Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
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Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
O Mestre – Felipe Savino Dias
Flopsy O Halfling – Ygor Peluso
Rhogar o Dragonborn Paladino – Felipe Larocca
Faerir o Bardo Meio-Elfo – Alan Gabriel
Pafuncio o Gnomo Druida – Ricardo Boccato Alves
Darkamos O Tiefling Bardo – Matheus Pompeu
Adran O Elfo Ladino – Isaac Moreno
Zafrina A Humana Bárbara – (nem vale a pena ser mencionada, pois desertou e desonrou a mesa)
25 setembro de 2015
A História de Flopsy Willowroot – O Supertramp
O clã Willowroot costumava vagar pelas terras ermas ao sul, beirando os grandes lagos,
em sua caravana mercante, como muitos dos halfling nômades que podemos encontrar
mundo afora. Nesta caravana, estavam reunidas diversas famílias que se identificavam
sobre o nome Willowroot, pois é comum entre os Pequeninos adotar o nome familiar da
família principal do clã, dos fundadores.
Os Willowroot Feitores, a família fundadora do clã, eram muito respeitados em sua
pequena comunidade. Apresentavam um caráter admirável e prezavam fervorosamente
pela segurança de todos os seus entes, como todo bom Halfling Stout, também
conhecidos como Corações Fortes pelos outros povos. O Feitor chamava-se Samwise,
sujeito parrudo e com expressão extremamente austera, mas com grande coração. Sua
esposa, a Senhora Beatrix, era uma mulher muito responsável, que cuidava de todos os
assuntos não militares da caravana. Muito Gentil e bem humorada. O casal possuía um
filho único, o pequeno Flopsy.
Infância
Garoto vívido e muito perspicaz, Flopsy era o terror entre os adultos e o herói entre os
pequenos. Sempre fazendo piadas e pregando peças nos mais velhos, cultivava um senso
de humor refinado. Ainda que sarcástico e sínico, sempre intervia em nome da justiça e
harmonia do Clã. Adorava exercício e jogos físicos. Com sua incrível agilidade, realizava
malabarismos e peripécias impossíveis para qualquer outro de sua gente. Sempre
demonstrou afinidade pelas coisas vivas, especialmente pelos animais, chegando a
montar cães e pôneis por diversão. Logo cedo herdou o gosto pelas ervas de fumo Tobby
e recebeu de seu pai a honra de portar o cachimbo da família, a última lembrança física de
seu passado que Flopsy manteria até a idade adulta.
Queda Do Clã Willowroot
Perto da idade correspondente á pré-adolescência de um humano, Flopsy presencia a
queda de seu clã em decorrência de um traiçoeiro ataque de saqueadores. O jovem
Halfling é o único sobrevivente. Atormentado pela perda de tudo o que conhecia, passou a
vagar sem rumo pelas antigas rotas de sua caravana.
Chegada ao Monastério
Algumas semanas após o ataque, Flopsy ainda perambula pela estrada, sobrevivendo da
caridade e esmolas, até que em uma manhã particularmente agradável, é acordado por
um senhor na beira da estrada. Ainda atordoado pelo despertar inconveniente, Flopsy
tenta parecer o mais cordial o possível. ”Bom dia!”, diz ele. “O que você quer dizer? Você
está me desejando um bom dia, ou afirma que é uma manhã boa queira eu ou não; ou que
você sente-se bem nesta manhã; ou que é uma manhã para se star bem?”, o velho retruca
exasperadamente. “Tudo ao mesmo tempo”, diz Flopsy, ascendendo seu cachimbo, com o
pouco de erva que lhe restava. “Posso lhe oferecer um Tobby?” continuou.
Assim, Flopsy conheceu Hitmon Sensei, grande mestre do monastério dos seguidores do
Iluminado Lee, arauto do Tao of Jet Kune Do, onde todas as modalidades e práticas são
encorajadas. O mestre acolheu o pequeno e tornou-o seu discípulo. Assim iniciaram os
aprendizados filosóficos e marciais de Flopsy, o Halfling, segundo os dizeres
transcendentais da Liberdade Suprema da Mente.
Ainda que preservando sua essência de Clã, Flopsy evoluía. Desenvolveu disciplina e
aprimorou sua existência de diversas maneiras. Foi apresentado ao Caminho do Equilíbrio
Existencial, que existe além de todas as dimensões. Aprendeu a nunca deixar-se levar por
frivolidades e a reconhecer os fluxos que o universo delineava em seu caminho.
Permaneceu no monastério até alcançar a idade adulta, saindo como um Halfling
totalmente diferente.
Queda do Monastério
Ao atingir a idade adulta, Flopsy vivenciou mais uma desventura. Seu mestre, líder do
Monastério, morre em circunstâncias suspeitas. Um dos seus colegas tenta ocupar seu
lugar. Pettigrew, o Licano Homem Rato, habilidoso, porém, vil. Arquiteta a tomada do
posto de mestre, mas suas pretensões obscuras ficam evidentes e todos os monges
partem, para uma vida de reclusão e desenvolvimento individual.
Vida Reclusa – Into The Wild
Flopsy passa a viver nos ermos, desenvolvendo seu potencial individualmente. Nesse período, adota o apelido Supertramp.
Com a chegada do verão e do calor, Flopsy parte em direção norte, em busca de um clima
mais ameno.
Flopsy O Halfling – Ygor Peluso
Rhogar o Dragonborn Paladino – Felipe Larocca
Faerir o Bardo Meio-Elfo – Alan Gabriel
Pafuncio o Gnomo Druida – Ricardo Boccato Alves
Darkamos O Tiefling Bardo – Matheus Pompeu
Adran O Elfo Ladino – Isaac Moreno
Zafrina A Humana Bárbara – (nem vale a pena ser mencionada, pois desertou e desonrou a mesa)
25 setembro de 2015
A História de Flopsy Willowroot – O Supertramp
O clã Willowroot costumava vagar pelas terras ermas ao sul, beirando os grandes lagos,
em sua caravana mercante, como muitos dos halfling nômades que podemos encontrar
mundo afora. Nesta caravana, estavam reunidas diversas famílias que se identificavam
sobre o nome Willowroot, pois é comum entre os Pequeninos adotar o nome familiar da
família principal do clã, dos fundadores.
Os Willowroot Feitores, a família fundadora do clã, eram muito respeitados em sua
pequena comunidade. Apresentavam um caráter admirável e prezavam fervorosamente
pela segurança de todos os seus entes, como todo bom Halfling Stout, também
conhecidos como Corações Fortes pelos outros povos. O Feitor chamava-se Samwise,
sujeito parrudo e com expressão extremamente austera, mas com grande coração. Sua
esposa, a Senhora Beatrix, era uma mulher muito responsável, que cuidava de todos os
assuntos não militares da caravana. Muito Gentil e bem humorada. O casal possuía um
filho único, o pequeno Flopsy.
Infância
Garoto vívido e muito perspicaz, Flopsy era o terror entre os adultos e o herói entre os
pequenos. Sempre fazendo piadas e pregando peças nos mais velhos, cultivava um senso
de humor refinado. Ainda que sarcástico e sínico, sempre intervia em nome da justiça e
harmonia do Clã. Adorava exercício e jogos físicos. Com sua incrível agilidade, realizava
malabarismos e peripécias impossíveis para qualquer outro de sua gente. Sempre
demonstrou afinidade pelas coisas vivas, especialmente pelos animais, chegando a
montar cães e pôneis por diversão. Logo cedo herdou o gosto pelas ervas de fumo Tobby
e recebeu de seu pai a honra de portar o cachimbo da família, a última lembrança física de
seu passado que Flopsy manteria até a idade adulta.
Queda Do Clã Willowroot
Perto da idade correspondente á pré-adolescência de um humano, Flopsy presencia a
queda de seu clã em decorrência de um traiçoeiro ataque de saqueadores. O jovem
Halfling é o único sobrevivente. Atormentado pela perda de tudo o que conhecia, passou a
vagar sem rumo pelas antigas rotas de sua caravana.
Chegada ao Monastério
Algumas semanas após o ataque, Flopsy ainda perambula pela estrada, sobrevivendo da
caridade e esmolas, até que em uma manhã particularmente agradável, é acordado por
um senhor na beira da estrada. Ainda atordoado pelo despertar inconveniente, Flopsy
tenta parecer o mais cordial o possível. ”Bom dia!”, diz ele. “O que você quer dizer? Você
está me desejando um bom dia, ou afirma que é uma manhã boa queira eu ou não; ou que
você sente-se bem nesta manhã; ou que é uma manhã para se star bem?”, o velho retruca
exasperadamente. “Tudo ao mesmo tempo”, diz Flopsy, ascendendo seu cachimbo, com o
pouco de erva que lhe restava. “Posso lhe oferecer um Tobby?” continuou.
Assim, Flopsy conheceu Hitmon Sensei, grande mestre do monastério dos seguidores do
Iluminado Lee, arauto do Tao of Jet Kune Do, onde todas as modalidades e práticas são
encorajadas. O mestre acolheu o pequeno e tornou-o seu discípulo. Assim iniciaram os
aprendizados filosóficos e marciais de Flopsy, o Halfling, segundo os dizeres
transcendentais da Liberdade Suprema da Mente.
Ainda que preservando sua essência de Clã, Flopsy evoluía. Desenvolveu disciplina e
aprimorou sua existência de diversas maneiras. Foi apresentado ao Caminho do Equilíbrio
Existencial, que existe além de todas as dimensões. Aprendeu a nunca deixar-se levar por
frivolidades e a reconhecer os fluxos que o universo delineava em seu caminho.
Permaneceu no monastério até alcançar a idade adulta, saindo como um Halfling
totalmente diferente.
Queda do Monastério
Ao atingir a idade adulta, Flopsy vivenciou mais uma desventura. Seu mestre, líder do
Monastério, morre em circunstâncias suspeitas. Um dos seus colegas tenta ocupar seu
lugar. Pettigrew, o Licano Homem Rato, habilidoso, porém, vil. Arquiteta a tomada do
posto de mestre, mas suas pretensões obscuras ficam evidentes e todos os monges
partem, para uma vida de reclusão e desenvolvimento individual.
Vida Reclusa – Into The Wild
Flopsy passa a viver nos ermos, desenvolvendo seu potencial individualmente. Nesse período, adota o apelido Supertramp.
Com a chegada do verão e do calor, Flopsy parte em direção norte, em busca de um clima
mais ameno.
Ygor Peluso- Orc Slayer
- Mensagens : 40
Data de inscrição : 20/02/2017
Idade : 28
Localização : São Paulo/SP
Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 1 - 21 setembro 2015
Enquanto meditava, veio a minha memória o dia em que o universo pôs em meu caminho
alguns dos mais ilustres cavalheiros – e aquela bárbara infeliz...
Seguia em direção norte, em busca de uma região com clima mais freso – sempre detestei
calor excessivo; atrapalha no treino e perturba a meditação. Talvez as montanhas seriam
mais agradáveis nesta época do ano. Atingi a beira da Grande Floresta do norte – ou
Floresta de Patapatani, território dos Elfos Silvestres, que não são famosos pela
hospitalidade. Ainda assim resolvi tomar a trilha floresta adentro. Não demorou muito para
que eles me interceptassem. Uma elfa de olhar perspicaz, mas de maneiras gentis, me
abordou enquanto acampava à noite. Sei que outros espreitavam em prontidão. Falei em
Elfico, correspondendo à cordialidade. Pedi permissão para passar pelo território para
atingir a extremidade norte, perto das montanhas. Concebeu-me o consentimento
prontamente, se despediu e partiu tão silenciosamente quanto chegou. Sei que iriam me
vigiar durante meu percurso, mas isso em nada me perturba; ofereceriam uma ótima
proteção a qualquer incomodo noturno.
Com o amanhecer, segui meu caminho tranquilamente. Poucas horas depois percebi que
tudo estava quieto demais. Não vi mais nenhuma forma de vida animal. Logo avistei uma
estranha clareira, onde discutiam dois sujeitos peculiares. Uma era uma mulher alta e
muito musculosa, com dois machados nas costas e o outro era um camarada coberto por
um manto preto. Não pude ver seu rosto, pois estava encapuzado. Como toda situação
que surge em meu caminho, esta era uma questão que o universo dispunha à minha
intervenção. Subi em uma arvore e me preparei para agir - fosse necessário, certamente.
No centro da clareira vi um buraco com um liquido escuro. Toda a vegetação na clareira
parecia morta, de uma maneira muito incomum. Não posso ter certeza, más aquilo só
podia ser resultado de magia maligna! Agredindo a natureza desta forma!
Os ânimos não melhoraram entre os dois. Após proferir um insulto, o homem encapuzado
proferiu uma ofensa e virou as costas para ir embora. A mulher sacou seu machado e o
enterrou nas costas do homem. Com um golpe daqueles, ele certamente morreria
instantaneamente, más não foi o que aconteceu. Ele nem se moveu com o impacto.
Apenas se virou para ela e agarrou seu pescoço. Ela, imóvel, se prostrou ajoelhada perante
seu agressor. Quando ele se virou, pude ver seu rosto. Era pálido, com cabelos
extremamente claros. Diria que era um homem, só que com traços estranhos. Aquele
sujeito não era nada do que sua aparência sugeria... Seu porte físico parecia de um
homem franzino, mas para subjugar aquela mulher, ele deveria dominar uma força física
muito incompatível com seus músculos. Só poderia ser um conjurador. Foi neste momento
que resolvi intervir.
Saltei da árvore com a intenção de atingi-lo com um chute certeiro, mas me desequilibrei.
Cai ao lado de ambos, que pareceram surpresos ao me ver. Sabia que não poderia
derrotar o homem em combate físico, então resolvi argumentar. Apresentei-me e convenci
o sujeito de que não haveria mais necessidade de violência. Ela estava neutralizada e não
voltaria a agredi-lo. Ele pareceu concordar hesitante. Largou o pescoço da mulher, virou as
costas novamente e desta vez partiu.
A mulher mau se recuperou e já queria segui-lo para brigar novamente. Não era uma
pessoa muito brilhante e sua aura expelia ódio e rancor. Ela se chamava Zafrina, e vinha
de terras distantes a sudoeste. Estava em busca de elfos que, segundo ela, haviam
obliterado sua vila e matado sua família. Vingança é o que ela buscava. Vingança para
suprir o vazio de sua mente e alma. Um espírito desvirtuado que requeria ajuda para
alcançar a harmonia. Minha responsabilidade ela era agora e acompanhá-la iria a partir de
agora. Convenci ela de que deveríamos ir para a cidade mais próxima para conseguir
alguns suprimentos e que ela deveria deixar sua vingança para depois, seja para com
elfos ou mesmo para com aquele camarada que quase a matou, se não fosse esse nobre
halfling... E assim, nosso caminho seguimos...
Enquanto meditava, veio a minha memória o dia em que o universo pôs em meu caminho
alguns dos mais ilustres cavalheiros – e aquela bárbara infeliz...
