre irmãs. Talvez possa ser isso que ela planeja para nós.
Muitas pessoas chegam à clareira de vários locais diferentes. Isto se tornou um verdadeiro caldeirão de culturas e povos diversos. E mais pessoas continuam chegando e chegando. Desconfio que aqui esteja alguma manobra da grande venenosa. Somos uma sopa ao fogo pronta para que ela adicione pitadas de tempero peçonhento e nocivo. Não dá para confiar em todos que chegam, e talvez, nem mesmo em todos os elfos que aqui vivem. O mal pode se alastrar a qualquer momento e já estar no meio de nós.
Varkatosh, por outro lado, age rapidamente em busca daquela matéria-prima mágica que retirava da floresta. Seu capanga capturando por nós, ante ao poder e ao comando divino da Justiça, me revelou o que faziam perambulando pelas cordilheiras. Conquistaram sete postos dos anões e de lá pretendem continuar extraindo mais dessa tal matéria-prima. E mais, o lagarto vermelho realmente já nos conhece e sabe quem somos. Ele quer nos matar, pois nos vê como uma ameaça real.
Estamos sendo caçados e isto torna nossa presença em qualquer lugar extremamente perigosa. Viajar por ai será ainda mais perigoso.
"O Senhor dos Exércitos é que vocês devem considerar santo, a ele é que vocês devem temer, dele é que vocês devem ter pavor."
Por fim, depois que interroguei o servo de Varkatosh e o puni em nome da Justiça, Morgol'don disse que se não fosse meu amigo e não me conhecesse ele teria medo de mim. Lembrei também de Chinook ao dizer que se preocupava ao andar junto de mim, pois poderiam confundir-lhe como uma pessoa má. Não é a mim que devem temer, mas sim ao mal que possam fazer enquanto seres malignos que possam algum dia se tornarem. Eu apenas aplico a punição à aqueles que são maus. No entanto, se através do medo da punição da justiça, eles e quem quer que seja não praticar o mal e não se aproximarem dele, que assim seja! A punição serve justamente para isso, e mostra que meus métodos estão certos apesar de alguns não gostarem. O castigo dos maus mostra o caminho da luz, e para ela correm aqueles que temem os seus próprios pecados. Viverei em trevas em prol da luz.
"Lei justa, que sondas a mente e o coração dos homens, dá fim à maldade dos ímpios
e ao justo dá segurança."
Sexta era, 5492. Clareira de Patapatani.
"Fizeste crescer a nação, Senhor; sim, fizeste crescer a nação. De glória te revestiste; alargaste todas as fronteiras da nossa terra."
Não há como negar que a clareira cresce em força. Limpamos boa parte do norte da floresta da presença de seres malignos. Retardamos os planos de poder do tirano vermelho na floresta das cinzas e interceptamos sua movimentação pelas cordilheiras de Krakatum. Destruímos um ritual Yuan-ti. E agora os expelimos de um antigo forte pertencente à família de Maradrin no extremo sul de Patapatani, numa região importante.
Este último não representa apenas um ganho considerável de território ante aos inimigos, representa um sinal claro de que estamos chegando cada vez mais perto de reconquistar a floresta e punir Slakish. Infelizmente o poder de Cnarendir acabou que por destruir o forte inteiro durante a luta. Alguns dizem que foi tudo ilusão, mas até mesmo Cnarendir admite talvez ter passado da conta desta vez. No entanto, a informação é de que em alguns dias esta tal ilusão cessará, e então vamos ver se tudo aquilo foi real ou não.
O certo é que Slakish parece quieta e passiva demais. Como se não oferece resistência nenhuma aos nossos avanços, muito menos faz nenhum ataque a qualquer de nossos postos ou à própria clareira. Chego a duvidar do quão perigosa pode realmente ser ela, e de como puderam os elfos ter perdido tanto ao ponto de quase não quererem lutar mais por aquilo que é certo. Pensando neles lembro que até a corte, com suas famílias nobres, se dividiu com uma traição entre irmãs. Talvez possa ser isso que ela planeja para nós.
Muitas pessoas chegam à clareira de vários locais diferentes. Isto se tornou um verdadeiro caldeirão de culturas e povos diversos. E mais pessoas continuam chegando e chegando. Desconfio que aqui esteja alguma manobra da grande venenosa. Somos uma sopa ao fogo pronta para que ela adicione pitadas de tempero peçonhento e nocivo. Não dá para confiar em todos que chegam, e talvez, nem mesmo em todos os elfos que aqui vivem. O mal pode se alastrar a qualquer momento e já estar no meio de nós.
Varkatosh, por outro lado, age rapidamente em busca daquela matéria-prima mágica que retirava da floresta. Seu capanga capturando por nós, ante ao poder e ao comando divino da Justiça, me revelou o que faziam perambulando pelas cordilheiras. Conquistaram sete postos dos anões e de lá pretendem continuar extraindo mais dessa tal matéria-prima. E mais, o lagarto vermelho realmente já nos conhece e sabe quem somos. Ele quer nos matar, pois nos vê como uma ameaça real.
Estamos sendo caçados e isto torna nossa presença em qualquer lugar extremamente perigosa. Viajar por ai será ainda mais perigoso.
"O Senhor dos Exércitos é que vocês devem considerar santo, a ele é que vocês devem temer, dele é que vocês devem ter pavor."
Por fim, depois que interroguei o servo de Varkatosh e o puni em nome da Justiça, Morgol'don disse que se não fosse meu amigo e não me conhecesse ele teria medo de mim. Lembrei também de Chinook ao dizer que se preocupava ao andar junto de mim, pois poderiam confundir-lhe como uma pessoa má. Não é a mim que devem temer, mas sim ao mal que possam fazer enquanto seres malignos que possam algum dia se tornarem. Eu apenas aplico a punição à aqueles que são maus. No entanto, se através do medo da punição da justiça, eles e quem quer que seja não praticar o mal e não se aproximarem dele, que assim seja! A punição serve justamente para isso, e mostra que meus métodos estão certos apesar de alguns não gostarem. O castigo dos maus mostra o caminho da luz, e para ela correm aqueles que temem os seus próprios pecados. Viverei em trevas em prol da luz.
"Lei justa, que sondas a mente e o coração dos homens, dá fim à maldade dos ímpios
e ao justo dá segurança."
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 19, sessão dia 17/06/2017 - Heilel Ben-Shachar
Último mês de outono de 5492, sexta era. Forte de Maradrin no extremo sul de Patapatani enquanto Heilel terminava de ler o livro do lendário príncipe anão, Themurin.
Nossa busca por informações sobre as atividades de Varkatosh em Krakatum não obtiveram muito êxito, mas conseguimos descobrir algumas coisas interessantes por lá. Uma antiga linha de torres anãs se espalha de leste a oeste nas cadeias das montanhas. Nelas encontramos livros, mapas, telescópio, componentes mágicos e alguns tesouros abandonados. De certa forma, continuamos sem saber o que os dragonborn vermelhos buscavam por lá a mando do lagarto de lava. No entanto, assim como nós, eles esvaziaram ao menos um deste antigos postos carregando tudo que puderam.
