Fargrim, Martelo de Forja-Fúria - Resumos

Background.



Um chamado para aventura.

   Ao norte de Zandor na cordilheira de Krakatum existe um túnel antigo, que leva a lugares muito mais antigos, nossa terra ancestral, Cardonolus. Abandonamos a antiga fortaleza da Forja da Fúria cujo nome carregamos, e cruzamos o túnel ultramarino até Zandor nosso atual lar. Junto com outros fundamos o reino de Runedar, e hoje nossa família os Forja-Fúria fizemos a cidade de Norlode nosso lar, realizamos o ofício sagrado da forja assim como o primeiro dentre nós o fez e defendemos nosso lar com todo o nosso coração.
   
  Os dois garotos, gêmeos idênticos, olhos castanhos-claros brilhando a luz da lareira, os cabelos ruivos amarrados em uma única trança idêntica finalizada com um anel de ouro maciço adornado com padrões retos e ângulos repentinos. Baern e Fargrim eram inseparáveis, os garotos eram espertos, e mais curiosos do que sensatos. - Pai conte-nos mais sobre Cardonolus! Baern pediu. - E sobre como o primeiro anão aprendeu a forjar! Emendou Fargrim. O anão a frente deles deu um longo e farto gole em seu caneco de pedra, Thargrim Forja-Fúria pai dos garotos e Líder do clã Forja-Fúria limpou a boca e enxugou a mão na barba loura adornada com vários anéis de ouro. - Chega de histórias por hoje! Está na hora de ir para a cama! Ordenou. - Mas queremos saber mais! Protestaram os gêmeos em uníssono.
   
   - Outra hora. Disse o pai os agarrando-os em um abraço de urso. - Quando eu voltar da Forja mãe prometo contar para vocês o segredo de nossa família, disse enquanto jogou os filhos em suas camas feitas de pedra e acolchoadas com palha e plumas. - Mesmo!? Perguntaram os garotos. -Sim. confirmou o pai beijando-os na tez. - Agora durmam para que tenham barbas vastas e espessas como a minha para impressionar as garotas. Disse fechando a porta de pedra.
   
   Ele riu em sua cabeça e caminhou de volta para a lareira onde sentou aproveitando o calor que emanava das brasas. - Impressionar garotas hum? Uma voz ao seu ouvido disse. Firhaelhilde o olhou com olhos verdes intensos, seus cabelos ruivos como sangue fresco exalavam um perfume de sândalo, que aqueceu seu coração. - Sabe que tenho olhos apenas para ti minha nobre senhora. disse pomposo. - Deixe os títulos de lado, agora somos apenas marido mulher.
   
   A cidade de Norlode, a capital militar do reino de Runedar fica no topo da montanha em uma caverna, não há luz do sol sempre, apenas pelo leste onde uma abertura natural da caverna deixa os habitantes vislumbrarem o céu da superfície. Os gêmeos Forja-Fúria acordaram a casa com sua costumeira animação matinal. - Tolo! Você nunca irá me vencer em um duelo. Disse Baern com a voz empostada. Ostentava em sua mão uma espada de madeira, do tamanho de uma criança é claro. - Mal sabe que andei treinando! Disse Fargrim empunhando uma vassoura como uma lança usando um travesseiro como montaria. A brincadeira foi interrompida por Firhaelhilde que os colocou na mesa para que comessem o desjejum. A mesa era farta: Cerveja fraca, leite de cabra, meio pernil de corsa, cogumelos salteados na manteiga de cabra, queijos de cabra, salmão defumado, algumas frutas secas, pães e biscoitos com especiarias de fora da montanha. Os garotos se empanturraram com voracidade e ainda fizeram duas trouxinhas uma para cada. Pegaram seus cadernos e saíram correndo porta a fora! - Tenham um bom dia meus filhos, nos deixem orgulhosos! Disse a mãe -Tchau mãe! Disseram sincronizados.
   
   Os garotos tinham uma rotina de estudos para se alfabetizarem no templo, depois treinamento militar básico. Os estudos e treinamento eram feitos todos na parte da manhã em dois períodos, Havia muita rivalidade entre garotos de outros clãs mas Baern e Fargrim cuidavam um do outro, sempre juntos. Isso rendeu a eles o apelido de Bigorna e Martelo de Forja-Fúria respectivamente. A parte mais divertida para os dois era exercitar o ofício da forja onde passavam toda a tarde. A forja era o ofício da Família, uma obrigação e uma honra seguir a tradição do clã. Baern e Fargrim eram aplicados, Excepcionais em suas habilidades com as ferramentas de forja. Eles aprendiam juntos e assim cresceram em vigor e Barba, com o rigor militar, o peso do clã e o calor da Forja.
   
   Os anos trouxeram aprendizados e mais indagações, após dominarem todas os aspectos da arte da forja eles decidiram ir além e estudar as propriedades mágicas dos metais e como melhorá-los usando magia. Baern se interessou pelo poder divino e começou a frequentar o Templo da Forja de Norlode estudando com Thormir o Alto-Clérigo do Templo da Forja. Fargrim se interessou pelas artes arcanas e começou a estudar com Khordaldrum um mago aventureiro aposentado colega de seu pai. Os garotos se tornaram Anões membros do clã, mas as histórias da infância ainda permeavam suas cabeças assim como a sede por conhecimento. Então decidiram viajar, por alguns anos lutaram juntos e descobriram juntos alguns segredos dos antigos anões. Até que um dia seus caminhos se separaram Baern foi fazer um retiro espiritual e voltou com uma iluminação de que eles deviam ir até o continente ancestral e descobrir mais segredos sobre o ofícios que os definem. Como que por uma coincidência, ou não, Fargrim que nesse período fez uma imersão em tomos e livros  disponíveis da literatura anã chegou a mesma conclusão. Decidiram então se separar e se aventurar por Zandor afim de se tornarem experientes o suficiente para a jornada ao velho continente. Assim Fargrim Martelo de Forja-Fúria se despediu de seu irmão Baern Bigorna de Forja-Fúria. Seu Pai os presenteou com relíquias do clã para que assim forjem seu nome e tragam honra ao clã.