Seguia em direção norte, em busca de uma região com clima mais freso – sempre detestei
calor excessivo; atrapalha no treino e perturba a meditação. Talvez as montanhas seriam
mais agradáveis nesta época do ano. Atingi a beira da Grande Floresta do norte – ou
Floresta de Patapatani, território dos Elfos Silvestres, que não são famosos pela
hospitalidade. Ainda assim resolvi tomar a trilha floresta adentro. Não demorou muito para
que eles me interceptassem. Uma elfa de olhar perspicaz, mas de maneiras gentis, me
abordou enquanto acampava à noite. Sei que outros espreitavam em prontidão. Falei em
Elfico, correspondendo à cordialidade. Pedi permissão para passar pelo território para
atingir a extremidade norte, perto das montanhas. Concebeu-me o consentimento
prontamente, se despediu e partiu tão silenciosamente quanto chegou. Sei que iriam me
vigiar durante meu percurso, mas isso em nada me perturba; ofereceriam uma ótima
proteção a qualquer incomodo noturno.
Com o amanhecer, segui meu caminho tranquilamente. Poucas horas depois percebi que
tudo estava quieto demais. Não vi mais nenhuma forma de vida animal. Logo avistei uma
estranha clareira, onde discutiam dois sujeitos peculiares. Uma era uma mulher alta e
muito musculosa, com dois machados nas costas e o outro era um camarada coberto por
um manto preto. Não pude ver seu rosto, pois estava encapuzado. Como toda situação
que surge em meu caminho, esta era uma questão que o universo dispunha à minha
intervenção. Subi em uma arvore e me preparei para agir - fosse necessário, certamente.
No centro da clareira vi um buraco com um liquido escuro. Toda a vegetação na clareira
parecia morta, de uma maneira muito incomum. Não posso ter certeza, más aquilo só
podia ser resultado de magia maligna! Agredindo a natureza desta forma!
Os ânimos não melhoraram entre os dois. Após proferir um insulto, o homem encapuzado
proferiu uma ofensa e virou as costas para ir embora. A mulher sacou seu machado e o
enterrou nas costas do homem. Com um golpe daqueles, ele certamente morreria
instantaneamente, más não foi o que aconteceu. Ele nem se moveu com o impacto.
Apenas se virou para ela e agarrou seu pescoço. Ela, imóvel, se prostrou ajoelhada perante
seu agressor. Quando ele se virou, pude ver seu rosto. Era pálido, com cabelos
extremamente claros. Diria que era um homem, só que com traços estranhos. Aquele
sujeito não era nada do que sua aparência sugeria... Seu porte físico parecia de um
homem franzino, mas para subjugar aquela mulher, ele deveria dominar uma força física
muito incompatível com seus músculos. Só poderia ser um conjurador. Foi neste momento
que resolvi intervir.
Saltei da árvore com a intenção de atingi-lo com um chute certeiro, mas me desequilibrei.
Cai ao lado de ambos, que pareceram surpresos ao me ver. Sabia que não poderia
derrotar o homem em combate físico, então resolvi argumentar. Apresentei-me e convenci
o sujeito de que não haveria mais necessidade de violência. Ela estava neutralizada e não
voltaria a agredi-lo. Ele pareceu concordar hesitante. Largou o pescoço da mulher, virou as
costas novamente e desta vez partiu.
A mulher mau se recuperou e já queria segui-lo para brigar novamente. Não era uma
pessoa muito brilhante e sua aura expelia ódio e rancor. Ela se chamava Zafrina, e vinha
de terras distantes a sudoeste. Estava em busca de elfos que, segundo ela, haviam
obliterado sua vila e matado sua família. Vingança é o que ela buscava. Vingança para
suprir o vazio de sua mente e alma. Um espírito desvirtuado que requeria ajuda para
alcançar a harmonia. Minha responsabilidade ela era agora e acompanhá-la iria a partir de
agora. Convenci ela de que deveríamos ir para a cidade mais próxima para conseguir
alguns suprimentos e que ela deveria deixar sua vingança para depois, seja para com
elfos ou mesmo para com aquele camarada que quase a matou, se não fosse esse nobre
halfling... E assim, nosso caminho seguimos...
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Localização : São Paulo/SP
Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 3 - 4 outubro 2015
Ainda estávamos nas florestas quando nos vimos novamente tentando colher alguma
informação útil de nosso refém elfo. Udum nos disse que seu mestre o avia contactado,
confiando-lhe a tarefa de conquistar três chaves para alguma espécie de portal, que
supostamente daria acesso ao corredor dos mundos, ou algo assim, que seria encontrado
na tumba de algum grande Senhor Élfico. Não sem muito esforço, obtivemos algum
conhecimento útil e nosso elfo tornou-se dispensável. Chegamos ao impasse de como
descartá-lo. Assim como nosso amigo paladino, eu não estava disposto a matar sem
necessidade; minha ideia era abandoná-lo para própria sorte na floresta, mas se fosse
essa nossa decisão, ele poderia facilitar aos nossos perseguidores outra emboscada sórdida. Pelo menos demos a ele o mínimo de dignidade: uma morte rápida. Zafrina degolou
o pobre infeliz e cobrimos seu cadáver com folhas e gravetos.
Logo chegamos á entrada do sarcófago, que jazia pela base de uma árvores
estranhamente desproporcional. Tão cedo conseguimos abrir a porta, já estávamos
realizando os trabalhos de exploração do subterrâneo e a tumba me pareceu bem maior
do que eu esperava. Grandes corredores e salões. Para exploração, o pseudo-dragão de
Udun mostrou-se extremamente útil. Mas algo me veio á mente: qual a necessidade de um
sarcófago dessas proporções? Esse espaço poderia comportar cidades inteiras de elfos.
De qualquer forma, o ilustre falecido deveria ser alguém importante. As paredes mostram
adornos e inscrições em élfico de várias origens, que contam as partes deste senhor em
batalhas contra orcs e o aprisionamento de alguma coisa “natural”. Tenho certeza de que o
artefato que buscamos encontra-se trancado com alguma entidade...
No primeiro salão que alcançamos, encontramos um belo baú com riquezas, um achado
auspicioso, que será de ótima ajuda ao grupo. A Faerir foi designada a tarefa de contador
do grupo. Lembrei agora que devo 18 moedas de prata ao nobre bardo. Devo paga-lo
assim que os lucros form divididos.
Nó próximo salão, dentre os entulhos distinguiam-se um trono de madeira e duas
armaduras élficas e seus respectivos suportes. Não gostei muito da energia que emanava
delas. Não sei explicar, só senti uma má impressão. Despretensiosamente, para evitar
alguma surpresa, corri até um das extremidades da sala e saltei, golpeando o capacete de
uma das armaduras. Como eu pensava, algo estava operando por traz delas. Ambas
estavam animadas por alguma força invisível. Uma força, digamos que, forte! Hah! Só sei
que a armadura que havia atacado foi eficiente o bastante para me fazer desmaiar, e isso
não é pouca coisa... Passei grande parte do combate desacordado, até ser reanimado por
nosso valoroso paladino. Ainda consegui me vingar daquela armadura mau areada,
acertando-lhe um poderoso golpe na articulação do joelho, golpe este que certamente foi
fundamental para que tudo terminasse bem. Afinal, armaduras de elfos saltitantes só
poderiam ser a manifestação da saltitância reluzente desses gamos da floresta. Com o fim
do combate, todos dirigiam olhares de reprovação sobre mim... Por que? Eu que impedi
que estas coisas nos pegassem desprevenidos!
Passando por mais algumas portas, chegamos a uma porta de ferro que exigiu esforço de
nossos dois brutamontes. Qual não foi nossa surpresa quando nos deparamos com
esqueletos animado! Já não bastavam aquelas armaduras cintilantes, deveríamos lidar
com essas abominações! Representaram um desafio menor do que o anterior, embora
Zafrina e Roghar precisassem ser reanimados por ter desmaiado, derrotamos todos sem
muita demora. Pude testar meu ataque surpresa quando em sincronia cósmica, o paladino
me arremessou em direção a uma das bestas que portava um arco. Infelizmente o a
aerodinâmica foi prejudicada por uma corrente de ar e não pude desempenhar meu ataque
corretamente: atingi de costas o esqueleto, atordoando-o ainda assim. Ainda poderei
aperfeiçoar esta técnica. Resolvemos descansar ao fim do combate, obstruindo as
entradas da sala. Espero que consigamos pelo menos dormir em paz.
Ainda estávamos nas florestas quando nos vimos novamente tentando colher alguma
informação útil de nosso refém elfo. Udum nos disse que seu mestre o avia contactado,
confiando-lhe a tarefa de conquistar três chaves para alguma espécie de portal, que
supostamente daria acesso ao corredor dos mundos, ou algo assim, que seria encontrado
na tumba de algum grande Senhor Élfico. Não sem muito esforço, obtivemos algum
conhecimento útil e nosso elfo tornou-se dispensável. Chegamos ao impasse de como
descartá-lo. Assim como nosso amigo paladino, eu não estava disposto a matar sem
necessidade; minha ideia era abandoná-lo para própria sorte na floresta, mas se fosse
essa nossa decisão, ele poderia facilitar aos nossos perseguidores outra emboscada sórdida. Pelo menos demos a ele o mínimo de dignidade: uma morte rápida. Zafrina degolou
o pobre infeliz e cobrimos seu cadáver com folhas e gravetos.
Logo chegamos á entrada do sarcófago, que jazia pela base de uma árvores
estranhamente desproporcional. Tão cedo conseguimos abrir a porta, já estávamos
realizando os trabalhos de exploração do subterrâneo e a tumba me pareceu bem maior
do que eu esperava. Grandes corredores e salões. Para exploração, o pseudo-dragão de
Udun mostrou-se extremamente útil. Mas algo me veio á mente: qual a necessidade de um
sarcófago dessas proporções? Esse espaço poderia comportar cidades inteiras de elfos.
De qualquer forma, o ilustre falecido deveria ser alguém importante. As paredes mostram
adornos e inscrições em élfico de várias origens, que contam as partes deste senhor em
batalhas contra orcs e o aprisionamento de alguma coisa “natural”. Tenho certeza de que o
artefato que buscamos encontra-se trancado com alguma entidade...
No primeiro salão que alcançamos, encontramos um belo baú com riquezas, um achado
auspicioso, que será de ótima ajuda ao grupo. A Faerir foi designada a tarefa de contador
do grupo. Lembrei agora que devo 18 moedas de prata ao nobre bardo. Devo paga-lo
assim que os lucros form divididos.
Nó próximo salão, dentre os entulhos distinguiam-se um trono de madeira e duas
armaduras élficas e seus respectivos suportes. Não gostei muito da energia que emanava
delas. Não sei explicar, só senti uma má impressão. Despretensiosamente, para evitar
alguma surpresa, corri até um das extremidades da sala e saltei, golpeando o capacete de
uma das armaduras. Como eu pensava, algo estava operando por traz delas. Ambas
estavam animadas por alguma força invisível. Uma força, digamos que, forte! Hah! Só sei
que a armadura que havia atacado foi eficiente o bastante para me fazer desmaiar, e isso
não é pouca coisa... Passei grande parte do combate desacordado, até ser reanimado por
nosso valoroso paladino. Ainda consegui me vingar daquela armadura mau areada,
acertando-lhe um poderoso golpe na articulação do joelho, golpe este que certamente foi
fundamental para que tudo terminasse bem. Afinal, armaduras de elfos saltitantes só
poderiam ser a manifestação da saltitância reluzente desses gamos da floresta. Com o fim
do combate, todos dirigiam olhares de reprovação sobre mim... Por que? Eu que impedi
que estas coisas nos pegassem desprevenidos!
Passando por mais algumas portas, chegamos a uma porta de ferro que exigiu esforço de
nossos dois brutamontes. Qual não foi nossa surpresa quando nos deparamos com
esqueletos animado! Já não bastavam aquelas armaduras cintilantes, deveríamos lidar
com essas abominações! Representaram um desafio menor do que o anterior, embora
Zafrina e Roghar precisassem ser reanimados por ter desmaiado, derrotamos todos sem
muita demora. Pude testar meu ataque surpresa quando em sincronia cósmica, o paladino
me arremessou em direção a uma das bestas que portava um arco. Infelizmente o a
aerodinâmica foi prejudicada por uma corrente de ar e não pude desempenhar meu ataque
corretamente: atingi de costas o esqueleto, atordoando-o ainda assim. Ainda poderei
aperfeiçoar esta técnica. Resolvemos descansar ao fim do combate, obstruindo as
entradas da sala. Espero que consigamos pelo menos dormir em paz.
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
O Caminho do Monge
O Caminho Monástico leva, impreterivelmente, à ascensão existencial, através do
desprendimento e desapego mundano, das práticas de exercitação física e mental e do
aprimoramento de técnica. O discípulo deve honrar os ensinamentos de seu mestre,
abandonando tudo que turve sua evolução.
Todos os prazeres materiais que o ambiente provém, ou tudo aquilo que vem do interior,
da mente, da alma, tudo que confunda ou que perverta; essas coisas devem ser
superadas para que a pureza seja alcançada.
Todo ser inteligível que nasce em nossa dimensão existencial esta fadado ás ilusões.
Estas são naturalmente providas pelo meio de desenvolvimento, pois ao nascer, a própria
vida flui entorpecendo a consciência.
No que diz respeito aos Halflings, podemos dizer que esses indivíduos já nascem com
agravantes! Sim, os Pequeninos são muito apegados á vida; á vida simples, mais
especificamente. Valorizam boa comida, bebida, amizades, conforto, alegria e, certamente,
ervas de fumo! Hah! Essas são de apreciação comum entre esses camaradinhas joviais!
O caminho do Monge representa um desafio titânico a um Halfling! Tomemos por exemplo
o Ilustre Flopsy Willowroot. Um garoto bem humorado, inquieto e entusiasta assíduo das
folhas Tobby. Trilha o Caminho da Iluminação, ainda conservando sua essência marcante.
Transcender essas características faz parte de seus testes pessoais. Será necessário...
Com essas questões em mente, atingimos uma duvida pertinente: Será que sacrificar sua
personalidade por desenvolvimento vale a pena? Ou será que abraçar a ascensão não
significa abandonar o Eu Interior?
O Caminho Monástico leva, impreterivelmente, à ascensão existencial, através do
desprendimento e desapego mundano, das práticas de exercitação física e mental e do
aprimoramento de técnica. O discípulo deve honrar os ensinamentos de seu mestre,
abandonando tudo que turve sua evolução.
Todos os prazeres materiais que o ambiente provém, ou tudo aquilo que vem do interior,
da mente, da alma, tudo que confunda ou que perverta; essas coisas devem ser
superadas para que a pureza seja alcançada.
Todo ser inteligível que nasce em nossa dimensão existencial esta fadado ás ilusões.
Estas são naturalmente providas pelo meio de desenvolvimento, pois ao nascer, a própria
vida flui entorpecendo a consciência.