Apesar da excursão de certa forma infrutífera, trouxe comigo de lá boas lembranças de uma vista incrível sobre a floresta e o grande continente até onde minha vista alcançava, além deste bom livro com uma boa história de um príncipe anão lendário. O céu noturno de outono, visto do alto daquele posto central, o maior de todos eles, é sem dúvida ainda mais espetacular. Vendo todas aquelas inúmeras estrelas brilhando ante a imensidão escura de fundo trevoso, me fez pensar em todas as histórias de heróis lendários que já viveram, e de como cada uma delas nos servem de inspiração e guia.
"Ergam os olhos e olhem para as alturas. Quem criou tudo isso? Aquele que põe em marcha cada estrela do seu exército celestial, e a todas chama pelo nome. Tão grande é o seu poder e tão imensa a sua força, que nenhuma delas deixa de comparecer!"
Lembrei de você meu pai, Hermenides, de como me contava e lia essas histórias para mim, e como dizia que devemos ser luzes a brilhar em meio à escuridão, por mais sufocante que ela possa ser. Dai o nome que me deu, Heilel Ben-Shachar, como o da estrela que brilha mais forte no firmamento negro. Aquela que afasta os males nas horas mais escuras, pois a noite é sempre mais escura um pouco antes do amanhecer.
Agora eu me pergunto, como é que fomos cair tanto assim nessa escuridão? Como é que permitimos que dragões malignos crescessem tanto assim em poder assombrando um continente inteiro? São capazes eles, com suas caudas, varrerem as estrelas do céu?
"(...)Sua cauda arrastou consigo um terço das estrelas do céu, lançando-as na terra. O dragão pôs-se diante da mulher que estava para dar à luz, para devorar o seu filho no momento em que nascesse.(...)"
É por isso que penso agora em como todas essas histórias e lendas nos guiam em mente e espírito. Elas são mais do que só lendas antigas, que de tão antigas passam a ser desacreditadas por alguns em certos momentos. Elas são fonte de sabedoria e conhecimento, e, acima de tudo, informação valiosa. Assim como a grande história de Themurin, a fúria da noite, o grande príncipe anão que lutou contra o gigante, Nephelim, o navegante do céu, que vivia em seu castelo voador e meio as nuvens. Segundo a lenda, Themurin derrota o gigante, mas ambos morrem, e sua grande arma mitológica cai e se perde no vulcão, a grande forja mãe dos anões, agora covil de Varkatosh. Sua presença maligna lá mancha esta fantástica lenda.
Mas, vendo o poderoso mangual em ação nas mãos de Sigmund entendo que há grandes armas e artefatos poderosos espalhados por ai que só as lendas e as grandes histórias podem nos revelar em princípio. Algumas delas destinadas somente aos que forem justos e corajosos o suficiente, e outras, para aqueles que fizerem por merecem vencendo vários obstáculos, como o mar de lava de um vulcão. Talvez seja algo do tipo que o reptiliano vermelho esteja atrás no momento. Algo mágico e poderoso, assim como este anel que estava em posse de Camroth...
...No que você está pensando agora Varkatosh?
...Não...Pode ser arriscado demais agora...
...Precisamos confiar mais nos antigos, nas suas histórias e no poder que eles podem nos dar. Se existimos e estamos aqui hoje é graças aos esforços deles. Agora percebo que o livro que ganhei de meu pai é uma verdadeira herança para mim, e muito maior do que eu imaginava. E quem sabe posso encontrar nele, ou em outras lendas além, alguma pista para algo de grande valor que nos ponha em vantagem nesta guerra contra os dragões. Quem sabe eu possa encontrar os capítulos finais dessa longa história sem fim de uma luta do bem contra o mal. Ou talvez, finalizá-la com minha própria história...
Último mês de outono de 5492, sexta era. Forte de Maradrin no extremo sul de Patapatani enquanto Heilel terminava de ler o livro do lendário príncipe anão, Themurin.
Nossa busca por informações sobre as atividades de Varkatosh em Krakatum não obtiveram muito êxito, mas conseguimos descobrir algumas coisas interessantes por lá. Uma antiga linha de torres anãs se espalha de leste a oeste nas cadeias das montanhas. Nelas encontramos livros, mapas, telescópio, componentes mágicos e alguns tesouros abandonados. De certa forma, continuamos sem saber o que os dragonborn vermelhos buscavam por lá a mando do lagarto de lava. No entanto, assim como nós, eles esvaziaram ao menos um deste antigos postos carregando tudo que puderam.
Apesar da excursão de certa forma infrutífera, trouxe comigo de lá boas lembranças de uma vista incrível sobre a floresta e o grande continente até onde minha vista alcançava, além deste bom livro com uma boa história de um príncipe anão lendário. O céu noturno de outono, visto do alto daquele posto central, o maior de todos eles, é sem dúvida ainda mais espetacular. Vendo todas aquelas inúmeras estrelas brilhando ante a imensidão escura de fundo trevoso, me fez pensar em todas as histórias de heróis lendários que já viveram, e de como cada uma delas nos servem de inspiração e guia.
"Ergam os olhos e olhem para as alturas. Quem criou tudo isso? Aquele que põe em marcha cada estrela do seu exército celestial, e a todas chama pelo nome. Tão grande é o seu poder e tão imensa a sua força, que nenhuma delas deixa de comparecer!"
Lembrei de você meu pai, Hermenides, de como me contava e lia essas histórias para mim, e como dizia que devemos ser luzes a brilhar em meio à escuridão, por mais sufocante que ela possa ser. Dai o nome que me deu, Heilel Ben-Shachar, como o da estrela que brilha mais forte no firmamento negro. Aquela que afasta os males nas horas mais escuras, pois a noite é sempre mais escura um pouco antes do amanhecer.
Agora eu me pergunto, como é que fomos cair tanto assim nessa escuridão? Como é que permitimos que dragões malignos crescessem tanto assim em poder assombrando um continente inteiro? São capazes eles, com suas caudas, varrerem as estrelas do céu?
"(...)Sua cauda arrastou consigo um terço das estrelas do céu, lançando-as na terra. O dragão pôs-se diante da mulher que estava para dar à luz, para devorar o seu filho no momento em que nascesse.(...)"
É por isso que penso agora em como todas essas histórias e lendas nos guiam em mente e espírito. Elas são mais do que só lendas antigas, que de tão antigas passam a ser desacreditadas por alguns em certos momentos. Elas são fonte de sabedoria e conhecimento, e, acima de tudo, informação valiosa. Assim como a grande história de Themurin, a fúria da noite, o grande príncipe anão que lutou contra o gigante, Nephelim, o navegante do céu, que vivia em seu castelo voador e meio as nuvens. Segundo a lenda, Themurin derrota o gigante, mas ambos morrem, e sua grande arma mitológica cai e se perde no vulcão, a grande forja mãe dos anões, agora covil de Varkatosh. Sua presença maligna lá mancha esta fantástica lenda.
Mas, vendo o poderoso mangual em ação nas mãos de Sigmund entendo que há grandes armas e artefatos poderosos espalhados por ai que só as lendas e as grandes histórias podem nos revelar em princípio. Algumas delas destinadas somente aos que forem justos e corajosos o suficiente, e outras, para aqueles que fizerem por merecem vencendo vários obstáculos, como o mar de lava de um vulcão. Talvez seja algo do tipo que o reptiliano vermelho esteja atrás no momento. Algo mágico e poderoso, assim como este anel que estava em posse de Camroth...