No que diz respeito aos Halflings, podemos dizer que esses indivíduos já nascem com
agravantes! Sim, os Pequeninos são muito apegados á vida; á vida simples, mais
especificamente. Valorizam boa comida, bebida, amizades, conforto, alegria e, certamente,
ervas de fumo! Hah! Essas são de apreciação comum entre esses camaradinhas joviais!
O caminho do Monge representa um desafio titânico a um Halfling! Tomemos por exemplo
o Ilustre Flopsy Willowroot. Um garoto bem humorado, inquieto e entusiasta assíduo das
folhas Tobby. Trilha o Caminho da Iluminação, ainda conservando sua essência marcante.
Transcender essas características faz parte de seus testes pessoais. Será necessário...
Com essas questões em mente, atingimos uma duvida pertinente: Será que sacrificar sua
personalidade por desenvolvimento vale a pena? Ou será que abraçar a ascensão não
significa abandonar o Eu Interior?
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 4 - 7 outubro 2015
Acordo de um sono inquieto. Nunca me acostumaria a viver em um buraco de toupeiras
como este. Como se não bastasse a constante iminência de surgimento de mais abominaç
ões, esses salões e corredores me sufocam. Todos se põem de pé e continuamos a
exploração desse sarcófago gigantesco.
Logo a uma passagem que levava á mais um salão, más com uma ótima novidade! O Salã
o estava alagado! Maravilhoso! A água chega a altura de meu pescoço, o que não facilita
em nada minha movimentação. Antes mesmo de eu e Pafúncio nos esgueirarmos pela
abertura, nosso paladino sentiu presenças perturbadoras a frente. Com um pouco mais de
atenção, distinguimos mais alguns esqueletos recostados na água.
Antes de entrarmos, resolvemos estimulá-los á distância. O Gnomo lançou um punhado de
fogo sobre os ossos tombados, que mais que prontamente ergueram-se e vieram em
nossa direção. Em cinco eles eram. Rhogar e Zafrina não perderam tempo e avançaram.
Mau começa a briga e nossa bárbara cai, mas não sem antes esmigalhar alguns ossos.
Roghar, em notável demonstração de poder, agarra um dos esqueletos e cospe uma
massiva luz azulada sobre este, desintegrando seu tronco á cinzas e transformando a
cabeça em um belo suvenir fosforescente. Foi algo realmente belo de se ver. Contudo,
como se para vingar a queda do companheiro, um outro esqueleto que estava mais atrás
derruba também o paladino. Quase entro em colapso ao ver uma das flechas deles
acertarem uma armadura, que por sorte, não estava sob feitiço algum. Este foi o momento
que percebemos o quão critica estava a situação e resolvi agir de maneira mais temerária.
Apliquei a milenar técnica do Punho do Dragão Ascendente - o SHORYUKEN - sobre a
primeira abominação que passou a minha frente, convertendo-a a uma pilha de ossos
triturados. Finalmente estou conseguindo manter o equilíbrio em minha mente...
Dentro de alguns segundos já estavam todos mortos; desta vez devidamente mortos... Os
caídos reanimaram-se e a caveira fosforescente, que mesmo após o contato com a água
mantinha o seu brilho azulado, foi confiada ao Gnomo como lembrança deste sublime
momento entre amigos. Nos recompomos, enquanto Udun e o bardo leem mais inscrições
da parede. Udun comenta algo como Aquan ou Aquano. Palpitei que poderia ser uma
linguagem, talvez. Foi um belo palpite. Ele se lembra e diz que Elementais de água e
outras criaturas que vagam pelas regiões abissais. Talvez aquela criatura presa por aqui,
aquela citada nas incrições nos corredores de entrada, seja uma dessas . Esse está sendo
um passeio muito proveitoso; vi esqueletos e armaduras animadas... E Quem sabe não
encontramos um sapo ou alguma outra coisa rastejante conversando conosco em Aquam!
Hah seria ótimo!
Desta sala, chegamos ate um local muito diferente. Um Salão extremamente
ornamentado, com um trono de madeira e, o que mais nos chamou a atenção, um lustre
de ouro maciço incrustado com pedras preciosas. Fiz questão de lembrar nosso bardo
contador tesoureiro de manter aquele belo item em mente, para quando saíssemos desse
buraco.
Finalmente encontramos o item que Udun buscava. Me pareceu mais com uma gema do
que com qualquer chave que já tenha visto. Estava no trono da sala, escondido por um
compartimento secreto que não teria sido achado se não fosse por minha perspicácia.
Satisfeito, Udun concordou em continuar explorando conosco. Ainda na sala, analisamos
uma porta de metal que, notavelmente, guardava algo muito diferente do que qualquer
outra. Tanto o Warlock quanto o paladino sentiram emanações poderosas do outro lado
desta. Resolvemos explorar mais os salões antes de voltar aqui.
Encontramos outra sala e uma nova surpresa pavorosa. Eram elfos, sim! Elfos eles eram!
Mas eles estavam totalmente deformados e... podres! O paladino pode confirmar, não
estavam mais vivos, ainda que estivessem em pé e movendo-se em nossa direção. Eram
bem lerdos, mas ainda nos deram um bom trabalho. Ao final desta luta, descansamos
rapidamente e notamos o quanto havíamos aprendido naquelas horas, nesse buraco
profanado pela morte... Até mesmo adquiri um belo bastão de combate, achado por
Roghar no meio dos destroços. Muito útil! Lembro-me bem de meus treinos com bastão
com meus colegas de monastério...
Voltamos a sala onde certamente encontraríamos uma entidade antiga e poderosa. A água
dificultava nossos movimentos, então subi nos ombros de Roghar e Pafuncio subiu nos de
Zafrina. Mal adentramos a sala, pude ver claramente a água se comportar da maneira
menos natural o possível; a água, isso mesmos, a água ergue-se como um pilar acima de
todos nós, com um som ensurdecedor, exibindo algo parecido com um rosto intimidador.
Essa visão superou qualquer outra coisa que poderia ter me impressionado no campo de
coisas sobrenaturais... Faerir disse que aquilo era, de fato, um elemental de água, e que
estava furioso. Ainda, meio que inconscientemente, proferi em élfico algumas palavras
amigáveis, más logo emendei um comando para que todos fugissem... Todos dispararam
para o corredor, tentando alcançar terreno seco. A criatura movia-se absurdamente rápido
na água; mal podíamos acompanhar seus movimentos. Por mais de duas vezes Roghar
teve que me desvencilhar das correntes de água que tentavam me afogar. O paladino me
arremessou para fora da sala, em direção do corredor onde todos corriam
desesperadamente. Até o bardo precisou de um empurrãozinho para conseguir sair da á
gua. Assim que tocou o chão seco, Faerir tocou suas cordas, criando uma imensa onda de
energia, que fez com que a besta recuasse. Udun conseguiu atrasa-la efetivamente,
criando a ilusão de um grande dragão branco. Talvez poderíamos conseguir alguma
vantagem sobre um local sem água.Quando me dei conta, todos havíamos chegado a uma
sala seca e nos preparávamos para enfrentar o Elemental de frente.
Foi uma luta difícil. Rhogar e Zafrina o seguraram á frente, enquanto Faerir os motivavam
com graves notas de seu alaúde. Pafuncio se converteu em um imenso urso, o que me
deixou realmente impressionado... Lutou ferozmente. Eu realmente não pude fazer muito,
visto que aquela got ambulante absorvia todo golpe que eu dava. Eficiente mesmo, e
provavelmente, responsável pela nossa vitória, foi Udun, com seus ataques mágicos.
Quando finalmente derrotamos o Elemental, estávamos esgotados. Ninguém parecia
disposto a ficar naquele sarcófago por muito mais tempo. Parecia que a qualquer momento
outra aberração sairia da parede para nos molestar. Recolhemos nossos pertences, assim
como o belo castiçal de ouro, a caveira brilhante de Pafuncio e mais uma armadura Élfica
completa, que Rhogar queria para moldar ás suas medidas assim que encontrássemos um
ferreiro.
Descansamos lá pela última vez. Subimos para a floresta aliviados e nos reunimos com o
lobo de Zafrina, esperando saber de Udun nosso próximo local de destino e sem esquecer
de que estávamos em território hostil.
Acordo de um sono inquieto. Nunca me acostumaria a viver em um buraco de toupeiras
como este. Como se não bastasse a constante iminência de surgimento de mais abominaç
ões, esses salões e corredores me sufocam. Todos se põem de pé e continuamos a
exploração desse sarcófago gigantesco.
Logo a uma passagem que levava á mais um salão, más com uma ótima novidade! O Salã
o estava alagado! Maravilhoso! A água chega a altura de meu pescoço, o que não facilita
em nada minha movimentação. Antes mesmo de eu e Pafúncio nos esgueirarmos pela
abertura, nosso paladino sentiu presenças perturbadoras a frente. Com um pouco mais de
atenção, distinguimos mais alguns esqueletos recostados na água.
Antes de entrarmos, resolvemos estimulá-los á distância. O Gnomo lançou um punhado de
fogo sobre os ossos tombados, que mais que prontamente ergueram-se e vieram em
nossa direção. Em cinco eles eram. Rhogar e Zafrina não perderam tempo e avançaram.
Mau começa a briga e nossa bárbara cai, mas não sem antes esmigalhar alguns ossos.
Roghar, em notável demonstração de poder, agarra um dos esqueletos e cospe uma
massiva luz azulada sobre este, desintegrando seu tronco á cinzas e transformando a
cabeça em um belo suvenir fosforescente. Foi algo realmente belo de se ver. Contudo,
como se para vingar a queda do companheiro, um outro esqueleto que estava mais atrás
derruba também o paladino. Quase entro em colapso ao ver uma das flechas deles
acertarem uma armadura, que por sorte, não estava sob feitiço algum. Este foi o momento
que percebemos o quão critica estava a situação e resolvi agir de maneira mais temerária.
Apliquei a milenar técnica do Punho do Dragão Ascendente - o SHORYUKEN - sobre a
primeira abominação que passou a minha frente, convertendo-a a uma pilha de ossos
triturados. Finalmente estou conseguindo manter o equilíbrio em minha mente...
Dentro de alguns segundos já estavam todos mortos; desta vez devidamente mortos... Os
caídos reanimaram-se e a caveira fosforescente, que mesmo após o contato com a água
mantinha o seu brilho azulado, foi confiada ao Gnomo como lembrança deste sublime
momento entre amigos. Nos recompomos, enquanto Udun e o bardo leem mais inscrições
da parede. Udun comenta algo como Aquan ou Aquano. Palpitei que poderia ser uma
linguagem, talvez. Foi um belo palpite. Ele se lembra e diz que Elementais de água e
outras criaturas que vagam pelas regiões abissais. Talvez aquela criatura presa por aqui,
aquela citada nas incrições nos corredores de entrada, seja uma dessas . Esse está sendo
um passeio muito proveitoso; vi esqueletos e armaduras animadas... E Quem sabe não
encontramos um sapo ou alguma outra coisa rastejante conversando conosco em Aquam!
Hah seria ótimo!
Desta sala, chegamos ate um local muito diferente. Um Salão extremamente
ornamentado, com um trono de madeira e, o que mais nos chamou a atenção, um lustre
de ouro maciço incrustado com pedras preciosas. Fiz questão de lembrar nosso bardo
contador tesoureiro de manter aquele belo item em mente, para quando saíssemos desse
buraco.
Finalmente encontramos o item que Udun buscava. Me pareceu mais com uma gema do
que com qualquer chave que já tenha visto. Estava no trono da sala, escondido por um
compartimento secreto que não teria sido achado se não fosse por minha perspicácia.
Satisfeito, Udun concordou em continuar explorando conosco. Ainda na sala, analisamos
uma porta de metal que, notavelmente, guardava algo muito diferente do que qualquer
outra. Tanto o Warlock quanto o paladino sentiram emanações poderosas do outro lado
desta. Resolvemos explorar mais os salões antes de voltar aqui.
Encontramos outra sala e uma nova surpresa pavorosa. Eram elfos, sim! Elfos eles eram!
Mas eles estavam totalmente deformados e... podres! O paladino pode confirmar, não
estavam mais vivos, ainda que estivessem em pé e movendo-se em nossa direção. Eram
bem lerdos, mas ainda nos deram um bom trabalho. Ao final desta luta, descansamos
rapidamente e notamos o quanto havíamos aprendido naquelas horas, nesse buraco
profanado pela morte... Até mesmo adquiri um belo bastão de combate, achado por
Roghar no meio dos destroços. Muito útil! Lembro-me bem de meus treinos com bastão
com meus colegas de monastério...
Voltamos a sala onde certamente encontraríamos uma entidade antiga e poderosa. A água
dificultava nossos movimentos, então subi nos ombros de Roghar e Pafuncio subiu nos de
Zafrina. Mal adentramos a sala, pude ver claramente a água se comportar da maneira
menos natural o possível; a água, isso mesmos, a água ergue-se como um pilar acima de
todos nós, com um som ensurdecedor, exibindo algo parecido com um rosto intimidador.
Essa visão superou qualquer outra coisa que poderia ter me impressionado no campo de
coisas sobrenaturais... Faerir disse que aquilo era, de fato, um elemental de água, e que
estava furioso. Ainda, meio que inconscientemente, proferi em élfico algumas palavras
amigáveis, más logo emendei um comando para que todos fugissem... Todos dispararam
para o corredor, tentando alcançar terreno seco. A criatura movia-se absurdamente rápido
na água; mal podíamos acompanhar seus movimentos. Por mais de duas vezes Roghar
teve que me desvencilhar das correntes de água que tentavam me afogar. O paladino me
arremessou para fora da sala, em direção do corredor onde todos corriam
desesperadamente. Até o bardo precisou de um empurrãozinho para conseguir sair da á
gua. Assim que tocou o chão seco, Faerir tocou suas cordas, criando uma imensa onda de
energia, que fez com que a besta recuasse. Udun conseguiu atrasa-la efetivamente,
criando a ilusão de um grande dragão branco. Talvez poderíamos conseguir alguma
vantagem sobre um local sem água.Quando me dei conta, todos havíamos chegado a uma
sala seca e nos preparávamos para enfrentar o Elemental de frente.
Foi uma luta difícil. Rhogar e Zafrina o seguraram á frente, enquanto Faerir os motivavam
com graves notas de seu alaúde. Pafuncio se converteu em um imenso urso, o que me
deixou realmente impressionado... Lutou ferozmente. Eu realmente não pude fazer muito,
visto que aquela got ambulante absorvia todo golpe que eu dava. Eficiente mesmo, e
provavelmente, responsável pela nossa vitória, foi Udun, com seus ataques mágicos.
Quando finalmente derrotamos o Elemental, estávamos esgotados. Ninguém parecia
disposto a ficar naquele sarcófago por muito mais tempo. Parecia que a qualquer momento
outra aberração sairia da parede para nos molestar. Recolhemos nossos pertences, assim
como o belo castiçal de ouro, a caveira brilhante de Pafuncio e mais uma armadura Élfica
completa, que Rhogar queria para moldar ás suas medidas assim que encontrássemos um
ferreiro.