...No que você está pensando agora Varkatosh?
...Não...Pode ser arriscado demais agora...
...Precisamos confiar mais nos antigos, nas suas histórias e no poder que eles podem nos dar. Se existimos e estamos aqui hoje é graças aos esforços deles. Agora percebo que o livro que ganhei de meu pai é uma verdadeira herança para mim, e muito maior do que eu imaginava. E quem sabe posso encontrar nele, ou em outras lendas além, alguma pista para algo de grande valor que nos ponha em vantagem nesta guerra contra os dragões. Quem sabe eu possa encontrar os capítulos finais dessa longa história sem fim de uma luta do bem contra o mal. Ou talvez, finalizá-la com minha própria história...
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 20, sessão dia 24/06/2017 - Heilel Ben-Shachar
5492, sexta era. Forte de Maradrin.
"Enquanto tiveres um desejo, terás uma razão para viver. A satisfação é a morte."
Não sei onde estou. Até pouco tempo estava em pé enfrentando um grande servo de Varkatosh que nos atacou no forte, mas agora estou aqui. Não sinto mais as dores de antes e as feridas das garras e dentes do dragão não existem mais. Não há mais a tensão do combate. Tudo parece calmo e tranquilo, reconfortante até, mas há algo de estranho em tudo isto. Apesar da boa sensação de liberdade, como se eu pudesse voar para qualquer lugar, sinto em mim algo ainda pulsando. Não é uma dor, mas me incomoda. É como que uma necessidade ou um desejo que lateja. Me falta satisfação...
Sim, agora percebo. Isto é porque morri sem que tivesse cumprido por inteiro meu juramento em impedir que o mal se alastrasse por definitivo pelo mundo. Ou, talvez, agora seja apenas mais uma frente de combate que se inicia para mim. A morte não é o fim. Nunca foi! A justiça age nos diferentes planos e ainda há aqueles que lutam por ela lá em Zandor. Mas, ainda não estou satisfeito...tenho sede!
Devo ajudar de alguma forma aqueles que ficaram, e espero que estejam todos bem, mas, e acima de tudo, devo encontrar alguma forma agora de trabalhar pela justiça. Minha sede de vingança contra tudo aquilo que há de errado ainda não foi satisfeita. Ela é maior do que uma simples necessidade ou um desejo, ela é um juramento:
"Se meus inimigos estão destruindo e corrompendo o mundo, é porque estou falhando em impedi-los. Devo ajudar aqueles prejudicados por suas maldades. Devo buscar a restituição, por todos os meios necessários!"
Aqui e agora renovo os meus votos para seguir em frente. Da maneira que for, onde quer que eu esteja, ou para onde quer que eu seja mandado, aproveitarei toda oportunidade, e o mal temerá o meu nome, pois saberá que sou a Justiça!
(...)
- Quem é que está ai?...
5492, sexta era. Forte de Maradrin.
"Enquanto tiveres um desejo, terás uma razão para viver. A satisfação é a morte."
Não sei onde estou. Até pouco tempo estava em pé enfrentando um grande servo de Varkatosh que nos atacou no forte, mas agora estou aqui. Não sinto mais as dores de antes e as feridas das garras e dentes do dragão não existem mais. Não há mais a tensão do combate. Tudo parece calmo e tranquilo, reconfortante até, mas há algo de estranho em tudo isto. Apesar da boa sensação de liberdade, como se eu pudesse voar para qualquer lugar, sinto em mim algo ainda pulsando. Não é uma dor, mas me incomoda. É como que uma necessidade ou um desejo que lateja. Me falta satisfação...
Sim, agora percebo. Isto é porque morri sem que tivesse cumprido por inteiro meu juramento em impedir que o mal se alastrasse por definitivo pelo mundo. Ou, talvez, agora seja apenas mais uma frente de combate que se inicia para mim. A morte não é o fim. Nunca foi! A justiça age nos diferentes planos e ainda há aqueles que lutam por ela lá em Zandor. Mas, ainda não estou satisfeito...tenho sede!
Devo ajudar de alguma forma aqueles que ficaram, e espero que estejam todos bem, mas, e acima de tudo, devo encontrar alguma forma agora de trabalhar pela justiça. Minha sede de vingança contra tudo aquilo que há de errado ainda não foi satisfeita. Ela é maior do que uma simples necessidade ou um desejo, ela é um juramento:
"Se meus inimigos estão destruindo e corrompendo o mundo, é porque estou falhando em impedi-los. Devo ajudar aqueles prejudicados por suas maldades. Devo buscar a restituição, por todos os meios necessários!"
Aqui e agora renovo os meus votos para seguir em frente. Da maneira que for, onde quer que eu esteja, ou para onde quer que eu seja mandado, aproveitarei toda oportunidade, e o mal temerá o meu nome, pois saberá que sou a Justiça!
(...)
- Quem é que está ai?...
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 21, sessão dia 01/07/2017 - Heilel Ben-Shachar
Final do outono de 5492, sexta era. Clareira élfica em Patapatani.
O destino me fez voltar a vida neste plano como um anão. É estranho e ainda não me acostumei ao novo corpo, mas minha mente permanece a mesma, assim como minha sede por justiça. Sinto como se minha ligação com o celestial se perdeu. Não há mais a mesma energia radiante pulsando em mim. Estou mais mundano e ainda não sei se isso é bom ou ruim para minha tarefa de levar a vingança da Justiça Divina. Mas, ao menos por enquanto, devo continuar a cumprir o juramente mesmo assim, custe o que custar, seja do jeito que for.
Por outro lado, chega a ser meio curioso que tenha me transformado em um anão com essas barbas negras. Antes disto tudo acontecer eu estava lendo a história justamente de um príncipe anão com barbas negras. Themurim, a fúria da noite. Penso que talvez eu seja ele revivido, não como normalmente acontece, mas como parte de sua história e lenda, pronto para vingar os anões que viviam no vulcão e que foram destroçados pelo poder de Varkatosh. Eu sou a lenda!
Porém, há algo que me trás maior preocupação no momento. Cnarendir está morto e outros parecem ter perdido o devido juízo. Perderam a noção de que estamos em guerra contra seres malignos, de que não há segurança para nós e nem para o restante da clareira, ou das milhares de vidas inocentes que dependem de nós. Aliás, isso é algo que venho notando já há algum tempo. Chinook correndo por um corredor escuro sem saber o que havia pela frente na escuridão, e sem motivo urgente algum para isso, e a forma como todos os outros agiram quando de pose daquelas cartas. O resultado é que temos gastado tempo e recursos apenas concertando as consequências desses atos irresponsáveis. E as consequências daquele dia ainda continuarão vindo, tenho certeza.
Agora eles pretendem fazer uma longa viagem para tentar trazer Cnarendir de volta a vida. Logo agora no inverno. Logo agora em que Morgol'don não está aqui. Logo agora, em que mais do nunca precisamos nos defender. Com Cnarendir vivo estas viagens não seriam problema algum, mas sem ele serão dias demais viajando e deixando a clareira mais desprotegida. Talvez seja exatamente isso que Slakish espera e deseja para agir desde que a clareira recuperou um pouco de suas forças. Bom, seria uma oportunidade e brecha perfeita para ela.