Descansamos lá pela última vez. Subimos para a floresta aliviados e nos reunimos com o
lobo de Zafrina, esperando saber de Udun nosso próximo local de destino e sem esquecer
de que estávamos em território hostil.
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Data de inscrição : 20/02/2017
Idade : 28
Localização : São Paulo/SP
Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 5 - 15 outubro 2015
Assim que passamos pela árvore que escondia a entrada da grande tumba, pudemos ver
um belo sol de final de tarde. Todos estávamos descansados, mas a exploração naqueles
buracos de pedra, antro de abominações, nos perturbou profundamente. Nunca pude
pensar que veria cadáveres, armaduras e poças animadas. Mas tudo bem, saímos bem e
ainda tivemos um belo lucro... Lucro! Do que estou falando??? Isto não esta certo... O
materialismo... Tenho que lembrar dos ensinamentos do Grande Mestre... Isso não esta
ajudando o meu desenvolvimento!
Bom, consigo atingir um estado mais harmônico depois de um pouco de meditação. Assim
que nos preparamos para seguir viajem, noto que Zafrina esta alterada, reclamando de
algo com o grupo. Ao me aproximar, vejo que ela se dizia descontente com o caminho que
o grupo estava seguindo. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde a sede de vingança iria
afasta-la da luz e da racionalidade.Tortuoso o Lado Negro da força é e a fins obscuros a
ira e o ódio levam: Estas eram as sabias palavras de um dos maiores anciãos do monastério, o Mestre Yoda.
Mas o que mais me incomodou foi a maneira egoísta e nada altruísta com decidiu partir.
Ela simplesmente exigiu algumas pedras preciosas de nosso despojo, virou as costas e
partiu, sem nem se despedir. Fiquei extremamente desapontado. Eu poderia ter ajudado a
trazer harmonia a sua mente. É uma pena, mas não vejo mais esta responsabilidade em
minhas mãos. Que haja luz em seu caminho, Zafrina, a Bárbara. Para amenizar a situação, ainda brinco com ela, tentando chamar a atenção de seu lobo e dizendo que ficaria com
ele, mas ela ainda demonstra toda sua covardia sacando seu machado para me ameaçar.
Huh...
Logo depois, Udun diz que precisa investigar algo ao Sul antes de partir rumo aos portais a
leste. Decidimos encontra-lo futuramente, dentro de algumas semanas. Ele se mostrou um
sujeito realmente prestativo e cordial. De bom grado entregamos a parte dele nos lucros
da aventura nas catacumbas.
Decidimos buscar uma cidade anã, para nos reabastecermos e para que um ferreiro
fizesse alguns ajustes na armadura élfica que Roghar havia pegado. O caminho mais lógico a se tomar seria o norte. Logo encontramos um rio e começamos a subir pelo seu
leito.
Mal percorremos um dia de viagem, topamos com alguma exaltação na mata. Uma voz
gritava por socorro em vários idiomas, dos quais discerni élfico e comum. Nos
aproximamos rapidamente da clareira, enquanto Pafuncio, em sua forma de tigre, se
esgueirou pelas sombras da floresta por segurança, em caso de alguma hostilidade. Nos
deparamos com mais uma visão chocante!Hah, que semana! Já estou desenvolvendo alta
resistência a visões chocantes...Um demônio! Isto mesmo! Um pata-rachada, mochila-de-criança,
sete-peles. Um demônio estava amarrado, e parecia estar sobre a custódia de
cinco elfos e um casal de humanos. Assim que Roghar viu a criatura, seu semblante se
fechou e ele empacou no meio do caminho, como se catatônico. Sendo um Paladino, creio
que um demônio não deve ser uma companhia agradável, más nosso Draconato deveria
estar em postura de combate, não parado no meio do caminho dessa maneira.
Eficientemente, nosso bardo tomou frente da situação e questionou aos captores o que
estava acontecendo. Os elfos nada disseram, mas a mulher que estava mais atrás do
grupo deles respondeu e, da maneira mais hostil que podia, nos enxotou como se
fossemos mendigos. O problema não era nosso, mas realmente não estávamos muito
satisfeitos com aquele tratamento . Apesar do ar pesado, ninguém não parecia que alguém
iria dar o inicio ao combate. A briga foi iniciada pelo demônio na verdade, o mais improvável, ele se soltou das cordas e enfiou uma adaga no elfo que estava a seu lado. Sem que
os outros notassem, ele pegou sua rapieira do chão e se pois em posição de luta.
Com o primeiro movimento realizado, decidimos que nossos oponentes imediatos seriam
os captores; lidaríamos com o demônio depois, ainda porque ele estava sendo útil contra
os outros. O combate foi bem rápido. Fiquei ocupado com o homem, sujeito realmente
estranho, com olhos fendados e escamas pela face. Mostrei para ele que não deveria
subestimar um jovem Halfling. Foi um ótimo aquecimento com meu bastão. Desempenhei
uma bela sequencia, que não experimentava a tempos: O Chute Duplo da Tigresa Chun-
Lee, técnica secreta do Sul. Mas o que deu um belo efeito foi um golpe ascendente por
entre as pernas do infeliz... Cheguei a ter pena dele. Hah! Logo Pafuncio pulou,
literalmente, como um tigre sore a mulher. Esta mulher realmente me perturbou, ao exalar
uma nuvem de veneno no ar! Posso jurar que vi nela algo de “serpentesco”!
Quando derrubamos todos eles, prontamente cercamos o demônio. Apesar da aparência,
ele se articulava muito educadamente. Falava de maneira cordial e não ofereceu resistência. Na verdade não se tratava de um demônio, mas sim de um Tiefling, como explicou
Roghar. Parece que Tieflings são descendentes de diabos, uma raça realmente rara, que
não necessariamente seguem o padrão comportamental profano ou caótico. Ele se
chamava Darkamos e clamava ser um Bardo itinerante e que havia sido capturado
enquanto passava pela estrada a caminho de bibliotecas ao leste. Roghar havia empacado
aquela hora pois Draconatos e Tieflings tem uma historia antiga de rivalidade e ódio... Ele
não sabia se salvava a criatura ou se acabava com ela... Os humanos mortos eram na
verdade Yuan-Tee, homens-serpentes, ou algo assim. Mais um espécime para catalogação.
Os ânimos se acalmaram. E Darkamos falou mais de si. Ele rumava em busca de
conhecimento. E Aleatoriamente vagava... Faerir sugeriu que ele nos acompanhasse,
como um servo... Pelo menos ate que provasse sua lealdade. Deveria provar ser digno de
nossa confiança. Darkamos prontamente concordou, assim como todos nós; exceto
Roghar, que não escondia sua desconfiança...
Descansamos rapidamente à beira da cordilheira, e partimos. Encontramos logo ali uma
reentrância na montanha que se mostrou exatamente o que procurávamos: uma entrada
para os caminhos subterrâneos que levavam para uma capital anã. Descobrimos isto ao
ler inscrições rústicas nas paredes.
Seguíamos cautelosamente. Eu desconfiava de que alguma besta vivia naquela caverna...
Parecia muito... muito habitável para estar abandonada...E o frio no lugar parecia
aumentar a medida que avançávamos. Não deu outra: primeiro ouvimos um rugido
perturbador. Faerir Fe uma de nossas tochas flutuar com sua mágica, e a levou o máximo
a frente quanto fosse possível. Eu percebi antes de todos: Uma gigante criatura peluda,
com chifres e braços fortes. Não pensei muito se era hostil ou não. Na verdade pouco
pensei. Agi por impulso...
Arremessei minha fita e entrelacei as pernas da criatura na esperança de provocar sua
queda. Que decepção; não só despedaçou minha fita como também fez com que minha
Funai caísse longe. Eu estava nos ombros do paladino e provavelmente por isso fui o
primeiro a ser atacado. Mas não foi com seus poderosos braços que a besta me atingiu.
Tendo uma leve noção de elementologia como eu tenho, saberia-se que o monstro
emanou uma brisa congelante sobre mim. Foi extremamente desconfortável. Não pude me
mover mais. Na verdade, mal podia respirar. Virei uma pedra de gelo. Depois disso, minha
consciência reduziu levemente. Tudo o que distingui da luta foi a maldita criatura rindo no
chão! Rindo, imagine só! Com o tempo, retomei a consciência e levantei. A besta jazia
morta ao chão, rodeada por excremento e sangue. Parecia que Faerir havia sido ferido: não
exibia nenhum ferimento visível, mas seu comportamento era de alguém que acabava de
ser atropelado por um unicórnio. Achei que devíamos pelo menos, tirar algum lucro desta “
caça”. Alem do mais, perdi minha faixa de combate. Más recuperei a Phunay, certamente.
Nos saímos relativamente bem, ao pensar no nosso desfalque de Udun e daquela bárbara
ingrata... Descansamos por ali mesmo. Aquele caminho poderia ser bem longo escuridão
adentro. Quem sabe que outras aberrações aguardavam nas sombras, esperando para
entrar no nosso catálogo de’ Anomalias e Aberrações mundanas’?
Assim que passamos pela árvore que escondia a entrada da grande tumba, pudemos ver
um belo sol de final de tarde. Todos estávamos descansados, mas a exploração naqueles
buracos de pedra, antro de abominações, nos perturbou profundamente. Nunca pude
pensar que veria cadáveres, armaduras e poças animadas. Mas tudo bem, saímos bem e
ainda tivemos um belo lucro... Lucro! Do que estou falando??? Isto não esta certo... O
materialismo... Tenho que lembrar dos ensinamentos do Grande Mestre... Isso não esta
ajudando o meu desenvolvimento!
Bom, consigo atingir um estado mais harmônico depois de um pouco de meditação. Assim
que nos preparamos para seguir viajem, noto que Zafrina esta alterada, reclamando de
algo com o grupo. Ao me aproximar, vejo que ela se dizia descontente com o caminho que
o grupo estava seguindo. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde a sede de vingança iria
afasta-la da luz e da racionalidade.Tortuoso o Lado Negro da força é e a fins obscuros a
ira e o ódio levam: Estas eram as sabias palavras de um dos maiores anciãos do monastério, o Mestre Yoda.
Mas o que mais me incomodou foi a maneira egoísta e nada altruísta com decidiu partir.
Ela simplesmente exigiu algumas pedras preciosas de nosso despojo, virou as costas e
partiu, sem nem se despedir. Fiquei extremamente desapontado. Eu poderia ter ajudado a
trazer harmonia a sua mente. É uma pena, mas não vejo mais esta responsabilidade em
minhas mãos. Que haja luz em seu caminho, Zafrina, a Bárbara. Para amenizar a situação, ainda brinco com ela, tentando chamar a atenção de seu lobo e dizendo que ficaria com
ele, mas ela ainda demonstra toda sua covardia sacando seu machado para me ameaçar.
Huh...
Logo depois, Udun diz que precisa investigar algo ao Sul antes de partir rumo aos portais a
leste. Decidimos encontra-lo futuramente, dentro de algumas semanas. Ele se mostrou um
sujeito realmente prestativo e cordial. De bom grado entregamos a parte dele nos lucros
da aventura nas catacumbas.
Decidimos buscar uma cidade anã, para nos reabastecermos e para que um ferreiro
fizesse alguns ajustes na armadura élfica que Roghar havia pegado. O caminho mais lógico a se tomar seria o norte. Logo encontramos um rio e começamos a subir pelo seu
leito.
Mal percorremos um dia de viagem, topamos com alguma exaltação na mata. Uma voz
gritava por socorro em vários idiomas, dos quais discerni élfico e comum. Nos
aproximamos rapidamente da clareira, enquanto Pafuncio, em sua forma de tigre, se
esgueirou pelas sombras da floresta por segurança, em caso de alguma hostilidade. Nos
deparamos com mais uma visão chocante!Hah, que semana! Já estou desenvolvendo alta
resistência a visões chocantes...Um demônio! Isto mesmo! Um pata-rachada, mochila-de-criança,
sete-peles. Um demônio estava amarrado, e parecia estar sobre a custódia de
cinco elfos e um casal de humanos. Assim que Roghar viu a criatura, seu semblante se
fechou e ele empacou no meio do caminho, como se catatônico. Sendo um Paladino, creio
que um demônio não deve ser uma companhia agradável, más nosso Draconato deveria
estar em postura de combate, não parado no meio do caminho dessa maneira.
Eficientemente, nosso bardo tomou frente da situação e questionou aos captores o que
estava acontecendo. Os elfos nada disseram, mas a mulher que estava mais atrás do
grupo deles respondeu e, da maneira mais hostil que podia, nos enxotou como se
fossemos mendigos. O problema não era nosso, mas realmente não estávamos muito
satisfeitos com aquele tratamento . Apesar do ar pesado, ninguém não parecia que alguém
iria dar o inicio ao combate. A briga foi iniciada pelo demônio na verdade, o mais improvável, ele se soltou das cordas e enfiou uma adaga no elfo que estava a seu lado. Sem que
os outros notassem, ele pegou sua rapieira do chão e se pois em posição de luta.
Com o primeiro movimento realizado, decidimos que nossos oponentes imediatos seriam
os captores; lidaríamos com o demônio depois, ainda porque ele estava sendo útil contra
os outros. O combate foi bem rápido. Fiquei ocupado com o homem, sujeito realmente
estranho, com olhos fendados e escamas pela face. Mostrei para ele que não deveria
subestimar um jovem Halfling. Foi um ótimo aquecimento com meu bastão. Desempenhei
uma bela sequencia, que não experimentava a tempos: O Chute Duplo da Tigresa Chun-
Lee, técnica secreta do Sul. Mas o que deu um belo efeito foi um golpe ascendente por
entre as pernas do infeliz... Cheguei a ter pena dele. Hah! Logo Pafuncio pulou,
literalmente, como um tigre sore a mulher. Esta mulher realmente me perturbou, ao exalar
uma nuvem de veneno no ar! Posso jurar que vi nela algo de “serpentesco”!
Quando derrubamos todos eles, prontamente cercamos o demônio. Apesar da aparência,
ele se articulava muito educadamente. Falava de maneira cordial e não ofereceu resistência. Na verdade não se tratava de um demônio, mas sim de um Tiefling, como explicou
Roghar. Parece que Tieflings são descendentes de diabos, uma raça realmente rara, que
não necessariamente seguem o padrão comportamental profano ou caótico. Ele se
chamava Darkamos e clamava ser um Bardo itinerante e que havia sido capturado
enquanto passava pela estrada a caminho de bibliotecas ao leste. Roghar havia empacado
aquela hora pois Draconatos e Tieflings tem uma historia antiga de rivalidade e ódio... Ele
não sabia se salvava a criatura ou se acabava com ela... Os humanos mortos eram na
verdade Yuan-Tee, homens-serpentes, ou algo assim. Mais um espécime para catalogação.
Os ânimos se acalmaram. E Darkamos falou mais de si. Ele rumava em busca de
conhecimento. E Aleatoriamente vagava... Faerir sugeriu que ele nos acompanhasse,
como um servo... Pelo menos ate que provasse sua lealdade. Deveria provar ser digno de
nossa confiança. Darkamos prontamente concordou, assim como todos nós; exceto
Roghar, que não escondia sua desconfiança...
Descansamos rapidamente à beira da cordilheira, e partimos. Encontramos logo ali uma
reentrância na montanha que se mostrou exatamente o que procurávamos: uma entrada
para os caminhos subterrâneos que levavam para uma capital anã. Descobrimos isto ao
ler inscrições rústicas nas paredes.
Seguíamos cautelosamente. Eu desconfiava de que alguma besta vivia naquela caverna...
Parecia muito... muito habitável para estar abandonada...E o frio no lugar parecia
aumentar a medida que avançávamos. Não deu outra: primeiro ouvimos um rugido
perturbador. Faerir Fe uma de nossas tochas flutuar com sua mágica, e a levou o máximo
a frente quanto fosse possível. Eu percebi antes de todos: Uma gigante criatura peluda,
com chifres e braços fortes. Não pensei muito se era hostil ou não. Na verdade pouco
pensei. Agi por impulso...
Arremessei minha fita e entrelacei as pernas da criatura na esperança de provocar sua
queda. Que decepção; não só despedaçou minha fita como também fez com que minha
Funai caísse longe. Eu estava nos ombros do paladino e provavelmente por isso fui o
primeiro a ser atacado. Mas não foi com seus poderosos braços que a besta me atingiu.
Tendo uma leve noção de elementologia como eu tenho, saberia-se que o monstro
emanou uma brisa congelante sobre mim. Foi extremamente desconfortável. Não pude me
mover mais. Na verdade, mal podia respirar. Virei uma pedra de gelo. Depois disso, minha
consciência reduziu levemente. Tudo o que distingui da luta foi a maldita criatura rindo no
chão! Rindo, imagine só! Com o tempo, retomei a consciência e levantei. A besta jazia
morta ao chão, rodeada por excremento e sangue. Parecia que Faerir havia sido ferido: não
exibia nenhum ferimento visível, mas seu comportamento era de alguém que acabava de
ser atropelado por um unicórnio. Achei que devíamos pelo menos, tirar algum lucro desta “
caça”. Alem do mais, perdi minha faixa de combate. Más recuperei a Phunay, certamente.
Nos saímos relativamente bem, ao pensar no nosso desfalque de Udun e daquela bárbara
ingrata... Descansamos por ali mesmo. Aquele caminho poderia ser bem longo escuridão
adentro. Quem sabe que outras aberrações aguardavam nas sombras, esperando para
entrar no nosso catálogo de’ Anomalias e Aberrações mundanas’?
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sobre Lotho – Inimigo Pessoal
Há muito tempo abandonei meus instintos mais primitivos, através de meditação e treino.
Nunca alimentei vingança ou rancor. Apenas uma alta percepção dos fatos e o
discernimento... Afinal, a harmonia só pode ser estabelecida quando os indivíduos intervém no fluxo dos eventos.
Quando meu clã foi obliterado, a muitos anos atrás, soube que um halfling havia
participado da emboscada... Um halfling de meu próprio clã!
Lotho Rufião... Um dos jovens patrulheiros da comitiva. Sempre teve índole duvidosa... Foi
ele! Ele entregou os planos de rota aos criminosos... Por algumas moedas...
Não busco vingança, Lotho, mas se as fluências cósmica fizerem com que nossos
caminhos se cruzem, esteja preparado; Será meu dever estabelecer harmonia.
Há muito tempo abandonei meus instintos mais primitivos, através de meditação e treino.
Nunca alimentei vingança ou rancor. Apenas uma alta percepção dos fatos e o
discernimento... Afinal, a harmonia só pode ser estabelecida quando os indivíduos intervém no fluxo dos eventos.
Quando meu clã foi obliterado, a muitos anos atrás, soube que um halfling havia
participado da emboscada... Um halfling de meu próprio clã!
Lotho Rufião... Um dos jovens patrulheiros da comitiva. Sempre teve índole duvidosa... Foi
ele! Ele entregou os planos de rota aos criminosos... Por algumas moedas...
Não busco vingança, Lotho, mas se as fluências cósmica fizerem com que nossos
caminhos se cruzem, esteja preparado; Será meu dever estabelecer harmonia.
Ygor Peluso- Orc Slayer
- Mensagens : 40
Data de inscrição : 20/02/2017
Idade : 28
Localização : São Paulo/SP
Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 6 - 25 outubro 2015
Meu corpo ainda estava parcialmente congelado quando retomamos a marcha pelos
corredores subterrâneos a caminho de Marcral. Precisávamos descansar, não apenas
pelos ferimentos, mas porque a luta contra a besta peluda levou-nos todos a exaustão.
Nossas provisões chegavam ao fim e logo precisaríamos reabastecê-las. Montamos
acampamento no caminho mesmo e eu e Faerir ficamos com a primeira vigia. Nosso
descanso não teve perturbações. Acho que Roghar foi o único que não teve um descanso
adequado; ele ficou acordado o máximo que pode, desconfiado do Tiefling, que por sua
vez, também não me parecia muito à vontade.
Algumas horas túnel à dentro e topamos com um par de anões, que nos mostraram o
caminho para um pequeno posto avançado que ficava na entrada de uma mina
abandonada. Evidentemente, não entendi nada do que os cavalheiros barbudos disseram,
mas pelo jeito, tudo aqui foi abandonado por causa de um incidente. Acabo de notar que
sou o único do grupo que não fala Anão... Mas sei que sou o único que domina os
segredos da linguagem Halfling... Hah!
Meus companheiros me disseram que a vila havia sido atacada por Gnols. Todas construções apresentavam um aspecto decadente, e não se via luz alguma, com exceção de uma
casa de dois andares, para qual nos dirigimos. Entramos e fomos apresentados a Sfyri, um
guerreiro anão bem robusto e altivo... A esposa de Sfyri nos ofereceu seus serviços de
conserto e venda de armaduras e armas.
Faerir vem ate mim e me pede para ir conversar com um sujeito encapuzado que estava
encostado num canto afastado; para descobrir quem é e o que faz aqui. Que estranho!
Nem havia reparado no indivíduo. Fui até ele e me apresentei cordialmente. Era um elfo e
se apresentou pelo nome de José... Que nome incomum! Não havia ouvido antes... Ele se
mostrou bastante reservado, más mostrava bastante interesse sobre meus
companheiros... Especialmente sobre Roghar e Darkamos... Sim, estes chamariam atenção em qualquer lugar... Muito observador, chamo minha atenção para a trombeta que o
Tiefling carregava: Era um chifre de Tiefling... Também pergunto a respeito do Yeti que
abatemos . deve ter ouvido algum de nós citando o ocorrido. Esse cara tinha um ouvido
bem afiado! Quando perguntei para onde ia, me disse que não tinha rumo, e estaria em
qualquer lugar onde pudesse ser útil. Perguntei, então, no que um elfo poderia ser útil a
nossa companhia, por exemplo. Ele me mostrou então seu chicote e adagas. Não sou
nenhum especialista, mas aposto que esse Camarada adota um estilo bastante furtivo de
combate... Um ladino... Talvez um criminoso? O que ficou certo é que queria nos
acompanhar até Marcral.
Levo o elfo à companhia de Pafuncio e Roghar, apresento-os e conto que José queria nos
acompanhar ate a capital. Deixei a decisão a encargo deles. Pela manhã, levanto e noto
que estamos todos reabastecidos. Vejo que o Elfo vai nos acompanhar. Poderei ver como
ele luta...Estou curioso. Parece que mestre Sfyri vai também! Ele carrega um grande
martelo de combate, que poderá nos ser bem útil, ainda mais nas mãos de um mestre anã
o. Agora me informaram que o que devemos fazer é recuperar uma gema azul, que estaria
em posse dos Gnols.
Partimos rumo as minas abandonadas e não tarda para que comecemos a ouvir risadas e
chiados de deboche! Risos tão maliciosos quanto um goblin sob a lua, estes eram! Tomei
um grande susto quando Faerir lançou um encantamento sobre mim. Nem tive tempo de
esbravejar; Quando olhei para minhas mãos, eu estava transparente! Eu estava invisível!
Como isso é incrível! Avancei rapidamente, flanqueando os Gnols pronto para qualquer
eventualidade. Eram quatro, e o que estava mais a frente era maior e com pelo mais
escuro. Deveria ser o líder. Não seria um embate muito difícil...
Pude assistir os movimentos de José. Digo, quase não pude! Era muito rápido, e parecia
ser um com as sobras. No meio do combate, quando um deles já estava caído, o chão a
nossa volta começa a tremer e do outro caminho surge da terra uma besta gigante,
triturando e empurrando as pedras para sair do solo. E com uma agilidade
desproporcional, a besta salta e cai sobre um dos Gnols, reduzindo-o a geleia...
Rapidamente saio de perto da ação... Não teria chance alguma contra aquilo... Só sua
carapaça já bastou para me impressionar... Eu consegui me desvencilhar do combate,
mas fiquei chocado quando vi a besta mordendo o tronco de Faerir como se ele fosse um
biscoito. Nosso bardo caiu por terra desmaiado. Ele estava muito confiante, só porque
comprou uma armadara nova... Muito descuidado... Fui prontamente socorre-lo; reanimei-o
com uma fruta que havia ganhado de Pafuncio, mas ele não conseguia mais andar...
Roghar e Sfyri estavam contendo o avanço da besta, mas foi Pafuncio que demonstrou
toda sua eficiência para derrubar nosso oponente. Como um tigre, literalmente, ele
esmagou como se aquela pedra ambulante fosse uma barata...
Recuperamos a gema, que estava com o Gnor líder. Estava ansioso para poder voltar,
mas os outros discutiam pois queriam levar a carne da criatura que matamos para o jantar.
Não me senti muito inclinado a partilhar daquele banquete... Sfyri já tinha visto alguns e
também não encorajou aquele churrasco exótico...
Não foi uma aventura difícil, mas na volta fomos recepcionados calorosamente, com
cerveja e comida a vontade. Todos ganhamos algum ouro e alguns presentes especiais,
alem de passes livres por escrito, que nos conferiam passagem livre em todo território anã
o das redondezas. Eu ganhei uma estatueta de prata com algumas runas estranhas...
Pude ler Élfico ali, mas havia também outra linguagem... era Draconico! Roghar pode me
auxiliar... aquilo era um aparato de comunicação remota; com a palavra certa, que era
Palavra em Draconico, a estatua era animada, e poderia ser usada para levar e trazer
mensagens. Tenho certeza de que será muito útil. Mas o presente mais legal foi o que
Roghar ganhou: Uma armadura incrível, com uma grande pedra incrustada, que o deixava
com uma aparência bem imponente... Muito bacana. Aquele tolo ainda relutava por aceitar
os presentes... e ainda não queria que nós recebêssemos pelo serviço...
Agora, devemos descansar... Amanhar partiremos rumo a Capital, aproveitando para levar
uma requisição para a reabertura das minas. Seremos acompanhados pelo elfo, como
combinado. Tenho a impressão de que acabamos de ganhar um segundo estagiário...
Meu corpo ainda estava parcialmente congelado quando retomamos a marcha pelos
corredores subterrâneos a caminho de Marcral. Precisávamos descansar, não apenas
pelos ferimentos, mas porque a luta contra a besta peluda levou-nos todos a exaustão.
Nossas provisões chegavam ao fim e logo precisaríamos reabastecê-las. Montamos
acampamento no caminho mesmo e eu e Faerir ficamos com a primeira vigia. Nosso
descanso não teve perturbações. Acho que Roghar foi o único que não teve um descanso
adequado; ele ficou acordado o máximo que pode, desconfiado do Tiefling, que por sua
vez, também não me parecia muito à vontade.
Algumas horas túnel à dentro e topamos com um par de anões, que nos mostraram o
caminho para um pequeno posto avançado que ficava na entrada de uma mina
abandonada. Evidentemente, não entendi nada do que os cavalheiros barbudos disseram,
mas pelo jeito, tudo aqui foi abandonado por causa de um incidente. Acabo de notar que
sou o único do grupo que não fala Anão... Mas sei que sou o único que domina os
segredos da linguagem Halfling... Hah!
Meus companheiros me disseram que a vila havia sido atacada por Gnols. Todas construções apresentavam um aspecto decadente, e não se via luz alguma, com exceção de uma
casa de dois andares, para qual nos dirigimos. Entramos e fomos apresentados a Sfyri, um
guerreiro anão bem robusto e altivo... A esposa de Sfyri nos ofereceu seus serviços de
conserto e venda de armaduras e armas.
Faerir vem ate mim e me pede para ir conversar com um sujeito encapuzado que estava
encostado num canto afastado; para descobrir quem é e o que faz aqui. Que estranho!
Nem havia reparado no indivíduo. Fui até ele e me apresentei cordialmente. Era um elfo e
se apresentou pelo nome de José... Que nome incomum! Não havia ouvido antes... Ele se
mostrou bastante reservado, más mostrava bastante interesse sobre meus
companheiros... Especialmente sobre Roghar e Darkamos... Sim, estes chamariam atenção em qualquer lugar... Muito observador, chamo minha atenção para a trombeta que o
Tiefling carregava: Era um chifre de Tiefling... Também pergunto a respeito do Yeti que
abatemos . deve ter ouvido algum de nós citando o ocorrido. Esse cara tinha um ouvido
bem afiado! Quando perguntei para onde ia, me disse que não tinha rumo, e estaria em
qualquer lugar onde pudesse ser útil. Perguntei, então, no que um elfo poderia ser útil a
nossa companhia, por exemplo. Ele me mostrou então seu chicote e adagas. Não sou
nenhum especialista, mas aposto que esse Camarada adota um estilo bastante furtivo de
combate... Um ladino... Talvez um criminoso? O que ficou certo é que queria nos
acompanhar até Marcral.
Levo o elfo à companhia de Pafuncio e Roghar, apresento-os e conto que José queria nos
acompanhar ate a capital. Deixei a decisão a encargo deles. Pela manhã, levanto e noto
que estamos todos reabastecidos. Vejo que o Elfo vai nos acompanhar. Poderei ver como
ele luta...Estou curioso. Parece que mestre Sfyri vai também! Ele carrega um grande
martelo de combate, que poderá nos ser bem útil, ainda mais nas mãos de um mestre anã
o. Agora me informaram que o que devemos fazer é recuperar uma gema azul, que estaria
em posse dos Gnols.
Partimos rumo as minas abandonadas e não tarda para que comecemos a ouvir risadas e
chiados de deboche! Risos tão maliciosos quanto um goblin sob a lua, estes eram! Tomei
um grande susto quando Faerir lançou um encantamento sobre mim. Nem tive tempo de
esbravejar; Quando olhei para minhas mãos, eu estava transparente! Eu estava invisível!