Esta viagem é uma grande tolice! Não pelo objetivo em si, mas pelos danos que poderiam causar a todos nós que enfrentamos Varkatosh e Slakish. Afinal, temos ou não temos aliados de baia das rochas? Porque sair por ai enfraquecendo nossas defesas neste momento de perigo se podemos ficar aqui e acionar nossos aliados em Baia das rochas para que tragam a pessoa que ressuscitará Cnarendir? Esse é o movimento mais inteligente a ser fazer no momento. Tenho que parar essa loucura que pretendem fazer!
Final do outono de 5492, sexta era. Clareira élfica em Patapatani.
O destino me fez voltar a vida neste plano como um anão. É estranho e ainda não me acostumei ao novo corpo, mas minha mente permanece a mesma, assim como minha sede por justiça. Sinto como se minha ligação com o celestial se perdeu. Não há mais a mesma energia radiante pulsando em mim. Estou mais mundano e ainda não sei se isso é bom ou ruim para minha tarefa de levar a vingança da Justiça Divina. Mas, ao menos por enquanto, devo continuar a cumprir o juramente mesmo assim, custe o que custar, seja do jeito que for.
Por outro lado, chega a ser meio curioso que tenha me transformado em um anão com essas barbas negras. Antes disto tudo acontecer eu estava lendo a história justamente de um príncipe anão com barbas negras. Themurim, a fúria da noite. Penso que talvez eu seja ele revivido, não como normalmente acontece, mas como parte de sua história e lenda, pronto para vingar os anões que viviam no vulcão e que foram destroçados pelo poder de Varkatosh. Eu sou a lenda!
Porém, há algo que me trás maior preocupação no momento. Cnarendir está morto e outros parecem ter perdido o devido juízo. Perderam a noção de que estamos em guerra contra seres malignos, de que não há segurança para nós e nem para o restante da clareira, ou das milhares de vidas inocentes que dependem de nós. Aliás, isso é algo que venho notando já há algum tempo. Chinook correndo por um corredor escuro sem saber o que havia pela frente na escuridão, e sem motivo urgente algum para isso, e a forma como todos os outros agiram quando de pose daquelas cartas. O resultado é que temos gastado tempo e recursos apenas concertando as consequências desses atos irresponsáveis. E as consequências daquele dia ainda continuarão vindo, tenho certeza.
Agora eles pretendem fazer uma longa viagem para tentar trazer Cnarendir de volta a vida. Logo agora no inverno. Logo agora em que Morgol'don não está aqui. Logo agora, em que mais do nunca precisamos nos defender. Com Cnarendir vivo estas viagens não seriam problema algum, mas sem ele serão dias demais viajando e deixando a clareira mais desprotegida. Talvez seja exatamente isso que Slakish espera e deseja para agir desde que a clareira recuperou um pouco de suas forças. Bom, seria uma oportunidade e brecha perfeita para ela.
Esta viagem é uma grande tolice! Não pelo objetivo em si, mas pelos danos que poderiam causar a todos nós que enfrentamos Varkatosh e Slakish. Afinal, temos ou não temos aliados de baia das rochas? Porque sair por ai enfraquecendo nossas defesas neste momento de perigo se podemos ficar aqui e acionar nossos aliados em Baia das rochas para que tragam a pessoa que ressuscitará Cnarendir? Esse é o movimento mais inteligente a ser fazer no momento. Tenho que parar essa loucura que pretendem fazer!
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 22, sessão dia 22/07/2017 - Heilel Ben-Shachar
Inicio de inverno de 5492, sexta era. Clareira élfica em Patapatani, logo depois que o grupo parte em desespero em viagem para tentar ressuscitar Cnarendir.
"Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas..."
Partiram sem me ouvir, pois de fato não querem ouvir a realidade grave da situação. Preferem se comportar como um bando de macacos gigantes que saem por ai fazendo macaquices sem pensar, sem o devido juízo. Não sei se talvez por causa das sucessivas transformações utilizadas por Cnarendir eles tenham perdido esse bem tão precioso, ainda mais precioso em momentos difíceis como este, ou se foi algo que se foi perdendo devido as adversidades e obstáculos impostos nesta grande jornada, muitos deles, é preciso admitir, causados por nós mesmos. Esta é uma coisa que ainda não os vi admitirem, o que dificulta perceberem o quão de maneira imprudente e irresponsável agem, e quanto isso pode ser prejudicial não só para eles mesmos, mas para todos aqueles que dependem de suas forças. E esse reconhecimento passa por conhecer a si mesmos, aos seus inimigos, e à força que possuem, pois grande poderes trazem grandes responsabilidades.
Talvez estejam pensando que haja uma batalha justa contra seres malignos. Que os dragões, nossos principais inimigos, sejam honrados e que esperam os inimigos deles se restabeleceram emocionalmente para voltarem a atacar e a oprimir os povos que desejam dominar e conquistar. É ingênuo pensar, como Chinook pensa, que a clareira existiu e sempre existirá não importa o que aconteça, e que ela não depende da sua e nossa força para existir, como vinha sendo até então antes de perderem o devido juízo. Falta-lhe conhecimento de história ou saberia que lá no vulcão, onde hoje Varkatosh vive, já foi parte do reino anão, e que muitas vidas inocentes morreram por lá. Ou lá, onde hoje é um grande deserto controlado por Crígarus, já foi parte de uma grande Patapatani onde muitos elfos viviam e foram dizimados ou oprimidos pela lâmina do deserto. São ingênuos e imprudentes, e não estou disposto ainda a arriscar que uma grande tragédia aconteça para lhes trazer o devido juízo em suas cabeças de volta. Como se que o que aconteceu no forte já não fosse uma...
"By Any Means Necessary. My qualms can’t get in the way of exterminating my foes."
É verdade que as vezes em batalha precisamos sacrificar nossos escrúpulos ou nossa honra a fim de destruir um inimigo poderoso. É isso que um guerra contra seres malignos exige e vai exigir de todos nós. No entanto, há momentos certos para os sacrifícios, assim como há momentos para se pensar no que fazer, no que pode ser melhor, e em como proteger e ajudar melhor aqueles que tanto dependem de você afim de punir o inimigo que os tiranizam. Esta é uma era que clama por restituição! Este é um continente que grita por justiça!
"Restitution. If my foes wreak ruin on the world, it is because I failed to stop them. I must help those harmed by their misdeeds."
O problema nunca foi ressuscitar Cnarendir, como eles tanto querem, mas como fazê-lo. Ora, se a solução está em Baia das rochas e eles são nossos aliados, porque não usar essa nossa aliança como favor. Ao invés de desfalcarmos o fronte, e assim arriscar a vida de milhares de inocentes que buscaram e buscam proteção na clareira, os quais já tiveram suas vidas arruinadas, em uma viagem que pode facilmente levar mais de 1 mês e que pode muito bem ser infrutífera, porque não pensarmos em agir de forma mais sábia e moral. Vendo das forma como agem penso que talvez eu seja o único deles que realmente se preocupa com as injustiças que acontecem.
"Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível."