Como isso é incrível! Avancei rapidamente, flanqueando os Gnols pronto para qualquer
eventualidade. Eram quatro, e o que estava mais a frente era maior e com pelo mais
escuro. Deveria ser o líder. Não seria um embate muito difícil...
Pude assistir os movimentos de José. Digo, quase não pude! Era muito rápido, e parecia
ser um com as sobras. No meio do combate, quando um deles já estava caído, o chão a
nossa volta começa a tremer e do outro caminho surge da terra uma besta gigante,
triturando e empurrando as pedras para sair do solo. E com uma agilidade
desproporcional, a besta salta e cai sobre um dos Gnols, reduzindo-o a geleia...
Rapidamente saio de perto da ação... Não teria chance alguma contra aquilo... Só sua
carapaça já bastou para me impressionar... Eu consegui me desvencilhar do combate,
mas fiquei chocado quando vi a besta mordendo o tronco de Faerir como se ele fosse um
biscoito. Nosso bardo caiu por terra desmaiado. Ele estava muito confiante, só porque
comprou uma armadara nova... Muito descuidado... Fui prontamente socorre-lo; reanimei-o
com uma fruta que havia ganhado de Pafuncio, mas ele não conseguia mais andar...
Roghar e Sfyri estavam contendo o avanço da besta, mas foi Pafuncio que demonstrou
toda sua eficiência para derrubar nosso oponente. Como um tigre, literalmente, ele
esmagou como se aquela pedra ambulante fosse uma barata...
Recuperamos a gema, que estava com o Gnor líder. Estava ansioso para poder voltar,
mas os outros discutiam pois queriam levar a carne da criatura que matamos para o jantar.
Não me senti muito inclinado a partilhar daquele banquete... Sfyri já tinha visto alguns e
também não encorajou aquele churrasco exótico...
Não foi uma aventura difícil, mas na volta fomos recepcionados calorosamente, com
cerveja e comida a vontade. Todos ganhamos algum ouro e alguns presentes especiais,
alem de passes livres por escrito, que nos conferiam passagem livre em todo território anã
o das redondezas. Eu ganhei uma estatueta de prata com algumas runas estranhas...
Pude ler Élfico ali, mas havia também outra linguagem... era Draconico! Roghar pode me
auxiliar... aquilo era um aparato de comunicação remota; com a palavra certa, que era
Palavra em Draconico, a estatua era animada, e poderia ser usada para levar e trazer
mensagens. Tenho certeza de que será muito útil. Mas o presente mais legal foi o que
Roghar ganhou: Uma armadura incrível, com uma grande pedra incrustada, que o deixava
com uma aparência bem imponente... Muito bacana. Aquele tolo ainda relutava por aceitar
os presentes... e ainda não queria que nós recebêssemos pelo serviço...
Agora, devemos descansar... Amanhar partiremos rumo a Capital, aproveitando para levar
uma requisição para a reabertura das minas. Seremos acompanhados pelo elfo, como
combinado. Tenho a impressão de que acabamos de ganhar um segundo estagiário...
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 8 - 8 novembro 2015 (Sessão 7 - 1 novembro 2015 *Ygor ausente)
Ficamos em Marcral alguns dias. Todos nós aproveitamos para melhorar nossos equipamentos e ganhar algum dinheiro; ainda mais por nos encontrarmos em uma cidade anã, não poderí amos ficar ociosos. Prestei serviços à Guilda de Comércio e consegui um bom dinheiro. Suficiente, pelo menos, para encomendar uma corrente que tanto precisava, e para melhorar minha Phunay. O grande Mestre de Forjas da cidade me forjou uma excelente corrente, mais resistente do que qualquer metal que já toquei... E mais leve! Como é leve... Ele me disse que era de Mithril, um minério muito valioso, de fato. Já a Phunay, recebeu um encantamento de um Estudioso que encontrei... Pude notar a diferença instantaneamente. Parecia que a arma havia se tornado mais maleável... Estava feliz também porque Darkamoos havia decidido ficar com o basilisko, ao invés de vender o ovo. Consegui fazer com que o ovo chocasse devidamente e nomeou o filhote de Balizika. Fiquei muito satisfeito. Finalmente teríamos uma criatura para nos fazer companhia. Nenhum dos outros conseguem entender minha apreciação pelas bestas e animais... Não compartilho das ideologias de um Druida ou Ranger, por exemplo, más fico confortável na presença das outras formas de vida. Eles me confortam, por algum motivo que desconheço... A respeito do nosso novo companheiro, ainda que oferecesse risco de petrificação, acredito que com o tempo o jovem Basilisco aprenderá que somos todos um grupo.
No dia anterior à nossa partida, houve uma grande festa, organizada pelos universitários da UNMA – A Universidade de Marcral. Foi realmente impressionante ver tanta alegria, tantas luzes mágicas e tanta bebida. Eu... Eu tenho que admitir que fraquejei. Estava mantendo a compostura e não tinha intenção de me embriagar... Mas alguns anões malucos me agarrarão e forçaram um barril de cerveja pela minha goela abaixo. Fiquei bastante alterado. E acabei me envolvendo com uma anã... Envolvi-me carnalmente, se é que me entendem... Poucos sabem como é difícil seguir o caminho da retidão.
Finalmente seguimos de volta á superfície. Há cerca de um mês que não vejo a luz do dia! Como sinto falta do Sol! Fiquei desorientado quando saímos, mas logo me recompus. Não sei bem qual era nosso próximo destino, mas tínhamos assuntos a resolver, envolvendo o pai de um de nossos companheiros. Creio que, a princípio, nos dirigimos à uma cidade portuária para continuar navegando até nosso destino final. Brotamos no meio das montanhas do norte, e uma linda vista se apresentou a nós. As montanhas se erguiam até onde a vista não mais alcançava, e assim também era a Grande Floresta, ao sul, como um infinito mar verde.
Já estava ficando inquieto, sentindo falta de alguma ação a céu aberto. E queria testar meu desempenho com equipamento novo. Mas essas montanhas são tão monótonas quanto os salões de pedra sob a montanha. Paramos e montamos acampamento na trilha, entre dois barrancos que subiam pelos flancos.
Como de costume, peguei a primeira vigia com Pafúncio. Nada de excepcional ocorreu. Logo fomos substituídos. Fui dormir sob um arbusto; em caso de qualquer surpresa indesejada, ainda teria o elemento surpresa ao meu lado.
Acordei com os gritos de Faerir. Estávamos sob ataque! Faeri sangrava, com um ferimento à flecha na costela. Rhogar estava em guarda, como uma grande parede metálica. Não pude enxergar os agressores e fui obrigado a deixar meu esconderijo. Saltei e corri para a direção de onde vinham as flechas, e logo pude vê-los! Goblins! Quatro Goblins! Dois aem cada barranco. Escolhi o mais perto e escalei rapidamente o terreno íngreme. O primeiro Goblin tentou várias vezes me golpear e errou pateticamente. Foi morto por uma adaga arremessada com grande maestria pelo nosso camarada ladino.
Nesse momento, Faerir estava escalando o outro barranco e desferiu um poderoso ataque sobre os dois outros Goblins, explodindo suas cabeças com uma barulho estrondoso. Mau pude me mover para acertar o ultimo Goblin, ouvimos um rugido assombroso, seguido pelo barulho de vento em deslocamento. Pareciam... Pareciam asas! Emergiu das montanhas uma besta imensa, voando em nossas direções e não era qualquer pássaro das montanhas! Era um dragão! Sim, nunca vim um, mas posso assegurar que aquilo era um lagarto alado. Movia-se incrivelmente rápido pelo ar. Em um piscar de olhos, atacou Faerir com a cauda, enquanto este estava pendurado na beirada do barranco, e ainda desferiu uma investida rasante contra Rhogar. Faerir conseguiu se segurar e o Paladino se defendeu. Embora estivesse abismado pela aparição do dragão, não hesitei; arremessei minha Phunay sobre ele e me preparei para subir pela corrente. Minhas mãos escorregaram e quase fui arremessado pelo impulso, mas consegui me segurar. Antes de ser puxado, soquei o infeliz Goblin que tentava fugir. Na confusão acabei esquecendo dele... Desloquei seu braço, mas ele escapou... Tudo bem, ainda temos um oponente maior.
Estava confiante de subir sobre as costas da criatura em pleno ar, mas o dragão foi atingido por uma magia e caiu, emitindo grasnos que mais pareciam risadas. Com isso, fui impulsionado para o chão e colidi contra o solo duro. Doeu... Doeu bastante, mas consegui me recompor. Subi nas costas escamosas com alguma dificuldade e preparei um ataque preciso, mas fui novamente parado; fui acertado pela cauda e os ferrões me perfuraram as costas. Desmaiei na hora. Quando acordei, a cabeça da besta estava explodida e Darkamos estava recolhendo os dentes em meio daquele mar de miolos e sangue. Me esclareceram que aquilo não era exatamente um dragão mas sim um Wyvern, uma variação menor e venenosa! Veneno... Quando desmaiei, não foi pelo impacto da cauda, mas sim pelo veneno... Besta traiçoeira, não fará mais mal nesta terra. Antes de partirmos, apanhei o arco que o goblin havia largado durante a fuga. Parecia ideal para meu tamanho. Pretendo desenvolver habilidade de arquearia. Depois deste combate, percebi que não somos muito eficientes contra ataques aéreos.
Continuamos a trilha, sempre em direção leste. Andamos pouco e paramos; avistamos uma batalha entre uma espécie de urso e dois grifos. Se não agíssemos, certamente o urso seria morto. Rhogar pareceu afetado pela situação e correu para ajudar a criatura. Prontamente disparei uma flecha e acertei um dos grifos. Foi um excelente disparo, levando em consideração que havia sido meu primeiro. Sim, nunca havia atirado com arco. Pafuncio não ficou feliz com nossa intervenção à natureza. Seu olhar sobre mim foi mais que desaprovador.
Nos aproximamos do local onde Rhogar se comunicava com o urso. Não sei bem se era um urso realmente... Tinha uma cara de coruja... Sei lá. Só sei que o Paladino estabeleceu um laço com a fera, conseguindo acalma-lo e curar seus ferimentos. Enquanto isso, Joaquim e Faerir haviam avistado um ninho, perto de onde os Grifos estavam empoleirados...
A princípio, a ideia de profanar o ninho me parecia insensato e cruel. Mas quando lembrei que grifos eram comumente treinado como montarias, tive que manifestar minha vontade. Nem discuti o assunto e Pafuncio já me encarava... Parecia ter lido meus pensamentos. Faerir, o ladino e eu conversamos sobre a possibilidade de pegar algum filhote, mas o druida se manifestou. Na forma de gnomo, emitiu um rugido bestial, que não condizia com as possibilidades de uma criatura franzina daquelas. Confesso que fiquei com medo por um instante e deixei pra lá.
(Continua)
Ficamos em Marcral alguns dias. Todos nós aproveitamos para melhorar nossos equipamentos e ganhar algum dinheiro; ainda mais por nos encontrarmos em uma cidade anã, não poderí amos ficar ociosos. Prestei serviços à Guilda de Comércio e consegui um bom dinheiro. Suficiente, pelo menos, para encomendar uma corrente que tanto precisava, e para melhorar minha Phunay. O grande Mestre de Forjas da cidade me forjou uma excelente corrente, mais resistente do que qualquer metal que já toquei... E mais leve! Como é leve... Ele me disse que era de Mithril, um minério muito valioso, de fato. Já a Phunay, recebeu um encantamento de um Estudioso que encontrei... Pude notar a diferença instantaneamente. Parecia que a arma havia se tornado mais maleável... Estava feliz também porque Darkamoos havia decidido ficar com o basilisko, ao invés de vender o ovo. Consegui fazer com que o ovo chocasse devidamente e nomeou o filhote de Balizika. Fiquei muito satisfeito. Finalmente teríamos uma criatura para nos fazer companhia. Nenhum dos outros conseguem entender minha apreciação pelas bestas e animais... Não compartilho das ideologias de um Druida ou Ranger, por exemplo, más fico confortável na presença das outras formas de vida. Eles me confortam, por algum motivo que desconheço... A respeito do nosso novo companheiro, ainda que oferecesse risco de petrificação, acredito que com o tempo o jovem Basilisco aprenderá que somos todos um grupo.
No dia anterior à nossa partida, houve uma grande festa, organizada pelos universitários da UNMA – A Universidade de Marcral. Foi realmente impressionante ver tanta alegria, tantas luzes mágicas e tanta bebida. Eu... Eu tenho que admitir que fraquejei. Estava mantendo a compostura e não tinha intenção de me embriagar... Mas alguns anões malucos me agarrarão e forçaram um barril de cerveja pela minha goela abaixo. Fiquei bastante alterado. E acabei me envolvendo com uma anã... Envolvi-me carnalmente, se é que me entendem... Poucos sabem como é difícil seguir o caminho da retidão.
Finalmente seguimos de volta á superfície. Há cerca de um mês que não vejo a luz do dia! Como sinto falta do Sol! Fiquei desorientado quando saímos, mas logo me recompus. Não sei bem qual era nosso próximo destino, mas tínhamos assuntos a resolver, envolvendo o pai de um de nossos companheiros. Creio que, a princípio, nos dirigimos à uma cidade portuária para continuar navegando até nosso destino final. Brotamos no meio das montanhas do norte, e uma linda vista se apresentou a nós. As montanhas se erguiam até onde a vista não mais alcançava, e assim também era a Grande Floresta, ao sul, como um infinito mar verde.
Já estava ficando inquieto, sentindo falta de alguma ação a céu aberto. E queria testar meu desempenho com equipamento novo. Mas essas montanhas são tão monótonas quanto os salões de pedra sob a montanha. Paramos e montamos acampamento na trilha, entre dois barrancos que subiam pelos flancos.
Como de costume, peguei a primeira vigia com Pafúncio. Nada de excepcional ocorreu. Logo fomos substituídos. Fui dormir sob um arbusto; em caso de qualquer surpresa indesejada, ainda teria o elemento surpresa ao meu lado.
Acordei com os gritos de Faerir. Estávamos sob ataque! Faeri sangrava, com um ferimento à flecha na costela. Rhogar estava em guarda, como uma grande parede metálica. Não pude enxergar os agressores e fui obrigado a deixar meu esconderijo. Saltei e corri para a direção de onde vinham as flechas, e logo pude vê-los! Goblins! Quatro Goblins! Dois aem cada barranco. Escolhi o mais perto e escalei rapidamente o terreno íngreme. O primeiro Goblin tentou várias vezes me golpear e errou pateticamente. Foi morto por uma adaga arremessada com grande maestria pelo nosso camarada ladino.