Sim, há muitos detalhes que eles esqueceram de ponderar ao agiram apenas como crianças fazendo a primeira coisa de lhes dá na cabeça. Brincar muito com sorte nunca é recomendado, podem até ter uma certa sorte nessa viagem, mas o fato é que, como demonstrado naquele dia através das cartas, coisas as mais imprevistas podem acontecer e que podem atrapalhar o progresso do grupo, como vem o sendo ultimamente. Restaram mistérios não resolvidos daquele dia, consequências daqueles que jogaram as cartas, entre eles o próprio Cnarendir. Por negligência deixamos passar, até mesmo eu, pois achava que ao menos teriam responsabilidade para com tal coisa eles mesmos, mas estava enganado.
"Diante de uma larga frente de batalha, procure o ponto mais fraco e, ali, ataque com a sua maior força."
Mas, algo crucial que estão esquecendo é que isto é uma guerra, não só contra um grande inimigo, mas vários. E eles possuem espiões, coletam informações das mais variadas formas e já devem saber que Cnarendir morreu ou que eles partiram em loucura. Com o druida essas viagens longas para longe do fronte não seriam problema algum. Mas fico pensando o que Slakish faria ao ver que os principais combatentes, aqueles que lhe oferecem mais preocupações, estão fora do fronte por tempo indeterminado e sem meios para voltar a qualquer momento. Penso em Varkatosh, em toda sua maldade e que procura nos atingir, o que faria ao saber de tudo isso. Ao meu ver, eles não se importam com as milhares de vidas inocentes que aqui chegaram em busca de abrigo. Eles são maus, e por serem assim não mediriam esforços para ver o principal foco de resistência a eles ser dizimado completamente, assim como Varkatosh fez com vilas inteiras de gnomos. Ao meu ver, não perderiam tal oportunidade.
"Se o inimigo deixa uma porta aberta, precipitemo-nos por ela."
É isso com que me preocupo, e é isso que eles relutantemente e de maneira teimosa se recusam a enxergar. Existem outras alternativas que poderíamos fazer sem brincarmos tanto com a sorte ao ponto de por em risco todos que dependem de nossas forças em tal momento de perigo. Não podemos baixar a guarda e não podemos ter misericórdia com o mal. E, principalmente, não podemos perder o foco de que os grandes dragões são o grande mal que assola essa era.
"Fight the Greater Evil. Faced with a choice of fighting my sworn foes or combating a lesser evil. I choose the greater evil."
"No Mercy for the Wicked. Ordinary foes might win my mercy, but my sworn enemies do not."
Por fim, em minha forma anã perdi contato com os planos superiores, mas os ensinamentos de Khamael, a força divina, ainda me acompanham. Espero poder retomar este contato, principalmente nesses momentos mais difíceis em que a responsabilidade maior recai sobre aqueles que tem maior força e poder.
Inicio de inverno de 5492, sexta era. Clareira élfica em Patapatani, logo depois que o grupo parte em desespero em viagem para tentar ressuscitar Cnarendir.
"Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas..."
Partiram sem me ouvir, pois de fato não querem ouvir a realidade grave da situação. Preferem se comportar como um bando de macacos gigantes que saem por ai fazendo macaquices sem pensar, sem o devido juízo. Não sei se talvez por causa das sucessivas transformações utilizadas por Cnarendir eles tenham perdido esse bem tão precioso, ainda mais precioso em momentos difíceis como este, ou se foi algo que se foi perdendo devido as adversidades e obstáculos impostos nesta grande jornada, muitos deles, é preciso admitir, causados por nós mesmos. Esta é uma coisa que ainda não os vi admitirem, o que dificulta perceberem o quão de maneira imprudente e irresponsável agem, e quanto isso pode ser prejudicial não só para eles mesmos, mas para todos aqueles que dependem de suas forças. E esse reconhecimento passa por conhecer a si mesmos, aos seus inimigos, e à força que possuem, pois grande poderes trazem grandes responsabilidades.
Talvez estejam pensando que haja uma batalha justa contra seres malignos. Que os dragões, nossos principais inimigos, sejam honrados e que esperam os inimigos deles se restabeleceram emocionalmente para voltarem a atacar e a oprimir os povos que desejam dominar e conquistar. É ingênuo pensar, como Chinook pensa, que a clareira existiu e sempre existirá não importa o que aconteça, e que ela não depende da sua e nossa força para existir, como vinha sendo até então antes de perderem o devido juízo. Falta-lhe conhecimento de história ou saberia que lá no vulcão, onde hoje Varkatosh vive, já foi parte do reino anão, e que muitas vidas inocentes morreram por lá. Ou lá, onde hoje é um grande deserto controlado por Crígarus, já foi parte de uma grande Patapatani onde muitos elfos viviam e foram dizimados ou oprimidos pela lâmina do deserto. São ingênuos e imprudentes, e não estou disposto ainda a arriscar que uma grande tragédia aconteça para lhes trazer o devido juízo em suas cabeças de volta. Como se que o que aconteceu no forte já não fosse uma...
"By Any Means Necessary. My qualms can’t get in the way of exterminating my foes."
É verdade que as vezes em batalha precisamos sacrificar nossos escrúpulos ou nossa honra a fim de destruir um inimigo poderoso. É isso que um guerra contra seres malignos exige e vai exigir de todos nós. No entanto, há momentos certos para os sacrifícios, assim como há momentos para se pensar no que fazer, no que pode ser melhor, e em como proteger e ajudar melhor aqueles que tanto dependem de você afim de punir o inimigo que os tiranizam. Esta é uma era que clama por restituição! Este é um continente que grita por justiça!
"Restitution. If my foes wreak ruin on the world, it is because I failed to stop them. I must help those harmed by their misdeeds."
O problema nunca foi ressuscitar Cnarendir, como eles tanto querem, mas como fazê-lo. Ora, se a solução está em Baia das rochas e eles são nossos aliados, porque não usar essa nossa aliança como favor. Ao invés de desfalcarmos o fronte, e assim arriscar a vida de milhares de inocentes que buscaram e buscam proteção na clareira, os quais já tiveram suas vidas arruinadas, em uma viagem que pode facilmente levar mais de 1 mês e que pode muito bem ser infrutífera, porque não pensarmos em agir de forma mais sábia e moral. Vendo das forma como agem penso que talvez eu seja o único deles que realmente se preocupa com as injustiças que acontecem.
"Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível."
Sim, há muitos detalhes que eles esqueceram de ponderar ao agiram apenas como crianças fazendo a primeira coisa de lhes dá na cabeça. Brincar muito com sorte nunca é recomendado, podem até ter uma certa sorte nessa viagem, mas o fato é que, como demonstrado naquele dia através das cartas, coisas as mais imprevistas podem acontecer e que podem atrapalhar o progresso do grupo, como vem o sendo ultimamente. Restaram mistérios não resolvidos daquele dia, consequências daqueles que jogaram as cartas, entre eles o próprio Cnarendir. Por negligência deixamos passar, até mesmo eu, pois achava que ao menos teriam responsabilidade para com tal coisa eles mesmos, mas estava enganado.
"Diante de uma larga frente de batalha, procure o ponto mais fraco e, ali, ataque com a sua maior força."