Nesse momento, Faerir estava escalando o outro barranco e desferiu um poderoso ataque sobre os dois outros Goblins, explodindo suas cabeças com uma barulho estrondoso. Mau pude me mover para acertar o ultimo Goblin, ouvimos um rugido assombroso, seguido pelo barulho de vento em deslocamento. Pareciam... Pareciam asas! Emergiu das montanhas uma besta imensa, voando em nossas direções e não era qualquer pássaro das montanhas! Era um dragão! Sim, nunca vim um, mas posso assegurar que aquilo era um lagarto alado. Movia-se incrivelmente rápido pelo ar. Em um piscar de olhos, atacou Faerir com a cauda, enquanto este estava pendurado na beirada do barranco, e ainda desferiu uma investida rasante contra Rhogar. Faerir conseguiu se segurar e o Paladino se defendeu. Embora estivesse abismado pela aparição do dragão, não hesitei; arremessei minha Phunay sobre ele e me preparei para subir pela corrente. Minhas mãos escorregaram e quase fui arremessado pelo impulso, mas consegui me segurar. Antes de ser puxado, soquei o infeliz Goblin que tentava fugir. Na confusão acabei esquecendo dele... Desloquei seu braço, mas ele escapou... Tudo bem, ainda temos um oponente maior.
Estava confiante de subir sobre as costas da criatura em pleno ar, mas o dragão foi atingido por uma magia e caiu, emitindo grasnos que mais pareciam risadas. Com isso, fui impulsionado para o chão e colidi contra o solo duro. Doeu... Doeu bastante, mas consegui me recompor. Subi nas costas escamosas com alguma dificuldade e preparei um ataque preciso, mas fui novamente parado; fui acertado pela cauda e os ferrões me perfuraram as costas. Desmaiei na hora. Quando acordei, a cabeça da besta estava explodida e Darkamos estava recolhendo os dentes em meio daquele mar de miolos e sangue. Me esclareceram que aquilo não era exatamente um dragão mas sim um Wyvern, uma variação menor e venenosa! Veneno... Quando desmaiei, não foi pelo impacto da cauda, mas sim pelo veneno... Besta traiçoeira, não fará mais mal nesta terra. Antes de partirmos, apanhei o arco que o goblin havia largado durante a fuga. Parecia ideal para meu tamanho. Pretendo desenvolver habilidade de arquearia. Depois deste combate, percebi que não somos muito eficientes contra ataques aéreos.
Continuamos a trilha, sempre em direção leste. Andamos pouco e paramos; avistamos uma batalha entre uma espécie de urso e dois grifos. Se não agíssemos, certamente o urso seria morto. Rhogar pareceu afetado pela situação e correu para ajudar a criatura. Prontamente disparei uma flecha e acertei um dos grifos. Foi um excelente disparo, levando em consideração que havia sido meu primeiro. Sim, nunca havia atirado com arco. Pafuncio não ficou feliz com nossa intervenção à natureza. Seu olhar sobre mim foi mais que desaprovador.
Nos aproximamos do local onde Rhogar se comunicava com o urso. Não sei bem se era um urso realmente... Tinha uma cara de coruja... Sei lá. Só sei que o Paladino estabeleceu um laço com a fera, conseguindo acalma-lo e curar seus ferimentos. Enquanto isso, Joaquim e Faerir haviam avistado um ninho, perto de onde os Grifos estavam empoleirados...
A princípio, a ideia de profanar o ninho me parecia insensato e cruel. Mas quando lembrei que grifos eram comumente treinado como montarias, tive que manifestar minha vontade. Nem discuti o assunto e Pafuncio já me encarava... Parecia ter lido meus pensamentos. Faerir, o ladino e eu conversamos sobre a possibilidade de pegar algum filhote, mas o druida se manifestou. Na forma de gnomo, emitiu um rugido bestial, que não condizia com as possibilidades de uma criatura franzina daquelas. Confesso que fiquei com medo por um instante e deixei pra lá.
(Continua)
Última edição por Ygor Peluso em Qua Mar 15, 2017 12:23 pm, editado 1 vez(es)
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Mas mal Pafuncio virou as costas, n[os três já estávamos discutindo nosso plano novamente. O druida foi levar carne de porco que estava na bagagem de Rhogar ha três dias para os Grifos, nos dando oportunidade para agir. Joaquim foi na frente, imperceptível sob as folhas. Segui com Faerir, que ficou encarregado de distrair os pais. O bardo me fez ficar invisível, e avancei como um fantasma ate o ninho. Para ajudar na operação, usei meu corvo mágico, que facilitou muito na comunicação. Consegui chegar até o ninho, onde o ladino me aguardava. Quatro filhotes descansavam lá e os grifos adultos estavam alertas, mas não nos perceberam. Nocauteamos dois filhotes. Eu coloquei um em minha bolsa de tiracolo e voltei ao grupo, ainda invisível. Joaquim trouxe o outro nos braços. Ainda tivemos certo tempo para nos afastarmos dos grifos e Faerir nos alcançou.
Sucesso! E muito mais proveitoso que qualquer tesouro. Veja só! Um grifo só me! Um amigo alado! Ninguém haviam percebido que eu havia pego um filhote, com exceção de Faerir e de Joaquim. Mas pude perceber que Pafuncio estava irado conosco. Olhava para o ladino com uma ira contida a força. Nosso paladino também não se mostrou satisfeito e ameaçou intervir se não cuidasse bem do filhote. Eu certamente oferecerei uma ótima vida a meu jovem amigo. Resolvi nomeá-lo Gwaihir, como o grande senhor dos ventos de outrora. Penso que em breve iria caçar para alimentá-lo, mas por hora consegui três ratos de Darkamos, que me cedeu cordialmente.
Tenho boas perspectivas para o caminho a nossa frente. E assim seguimos. Sem lenço, sem documento. No sol de quase dezembro. E eu vou.
Sucesso! E muito mais proveitoso que qualquer tesouro. Veja só! Um grifo só me! Um amigo alado! Ninguém haviam percebido que eu havia pego um filhote, com exceção de Faerir e de Joaquim. Mas pude perceber que Pafuncio estava irado conosco. Olhava para o ladino com uma ira contida a força. Nosso paladino também não se mostrou satisfeito e ameaçou intervir se não cuidasse bem do filhote. Eu certamente oferecerei uma ótima vida a meu jovem amigo. Resolvi nomeá-lo Gwaihir, como o grande senhor dos ventos de outrora. Penso que em breve iria caçar para alimentá-lo, mas por hora consegui três ratos de Darkamos, que me cedeu cordialmente.
Tenho boas perspectivas para o caminho a nossa frente. E assim seguimos. Sem lenço, sem documento. No sol de quase dezembro. E eu vou.
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Data de inscrição : 20/02/2017
Idade : 28
Localização : São Paulo/SP
Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 9 - 15 novembro 2015
Mal podia conter minha satisfação! A operação de recrutamento dos jovens grifos foi um sucesso. Fiquei com o de penas mais escuras e dei a ele o nome de Gwaihir, como os grandes aspectos dos ventos do passado. Faerir ficou com o outro. Concordei em ensinar a linguagem Halfling ao nosso ladino como retribuição, afinal, sua ajuda foi imprescindível.
Seguíamos agora em direção sudeste, novamente pela Floresta de Patapatani, que margeava as montanhas. Eu, Faerir e Darkamos saímos para caçar e para alimentar nossos camaradas – o Basilisko e os dois Grifos. Pegamos vários esquilos e fizemos uma provisão para dois dias. Desenvolvíamos lentamente laços de afinidade. Tenho certeza que serão todos companheiros prestimosos.
Enquanto descíamos pelos terrenos íngremes a vegetação ficava mais densa. Adotamos mais cautela, afinal pisávamos em território dos Elfos, nossos velhos camaradas amigáveis... não tardou muito para sermos interceptados e atacados por arqueiros. Más dessa vez era apenas um batedor, que logo foi sobrepujado por uma adaga certeira de Joaquim. Com isso, Pafuncio julgou sensato proferir um feitiço de encobrimento, para nos esconder pelo caminho que tomássemos em meio à mata. Logo vimos mais flechas voando; só que essas passaram bem longe, ao alto. Mais pareceu uma mensagem do que um ataque direto. Os Elfos não são famosos por errar na pontaria, não é mesmo? Seguimos em sua direção e chegamos a um grande lago. E lá estavam eles!
Sete eles eram. Ainda pareciam não ter nos visto. Pafuncio, na forma de um Grande Tigre, foi até a água e bebeu água, criando uma distração. Não sei se tigres são comuns nestas terra, mas parece ter funcionado: Rhogar teve a oportunidade de pegar meu arco e disparar contra os Elfos, ferindo um deles consideravelmente. Me jogou o arco de volta e avançou contra eles. Com seus movimentos incríveis, ergue um dos elfos do chão e desceu sua espada em uma velocidade que não pude acompanhar. Só vi o corpo do elfo sendo dividido em dois. Mal pude discernir a cena, o paladino disparou um raio de sua boca, atingindo três alvos a sua frente. Com isso, avançamos. Eu tive uma grande oportunidade de usar um de meus golpes favoritos, O Chute Duplo da Tigresa Chun-Lee. Pude sentir as costelas do infeliz perfurando seu coração. Este estava morto antes de tocar o chão...
Apenas três deles restavam; logo estariam acabados. Bom, era o que eu pensava, até um imbecil, mais atrás, começar a proferir alguma invocação. Nem deu tempo de adivinhar ou atacar. No meio do lago a água começou a se agitar, com um som nada agradável. Das ondas causadas, submergiram sete, não apenas uma, más sete grotescas e gigantescas cabeças, de sete longos pescoços, que saiam de um único corpo. Sim, era uma maldita Hidra. Por essa não esperava, e não esperaria mais nem um segundo. Sai correndo para longe do lago. Só vi quando Rhogar atirou um dos últimos elfos na água e também correu.
Só parei de correr depois de muitos minutos de pavor... Sim, pavor é a palavra mais adequada... Todos partilhamos dele. Todos, exceto... Acho que faltava alguém. Puta merda!!! Esquecemos de Joaquim!!! O infeliz ficou para traz enquanto atacávamos. Mandei meu corvo até ele, para saber o que se passava. Disse para que avisasse se algo ruim tivesse acontecido. O corvo voltou com a resposta: Deu merda! Voltamos o mais rápido – e furtivamente – que era possível. Íamos achando que encontraríamos a besta mascando nosso ladino como se ele fosse uma goma de framboesa. Não sei como descrever minha sensação de quando chegamos até o lago.
A Hidra jazia petrificada, com seis de suas cabeças caídas na água e com o resto do corpo transformada e pedra. Pedra mesmo. E Joaquim estava lá, sobre a cabeça do monstro, totalmente perfurado e ensanguentado, mas conservando uma pose de herói conquistador. Hah! Ele havia usado o olho de basilisco que havia encantado em Marcral. Impressionante, no mínimo! Sim, era sim! Todos estavam incrédulos...
Não tivemos muito tempo de questionar nada. Senti algo em meu pescoço, como uma ferroada de abelha e não vi mais nada. Acordei completamente exausto e dolorido. Haviamos sido atacados por elfos de Elite. Joaquim fora mantido acordado, porém amarrado. Contou que levaram Faerir, e que eram muitos. Oh não! Temos que ir, agora! E atrás dele fomos o mais rápido que conseguíamos.
O ladino foi tratado por Pafúncio, mas ainda apresentava cicatrizes gigantes, que duvido que sumiriam algum dia. De repente, Joaquim seguiu mais a frente para um canto chamando Rhogar. Fui checar o que era. Nosso ladino tinha uma revelação para nos fazer. Chamou a todos e nos explanou: Seu nome verdadeiro, na verdade era Adran. Havia ocultado pois não sabia se poderia confiar em nós. Pediu perdão e a compreensão de todos. Bom, posso entender a razão de ter feito isso. Não teria feito o mesmo, mas compreendo. Ao topar com um grupo com integrantes tão excêntricos como o nosso pode ser, no mínimo, chocante. De mim, recebeu toda a compreensão. Todos pareceram aceitar. Pelo menos é o que acho... Bom, estamos com pressa! Continuemos! Temos um nobre em perigo para resgatar.
Mal podia conter minha satisfação! A operação de recrutamento dos jovens grifos foi um sucesso. Fiquei com o de penas mais escuras e dei a ele o nome de Gwaihir, como os grandes aspectos dos ventos do passado. Faerir ficou com o outro. Concordei em ensinar a linguagem Halfling ao nosso ladino como retribuição, afinal, sua ajuda foi imprescindível.
Seguíamos agora em direção sudeste, novamente pela Floresta de Patapatani, que margeava as montanhas. Eu, Faerir e Darkamos saímos para caçar e para alimentar nossos camaradas – o Basilisko e os dois Grifos. Pegamos vários esquilos e fizemos uma provisão para dois dias. Desenvolvíamos lentamente laços de afinidade. Tenho certeza que serão todos companheiros prestimosos.
Enquanto descíamos pelos terrenos íngremes a vegetação ficava mais densa. Adotamos mais cautela, afinal pisávamos em território dos Elfos, nossos velhos camaradas amigáveis... não tardou muito para sermos interceptados e atacados por arqueiros. Más dessa vez era apenas um batedor, que logo foi sobrepujado por uma adaga certeira de Joaquim. Com isso, Pafuncio julgou sensato proferir um feitiço de encobrimento, para nos esconder pelo caminho que tomássemos em meio à mata. Logo vimos mais flechas voando; só que essas passaram bem longe, ao alto. Mais pareceu uma mensagem do que um ataque direto. Os Elfos não são famosos por errar na pontaria, não é mesmo? Seguimos em sua direção e chegamos a um grande lago. E lá estavam eles!
Sete eles eram. Ainda pareciam não ter nos visto. Pafuncio, na forma de um Grande Tigre, foi até a água e bebeu água, criando uma distração. Não sei se tigres são comuns nestas terra, mas parece ter funcionado: Rhogar teve a oportunidade de pegar meu arco e disparar contra os Elfos, ferindo um deles consideravelmente. Me jogou o arco de volta e avançou contra eles. Com seus movimentos incríveis, ergue um dos elfos do chão e desceu sua espada em uma velocidade que não pude acompanhar. Só vi o corpo do elfo sendo dividido em dois. Mal pude discernir a cena, o paladino disparou um raio de sua boca, atingindo três alvos a sua frente. Com isso, avançamos. Eu tive uma grande oportunidade de usar um de meus golpes favoritos, O Chute Duplo da Tigresa Chun-Lee. Pude sentir as costelas do infeliz perfurando seu coração. Este estava morto antes de tocar o chão...
Apenas três deles restavam; logo estariam acabados. Bom, era o que eu pensava, até um imbecil, mais atrás, começar a proferir alguma invocação. Nem deu tempo de adivinhar ou atacar. No meio do lago a água começou a se agitar, com um som nada agradável. Das ondas causadas, submergiram sete, não apenas uma, más sete grotescas e gigantescas cabeças, de sete longos pescoços, que saiam de um único corpo. Sim, era uma maldita Hidra. Por essa não esperava, e não esperaria mais nem um segundo. Sai correndo para longe do lago. Só vi quando Rhogar atirou um dos últimos elfos na água e também correu.