Mas, algo crucial que estão esquecendo é que isto é uma guerra, não só contra um grande inimigo, mas vários. E eles possuem espiões, coletam informações das mais variadas formas e já devem saber que Cnarendir morreu ou que eles partiram em loucura. Com o druida essas viagens longas para longe do fronte não seriam problema algum. Mas fico pensando o que Slakish faria ao ver que os principais combatentes, aqueles que lhe oferecem mais preocupações, estão fora do fronte por tempo indeterminado e sem meios para voltar a qualquer momento. Penso em Varkatosh, em toda sua maldade e que procura nos atingir, o que faria ao saber de tudo isso. Ao meu ver, eles não se importam com as milhares de vidas inocentes que aqui chegaram em busca de abrigo. Eles são maus, e por serem assim não mediriam esforços para ver o principal foco de resistência a eles ser dizimado completamente, assim como Varkatosh fez com vilas inteiras de gnomos. Ao meu ver, não perderiam tal oportunidade.
"Se o inimigo deixa uma porta aberta, precipitemo-nos por ela."
É isso com que me preocupo, e é isso que eles relutantemente e de maneira teimosa se recusam a enxergar. Existem outras alternativas que poderíamos fazer sem brincarmos tanto com a sorte ao ponto de por em risco todos que dependem de nossas forças em tal momento de perigo. Não podemos baixar a guarda e não podemos ter misericórdia com o mal. E, principalmente, não podemos perder o foco de que os grandes dragões são o grande mal que assola essa era.
"Fight the Greater Evil. Faced with a choice of fighting my sworn foes or combating a lesser evil. I choose the greater evil."
"No Mercy for the Wicked. Ordinary foes might win my mercy, but my sworn enemies do not."
Por fim, em minha forma anã perdi contato com os planos superiores, mas os ensinamentos de Khamael, a força divina, ainda me acompanham. Espero poder retomar este contato, principalmente nesses momentos mais difíceis em que a responsabilidade maior recai sobre aqueles que tem maior força e poder.
Shox- Escritor
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Data de inscrição : 29/11/2016
Re: Heilel - Resumos
Resumo 23 - Heilel Ben-Shachar
Fazem 15 dias que o grupo partiu em viagem para tentar ressuscitar Cnarendir. Me pergunto se realmente conseguiram ou se estão apenas vagando a toa. Ainda acho que saíram muito na pressa e sem pensar nas implicações sobre tudo o que tem ocorrido.
Já é inverno, mas estranhamente o vento soprou mais quente do oeste. Viajei para lá junto de alguns patrulheiros e o que eu encontrei foi somente chamas e destruição. Pela primeira vez vi o mal encarnado em uma só e enorme criatura. O tormento carmim é real, extremamente real, e ele faz jus ao nome. Nunca havia temido tanto em toda minha vida, não por mim mesmo, mas pelo imenso poder de destruição em posse de uma criatura tão vil quanto Varkatosh, a desolação do norte. E é exatamente isso que traz por onde passa. Desolação, chamas, destruição e morte, e um reino de fogo ardente.
Suas chamas avançam sobre a floresta de Patapatani como nunca antes visto. Vem queimando tudo que encontra pela frente e, até onde vi, o fogo já queimou uma área enorme, talvez maior até do que a antiga floresta das cinzas, e ele vem em nossa direção para nos esmagar. Ao menos foi isso que senti na hora. Uma pressão esmagadora, um sufocamento, como se não fosse sobrar mais nada a não ser tragédia, morte, opressão e tirania. E precisamos estar a postos e preparados para enfrentá-lo. Precisamos usar tudo que temos.
Mas a situação apenas se agrava no decorrer das estações. Batedores ao sul relataram que Crígarus, a grande lâmina do deserto, também vem em nossa direção. Talvez em busca de retaliação pelo que fizemos no deserto. Talvez esta tenha sido uma jogada precipitada nossa em provocar mais um dragão, mas o certo é que o cerco à floresta vem se fechando cada mais, e no meio dessa rota de colisão que se anuncia estamos nós e milhares de vidas inocentes pelo caminho. Há um antigo ditado que diz: "Em briga de elefantes quem sofre é a grama". Cada vez mais acho que se não reforçamos nosso fronte, a clareira e todos os que aqui refugiaram-se irão sofrer com o mal que está por vir. Talvez tenhamos que traçar um plano de evacuação. De qualquer forma, precisamos como nunca de gente forte por aqui.
Fazem 15 dias que o grupo partiu em viagem para tentar ressuscitar Cnarendir. Me pergunto se realmente conseguiram ou se estão apenas vagando a toa. Ainda acho que saíram muito na pressa e sem pensar nas implicações sobre tudo o que tem ocorrido.
Já é inverno, mas estranhamente o vento soprou mais quente do oeste. Viajei para lá junto de alguns patrulheiros e o que eu encontrei foi somente chamas e destruição. Pela primeira vez vi o mal encarnado em uma só e enorme criatura. O tormento carmim é real, extremamente real, e ele faz jus ao nome. Nunca havia temido tanto em toda minha vida, não por mim mesmo, mas pelo imenso poder de destruição em posse de uma criatura tão vil quanto Varkatosh, a desolação do norte. E é exatamente isso que traz por onde passa. Desolação, chamas, destruição e morte, e um reino de fogo ardente.
Suas chamas avançam sobre a floresta de Patapatani como nunca antes visto. Vem queimando tudo que encontra pela frente e, até onde vi, o fogo já queimou uma área enorme, talvez maior até do que a antiga floresta das cinzas, e ele vem em nossa direção para nos esmagar. Ao menos foi isso que senti na hora. Uma pressão esmagadora, um sufocamento, como se não fosse sobrar mais nada a não ser tragédia, morte, opressão e tirania. E precisamos estar a postos e preparados para enfrentá-lo. Precisamos usar tudo que temos.
Mas a situação apenas se agrava no decorrer das estações. Batedores ao sul relataram que Crígarus, a grande lâmina do deserto, também vem em nossa direção. Talvez em busca de retaliação pelo que fizemos no deserto. Talvez esta tenha sido uma jogada precipitada nossa em provocar mais um dragão, mas o certo é que o cerco à floresta vem se fechando cada mais, e no meio dessa rota de colisão que se anuncia estamos nós e milhares de vidas inocentes pelo caminho. Há um antigo ditado que diz: "Em briga de elefantes quem sofre é a grama". Cada vez mais acho que se não reforçamos nosso fronte, a clareira e todos os que aqui refugiaram-se irão sofrer com o mal que está por vir. Talvez tenhamos que traçar um plano de evacuação. De qualquer forma, precisamos como nunca de gente forte por aqui.
Shox- Escritor
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Re: Heilel - Resumos
Resumo 24, sessão dia 05/08/2017 - Heilel Ben-Shachar
Cidade de Norlode, sexta era.
O destino acabou por me unir novamente com Sigmund, Maiev, Chinook e Ragnar. Ao que parece, se instalaram em Baia das Rochas depois da tentativa frustrada de reviver Cnarendir, cuja alma está presa em algum lugar desconhecido. Esse é o preço que se paga por agir sem pensar, de maneira precipitada e sem o devido preparo, se precipitaram a toa e, talvez, um preço ainda maior está sendo pago por Cnarendir agora, ainda em decorrência daquelas cartas, como foi com Maiev, ou por algum outro motivo qualquer que desconheço que mantenha sua alma presa.
"A vida dá lições que só se dão uma vez."
No entanto, o que mais me deixa atônito com o relapso das ações deles é que nem ao menos retornaram à clareira que os recebeu e os abrigou para informar que se mudariam para a segurança de Baia das Rochas, com a exceção de Maiev, o único que parece ter algum juízo e senso de responsabilidade no momento, talvez como resultado do que lhe aconteceu depois das cartas, ou ainda, por entender aquilo que ele representa.
Com ele e Chinook ainda é possível argumentar, debater - embora este seja muito ingênuo e infantil em sua argumentação - e tentar entender e achar alguma solução e saída para a tempestade de raio e fogo que ameaça se formar e que paira à nossa volta.
"É preciso coragem para levantar-se e falar, mas também é preciso coragem para sentar-se e ouvir."
Já Sigmund e Ragnar agem totalmente como tolos orgulhosos e birrentos. Aquele, não sei porque razão, expressa irritação comigo e diz coisas sem sentido sobre a clareira, logo ele que chegou lá num período quando mais pessoas para lá se dirigiam em busca de assistência ou para ajudar, e este, que também não faço a menor ideia de porque agir assim, me chama de ignorante, mas basta uma simples observação para perceber que quem age assim é ele mesmo. Ignora a informação que dei sobre Crígarus, a quem diz ter raiva e querer vingança, de como ele ameaça destruir mais a floresta de Patapatani e tudo que Ragnar consegue fazer é me chamar de ignorante, algo sem sentido algum e que ao meu ver é só reflexo de uma mente sem juízo e confusa. Diante toda essa situação e complicação, tudo o que ele consegue chegar e resumir em sua cabeça é para me chamar de ignorante. Um tolo que não faz a menor ideia do que diz.
"Vivemos com o que recebemos, mas marcamos a vida com o que damos."
À exceção de Maiev, praticamente todos eles se recusam a um convite necessário e importante para pensarmos sobre a atual grave situação que se delineia, e, mais ainda, se recusam a enxergar os seus próprios erros que tento mostrar. Não há humildade nem mesmo depois da tragédia do forte ou da morte de Cnarendir e da frustração da tentativa de trazê-lo de volta a vida. Ai está talvez a principal falha. As vezes, o grande mal, o principal inimigo, não está lá fora, mas dentro de nós mesmos. Ao menos disseram que estão planejando contra os dragões lá em Baia da rochas, retomaram o foco, de maneira forçada é verdade. Contudo, enquanto a clareira for foco de resistência lutando no fronte contra agora 3 dragões, enquanto ela continuar sendo um farol de segurança para vidas que procuram refugio contra os grandes tiranos e de seus malfeitos, é precisamente lá que precisamos de pessoas fortes para lutar e para inspirar os demais, e não no conforto e segurança de Baia das Rochas curtindo uma bela e tranquila brisa do mar. Talvez o poder tenha subido demais à suas cabeças.
"É inútil dizer "estamos a fazer o possível". Precisamos de fazer o que é necessário."
Realmente, planejamento pode ser feito de qualquer lugar como eles dizem, mas não é somente isso que é possível se fazer, não é somente disso que precisamos. Eles não lutam sozinhos contra os grandes dragões, essa não é uma campanha privada somente deles, mas algo que diz respeito a todos, e são muitos os que tem se esforçado, batalhado, morrido, e sofrido injustiças nessa disputa toda, e são muitos os que precisam de inspiração e da presença de fortes lideranças. É isso o que de certa forma eles representam, pois são fortes e já fizeram, ainda junto comigo, grandes obras, e é isso que se esquecem no momento. O grande Vallond entendia isso e tudo o que ele representava, e é por isso que ele é uma inspiração e uma lenda que instigou nos adormecidos e desesperançosos a consciência de lutar por aquilo que é certo. Foi através dele que compreendi isso. Não somos só um bando de burocratas distantes sentados atrás da mesa planejando coisas, somos um símbolo, ao menos, nos tornamos um para a clareira e, quem sabe, para o restante de zandor. Um símbolo de que é possível levantar e lutar contra a opressão do mal, porque é o que é certo a se fazer.
"Melhor lutar por algo, do que viver para nada."
Certa vez li uma história sobre um pequeno halfing, O pequeno príncipe, e lá dizia que nós nos tornamos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Ora, o que fizemos senão cativar a esperança por justiça em todos aqueles que se encontravam derrotados lá na clareira ou para todos aqueles que lá chegaram depois. Agora, mais do que nunca, quando a situação se encontra mais perigosa e violenta do que todas as outras vezes naquela região, a presença de todos eles lá pode ser, além de uma força extremamente necessária para o combate que pode estar por vir, como também um fator de inspiração, pois é certo que todos de lá ainda guardam respeito e admiração por eles.
É verdade também ficaram mais fortes desde a última vez , e os novos poderes de Maiev supre um dos principais obstáculos que eu via anteriormente quando da partida precipitada deles.
Agora pode ser possível novamente viajar a lugares distantes e estar de volta onde a batalha verdadeiramente acontece ou em caso de urgência em questão de segundos. Por isso estou aqui, a convite de Maiev que me prometeu ser possível voltar em caso de necessidade, em Norlode em busca do precioso metal Mithril, algo que pode ser útil ao nosso lado. No entanto, melhor ainda seria se Morgol'don conseguisse a almejada aliança com os anões. Algo extremamente necessário, pois temo pela própria existência da clareira no momento, e a força anã em batalha sempre é de grande ajuda.
Rogo para que o juízo volte à cabeça dos demais, para que entendam de um vez por todas os perigos que rondam a clareira no momento e de como o risco de uma catástrofe é iminente. O anel de fogo que se expande a oeste para nossa direção. A lâmina de raio que corta secamente ao sul. As presas venenosas em posição de bote embaixo de nosso calcanhar. Essas não são informações irrelevantes, não são informações normais e comuns como eles crêem, como se já tivesse acontecido algo parecido antes.
"Construir pode ser a tarefa lenta e difícil de anos. Destruir pode ser o ato impulsivo de um único dia."
A situação não é boa, aliás, a mim nunca esteve tão tensa e tenebrosa como agora, e precisamos estar a postos para nos defender, precisamos estar prevenidos e preparados com antecedência para o pior que pode acontecer. Eles precisam por o ego de lado e perceber que, mais do que nossas diferenças são nossas semelhanças que nos une, pois lutamos a favor da justiça, lutamos pelo lado certo da história, e ficar agindo como crianças mimadas e mal educadas que se recusam a ouvir os outros pode nos causar sérios danos e baixas, pois nossos inimigos não possuem qualquer dó de criancinhas.
E rogo mais uma vez para você, Khamael, a senhora das potências divinas, para que me guie e me de forças para enfrentar o que está por vir, "pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à justiça! São poucos os que a encontram.". Que eu possa proteger todos aqueles que estão ameaçados pelo grande mal que nos cerca neste momento, e todos aqueles que eu não puder, eu possa ao menos vingá-los.
Cidade de Norlode, sexta era.
O destino acabou por me unir novamente com Sigmund, Maiev, Chinook e Ragnar. Ao que parece, se instalaram em Baia das Rochas depois da tentativa frustrada de reviver Cnarendir, cuja alma está presa em algum lugar desconhecido. Esse é o preço que se paga por agir sem pensar, de maneira precipitada e sem o devido preparo, se precipitaram a toa e, talvez, um preço ainda maior está sendo pago por Cnarendir agora, ainda em decorrência daquelas cartas, como foi com Maiev, ou por algum outro motivo qualquer que desconheço que mantenha sua alma presa.
"A vida dá lições que só se dão uma vez."
No entanto, o que mais me deixa atônito com o relapso das ações deles é que nem ao menos retornaram à clareira que os recebeu e os abrigou para informar que se mudariam para a segurança de Baia das Rochas, com a exceção de Maiev, o único que parece ter algum juízo e senso de responsabilidade no momento, talvez como resultado do que lhe aconteceu depois das cartas, ou ainda, por entender aquilo que ele representa.
Com ele e Chinook ainda é possível argumentar, debater - embora este seja muito ingênuo e infantil em sua argumentação - e tentar entender e achar alguma solução e saída para a tempestade de raio e fogo que ameaça se formar e que paira à nossa volta.
"É preciso coragem para levantar-se e falar, mas também é preciso coragem para sentar-se e ouvir."
Já Sigmund e Ragnar agem totalmente como tolos orgulhosos e birrentos. Aquele, não sei porque razão, expressa irritação comigo e diz coisas sem sentido sobre a clareira, logo ele que chegou lá num período quando mais pessoas para lá se dirigiam em busca de assistência ou para ajudar, e este, que também não faço a menor ideia de porque agir assim, me chama de ignorante, mas basta uma simples observação para perceber que quem age assim é ele mesmo. Ignora a informação que dei sobre Crígarus, a quem diz ter raiva e querer vingança, de como ele ameaça destruir mais a floresta de Patapatani e tudo que Ragnar consegue fazer é me chamar de ignorante, algo sem sentido algum e que ao meu ver é só reflexo de uma mente sem juízo e confusa. Diante toda essa situação e complicação, tudo o que ele consegue chegar e resumir em sua cabeça é para me chamar de ignorante. Um tolo que não faz a menor ideia do que diz.
"Vivemos com o que recebemos, mas marcamos a vida com o que damos."
À exceção de Maiev, praticamente todos eles se recusam a um convite necessário e importante para pensarmos sobre a atual grave situação que se delineia, e, mais ainda, se recusam a enxergar os seus próprios erros que tento mostrar. Não há humildade nem mesmo depois da tragédia do forte ou da morte de Cnarendir e da frustração da tentativa de trazê-lo de volta a vida. Ai está talvez a principal falha. As vezes, o grande mal, o principal inimigo, não está lá fora, mas dentro de nós mesmos. Ao menos disseram que estão planejando contra os dragões lá em Baia da rochas, retomaram o foco, de maneira forçada é verdade. Contudo, enquanto a clareira for foco de resistência lutando no fronte contra agora 3 dragões, enquanto ela continuar sendo um farol de segurança para vidas que procuram refugio contra os grandes tiranos e de seus malfeitos, é precisamente lá que precisamos de pessoas fortes para lutar e para inspirar os demais, e não no conforto e segurança de Baia das Rochas curtindo uma bela e tranquila brisa do mar. Talvez o poder tenha subido demais à suas cabeças.
"É inútil dizer "estamos a fazer o possível". Precisamos de fazer o que é necessário."
Realmente, planejamento pode ser feito de qualquer lugar como eles dizem, mas não é somente isso que é possível se fazer, não é somente disso que precisamos. Eles não lutam sozinhos contra os grandes dragões, essa não é uma campanha privada somente deles, mas algo que diz respeito a todos, e são muitos os que tem se esforçado, batalhado, morrido, e sofrido injustiças nessa disputa toda, e são muitos os que precisam de inspiração e da presença de fortes lideranças. É isso o que de certa forma eles representam, pois são fortes e já fizeram, ainda junto comigo, grandes obras, e é isso que se esquecem no momento. O grande Vallond entendia isso e tudo o que ele representava, e é por isso que ele é uma inspiração e uma lenda que instigou nos adormecidos e desesperançosos a consciência de lutar por aquilo que é certo. Foi através dele que compreendi isso. Não somos só um bando de burocratas distantes sentados atrás da mesa planejando coisas, somos um símbolo, ao menos, nos tornamos um para a clareira e, quem sabe, para o restante de zandor. Um símbolo de que é possível levantar e lutar contra a opressão do mal, porque é o que é certo a se fazer.
"Melhor lutar por algo, do que viver para nada."
Certa vez li uma história sobre um pequeno halfing, O pequeno príncipe, e lá dizia que nós nos tornamos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Ora, o que fizemos senão cativar a esperança por justiça em todos aqueles que se encontravam derrotados lá na clareira ou para todos aqueles que lá chegaram depois. Agora, mais do que nunca, quando a situação se encontra mais perigosa e violenta do que todas as outras vezes naquela região, a presença de todos eles lá pode ser, além de uma força extremamente necessária para o combate que pode estar por vir, como também um fator de inspiração, pois é certo que todos de lá ainda guardam respeito e admiração por eles.
É verdade também ficaram mais fortes desde a última vez , e os novos poderes de Maiev supre um dos principais obstáculos que eu via anteriormente quando da partida precipitada deles.
Agora pode ser possível novamente viajar a lugares distantes e estar de volta onde a batalha verdadeiramente acontece ou em caso de urgência em questão de segundos. Por isso estou aqui, a convite de Maiev que me prometeu ser possível voltar em caso de necessidade, em Norlode em busca do precioso metal Mithril, algo que pode ser útil ao nosso lado. No entanto, melhor ainda seria se Morgol'don conseguisse a almejada aliança com os anões. Algo extremamente necessário, pois temo pela própria existência da clareira no momento, e a força anã em batalha sempre é de grande ajuda.
Rogo para que o juízo volte à cabeça dos demais, para que entendam de um vez por todas os perigos que rondam a clareira no momento e de como o risco de uma catástrofe é iminente. O anel de fogo que se expande a oeste para nossa direção. A lâmina de raio que corta secamente ao sul. As presas venenosas em posição de bote embaixo de nosso calcanhar. Essas não são informações irrelevantes, não são informações normais e comuns como eles crêem, como se já tivesse acontecido algo parecido antes.
"Construir pode ser a tarefa lenta e difícil de anos. Destruir pode ser o ato impulsivo de um único dia."
A situação não é boa, aliás, a mim nunca esteve tão tensa e tenebrosa como agora, e precisamos estar a postos para nos defender, precisamos estar prevenidos e preparados com antecedência para o pior que pode acontecer. Eles precisam por o ego de lado e perceber que, mais do que nossas diferenças são nossas semelhanças que nos une, pois lutamos a favor da justiça, lutamos pelo lado certo da história, e ficar agindo como crianças mimadas e mal educadas que se recusam a ouvir os outros pode nos causar sérios danos e baixas, pois nossos inimigos não possuem qualquer dó de criancinhas.
E rogo mais uma vez para você, Khamael, a senhora das potências divinas, para que me guie e me de forças para enfrentar o que está por vir, "pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à justiça! São poucos os que a encontram.". Que eu possa proteger todos aqueles que estão ameaçados pelo grande mal que nos cerca neste momento, e todos aqueles que eu não puder, eu possa ao menos vingá-los.
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