Só parei de correr depois de muitos minutos de pavor... Sim, pavor é a palavra mais adequada... Todos partilhamos dele. Todos, exceto... Acho que faltava alguém. Puta merda!!! Esquecemos de Joaquim!!! O infeliz ficou para traz enquanto atacávamos. Mandei meu corvo até ele, para saber o que se passava. Disse para que avisasse se algo ruim tivesse acontecido. O corvo voltou com a resposta: Deu merda! Voltamos o mais rápido – e furtivamente – que era possível. Íamos achando que encontraríamos a besta mascando nosso ladino como se ele fosse uma goma de framboesa. Não sei como descrever minha sensação de quando chegamos até o lago.
A Hidra jazia petrificada, com seis de suas cabeças caídas na água e com o resto do corpo transformada e pedra. Pedra mesmo. E Joaquim estava lá, sobre a cabeça do monstro, totalmente perfurado e ensanguentado, mas conservando uma pose de herói conquistador. Hah! Ele havia usado o olho de basilisco que havia encantado em Marcral. Impressionante, no mínimo! Sim, era sim! Todos estavam incrédulos...
Não tivemos muito tempo de questionar nada. Senti algo em meu pescoço, como uma ferroada de abelha e não vi mais nada. Acordei completamente exausto e dolorido. Haviamos sido atacados por elfos de Elite. Joaquim fora mantido acordado, porém amarrado. Contou que levaram Faerir, e que eram muitos. Oh não! Temos que ir, agora! E atrás dele fomos o mais rápido que conseguíamos.
O ladino foi tratado por Pafúncio, mas ainda apresentava cicatrizes gigantes, que duvido que sumiriam algum dia. De repente, Joaquim seguiu mais a frente para um canto chamando Rhogar. Fui checar o que era. Nosso ladino tinha uma revelação para nos fazer. Chamou a todos e nos explanou: Seu nome verdadeiro, na verdade era Adran. Havia ocultado pois não sabia se poderia confiar em nós. Pediu perdão e a compreensão de todos. Bom, posso entender a razão de ter feito isso. Não teria feito o mesmo, mas compreendo. Ao topar com um grupo com integrantes tão excêntricos como o nosso pode ser, no mínimo, chocante. De mim, recebeu toda a compreensão. Todos pareceram aceitar. Pelo menos é o que acho... Bom, estamos com pressa! Continuemos! Temos um nobre em perigo para resgatar.
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Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 10 - 20 novembro 2015
Ao resgate de nosso bom Faerir seguimos com pressa, adentrando cada vez mais no território élfico da Floresta de Patapatani, o que certamente não nos trazia tranquilidade. A sensação de que estávamos sendo massivamente observados era constante – e não me refiro apenas aos elfos: parecia que a floresta em si estava vigiando nossos movimentos. Como de costume, busquei uma posição alta para o caso de surgir uma ameaça; subi nos ombros de Rhogar e fiquei de prontidão. Alguém entre nós fez um comentário inapropriado sobre a floresta - não pude ouvir claramente. Más pude perceber perfeitamente quando colidi com o chão: uma raiz acertou as pernas do Paladino; e não, ele não tropeçou! A raiz se moveu, como se aplicasse uma represália. Seria melhor manter nossas bocas caladas pelo momento.
Não muito tempo de marcha depois começamos a perceber construções nas árvores e alguns elfos, eventualmente. Parecia que estávamos chegando ao centro do reino de Patapatani e certamente nossa chegada era anunciada. Dois guardas surgiram a nossa frente e nos abordaram. Prontamente tomei frente do grupo e apresentei-nos. Disse que buscávamos o Nobre Faerir e que o Paladino Rhogar, diplomata dragonborn, buscava audiência com a líder dos Elfos Silvestres. O sujeito que nos recebeu não foi muito cordial; riu ao ouvir Faerir ser referenciado como Nobre, chamando-o de bastardo. Saiu e logo voltou, dizendo que seriamos levados até a presença de Faerir. Não avistávamos nenhum guarda, fora os dois que nos conduziam, mas tenho certeza de que mais de uma flecha se prontificava, submetendo-nos a mira dos mais abeis arqueiros élficos.
Subimos escadarias que levavam às copas mais baixas das árvores e à entrada de um salão suspenso, encontramos nosso amigo. Esperava encontrá-lo sob tortura ou, ao menos, cativeiro, más lá estava ele, com sua altivez, conversando com elfos como se fosse um príncipe. Estava perfeitamente bem, embora parecesse chateado. Disse que seu sequestro fora encomendado por sua própria mãe. Posso compreender; uma mãe que queira seu filho de volta... Estávamos todos, a partir desse momento, como convidados no reino. Fomos conduzidos à casa da Família de Faerir, que parecia gozar de grande prestígio, afinal, era uma família da Nobreza, na é mesmo?
Fomos recebidos cordialmente. Nos serviram tudo o que poderíamos precisar e nos hospedaram em sua casa. Conhecemos a mãe e o irmão de Faerir. A mãe de Faerir era muito bela, más não foi nada gentil; na verdade, se recolheu e ficou em seus aposentos até nossa saí da. O irmão, por sua vez, se mostrou um camarada muito bacana. Reuniu-se conosco à mesa de jantar e até me ofereceu algumas flechas. Lhe ofereci minhas provisões de fumo – toda a provisão. Parei de fumar e de beber, entre outras coisas...
Estou retomando os hábitos e ensinamentos de meu mestre... Há coisas que preciso fazer, em nome do equilíbrio de minha existência. Peguei meu antigo cachimbo, última remanescência de meu clã. Fitei o símbolo na borda por alguns momentos; é o brasão Willowroot... esse cachimbo simboliza minha ligação com as coisas do mundo; não apenas o fumo, mas todas as trivialidades e, acima de tudo, minha ligação com minha família. É hora de abandonar alguns fardos para traz... Mas minha família... Não estou pronto para isso... Cortei o símbolo do cachimbo, e formei dele um medalhão. Amarrei nele a fita de coro que ganhei de Pafúncio e fiz um medalhão. Esse ficará comigo. O resto, já não me aflige mais. Esmaguei o cachimbo, juntamente com toda frivolidade que um dia obscureceu minha mente. E assim foi...
Ficamos por lá alguns poucos, esperando o momento da audiência com a Rainha. Enquanto isso, visitamos vários mestres das tradições, que poderiam nos oferecer sabedoria. Eu visitei o mestre de combate, que me deu boas dicas de arquería, assim como a Anciã detentora dos conhecimentos e da lida com animais e criaturas da natureza. Me orientou sobre a criação de Gwaihir, com conselhos muito pertinentes. Em sua morada, conheci uma entidade muito impressionante: um unicórnio! Ele falou comigo mentalmente, se mostrando altamente inteligente. Provavelmente a criatura mais pura que já conheci, foi o que mais me impressionou nesta floresta.
Finalmente fomos convocados para a audiência com a Rainha. Fomos reunidos na entrada do salão, aguardando o chamado. Todos tentávamos manter a melhor conduta e atender o bons protocolos sociais. Contudo, não puder conter- me ao notar as duas belas espadas que Faerir portava no cinto. Perguntei se era com aquelas varetinhas que ele iria praticar seu balé. Hah! Ele ficou possesso! Não pensei que iria ficar tão irritado – nem era minha intenção; foi apenas uma piadinha para amenizar a seriedade. Ainda tentou acertar-me um tapa. Se não fosse tão lerdo... Nesse momento a Rainha berrou severamente, reprovando nosso comportamento. Não estou acostumado com essas cerimônias da realeza... Ela se retirou do salão, como forma de nos punir... Esperamos um bom tempo ate que retornasse; E ainda como se não bastasse, enquanto me desculpava, ela lançou em mim um encantamento de silenciamento. Desnecessário...
Muitos assuntos importantes foram tratados. Falou-se bastante da ameaça de Varkatoche, o dragão Vermelho e de sua aliada, Salakktich, a dragoa Verde. A Rainha nos pediu para averiguar uma anomalia na Floresta, para averiguar uma presença maligna em um antigo local de estudos dos sábios e recuperar um artefato que lá jazia. Frizou que nossas ações não poderiam ser em nome dos elfos, para não criar conflito com a Dragoa Verde. Permitiu, ainda, que o Irmão de Faerir nos acompanhasse. Certamente, um grande guerreiro a mais nos viria a calhar. Antes de partir, deixei Gwaihir com a Dama dos Animais.
Partimos pela tarde, acampamos na floresta sob os olhos atentos dos Elfos Guardiões e chegamos durante o dia. Era uma entrada em uma grande Árvore, trancada de maneira forma mágica. Senti as pulsações do feitiço, aproximei as mãos do local e concentrei meu Ki. Faerir e Pafúncio emanaram energia mágica para que eu canalizasse e assim conseguimos abrir a barreira. A entrada converteu-se em uma cavidade totalmente escura. Nada se via de além das sombras. Faerir transpassou a entrada e sumiu totalmente. Voltou e disse que era seguro seguir. Era um portal! O local estava em outro plano existencial! Entramos e nos deparemos com uma grande biblioteca, absolutamente escura. Era notável uma energia pesada no local; Realmente maligna como Rhogar pode constatar. O que me chamou a atenção era que no teto, havia uma abertura, que revelava um belo céu noturno e estrelado – nada disso seria estranho, se não fosse dia quando passamos pelo portal.
Começamos a vasculhar o local em busca do artefato. Não sei o que procurávamos exatamente – deixei passar essa parte da conversa. Do outro lado da sala, notamos que as sobras dos moveis se comportavam de forma estranha: respondiam à luz estranhamente. Peguei um livro do chão e pedi para Pafúncio ascender com suas labaredas. Atirei o livro no fim da sala e realmente, aquelas sombras consumiram a luz, extinguindo o fogo. No mesmo momento, Faerir sentiu algo atingindo sua perna e do meu lado, brotou do chão uma figura escura, da altura de um homem, mas disforme e obscura. Era uma aparição! E não era a única! Varias delas surgiram e atacaram o grupo.
Não sei se o encantamento de minha Phunai é responsável por isso, mas ela foi muito eficiente contra esses fantasmas; em contrapartida, meus chutes foram praticamente inefetivos... Rhogar foi o que mostrou melhor desenvoltura para combater essas criaturas. O contraste de sua aura de luz com essas sobras era impressionante. Pafúncio invocou um pilar de luz brilhante que pulverizou muitas das ameaças. A ataque, senti que as sobras tentavam sugar minas energias. Senti como se elas tentassem desarmonizar minhas emoções, mas não cedi! Mantive a mente em equilíbrio e resisti. Fiquei preocupado com Faerir, que foi o alvo preferido. Estava quase desmaiando ao final do combate, mas pudemos ganhar, não sem esforço. O grifo de Faerir tremia como um pônei em dia de tempestade. Fiquei com muita pena da criatura. Já Balizika parecia inabalado. Havia feito grandes investidas sobre os inimigos. Agora que reparei nele, percebi que ele cresceu bastante. Não vi Adran durante o combate; só percebi quando ele desceu de uma estante – deve ter se escondido... O Irmão de Faerir se mostrou altamente capacitado. Não apenas forte, mas bastante ágil. Trajava uma bela armadura, do mesmo material de minha corrente: Mithril!
Fisicamente, estávamos todos bem – com exceção de Faerir – mas nossas mentes haviam sido perturbadas pelas ameaças sombrias. Não é o lugar mais indicado, mesmo porque a presença maligna não se dissipou totalmente, mas precisamos de descanso... Não devemos baixar a guarda nesse local profanado, pois aqui as trevas espreitam...
Ao resgate de nosso bom Faerir seguimos com pressa, adentrando cada vez mais no território élfico da Floresta de Patapatani, o que certamente não nos trazia tranquilidade. A sensação de que estávamos sendo massivamente observados era constante – e não me refiro apenas aos elfos: parecia que a floresta em si estava vigiando nossos movimentos. Como de costume, busquei uma posição alta para o caso de surgir uma ameaça; subi nos ombros de Rhogar e fiquei de prontidão. Alguém entre nós fez um comentário inapropriado sobre a floresta - não pude ouvir claramente. Más pude perceber perfeitamente quando colidi com o chão: uma raiz acertou as pernas do Paladino; e não, ele não tropeçou! A raiz se moveu, como se aplicasse uma represália. Seria melhor manter nossas bocas caladas pelo momento.
Não muito tempo de marcha depois começamos a perceber construções nas árvores e alguns elfos, eventualmente. Parecia que estávamos chegando ao centro do reino de Patapatani e certamente nossa chegada era anunciada. Dois guardas surgiram a nossa frente e nos abordaram. Prontamente tomei frente do grupo e apresentei-nos. Disse que buscávamos o Nobre Faerir e que o Paladino Rhogar, diplomata dragonborn, buscava audiência com a líder dos Elfos Silvestres. O sujeito que nos recebeu não foi muito cordial; riu ao ouvir Faerir ser referenciado como Nobre, chamando-o de bastardo. Saiu e logo voltou, dizendo que seriamos levados até a presença de Faerir. Não avistávamos nenhum guarda, fora os dois que nos conduziam, mas tenho certeza de que mais de uma flecha se prontificava, submetendo-nos a mira dos mais abeis arqueiros élficos.
Subimos escadarias que levavam às copas mais baixas das árvores e à entrada de um salão suspenso, encontramos nosso amigo. Esperava encontrá-lo sob tortura ou, ao menos, cativeiro, más lá estava ele, com sua altivez, conversando com elfos como se fosse um príncipe. Estava perfeitamente bem, embora parecesse chateado. Disse que seu sequestro fora encomendado por sua própria mãe. Posso compreender; uma mãe que queira seu filho de volta... Estávamos todos, a partir desse momento, como convidados no reino. Fomos conduzidos à casa da Família de Faerir, que parecia gozar de grande prestígio, afinal, era uma família da Nobreza, na é mesmo?
Fomos recebidos cordialmente. Nos serviram tudo o que poderíamos precisar e nos hospedaram em sua casa. Conhecemos a mãe e o irmão de Faerir. A mãe de Faerir era muito bela, más não foi nada gentil; na verdade, se recolheu e ficou em seus aposentos até nossa saí da. O irmão, por sua vez, se mostrou um camarada muito bacana. Reuniu-se conosco à mesa de jantar e até me ofereceu algumas flechas. Lhe ofereci minhas provisões de fumo – toda a provisão. Parei de fumar e de beber, entre outras coisas...
Estou retomando os hábitos e ensinamentos de meu mestre... Há coisas que preciso fazer, em nome do equilíbrio de minha existência. Peguei meu antigo cachimbo, última remanescência de meu clã. Fitei o símbolo na borda por alguns momentos; é o brasão Willowroot... esse cachimbo simboliza minha ligação com as coisas do mundo; não apenas o fumo, mas todas as trivialidades e, acima de tudo, minha ligação com minha família. É hora de abandonar alguns fardos para traz... Mas minha família... Não estou pronto para isso... Cortei o símbolo do cachimbo, e formei dele um medalhão. Amarrei nele a fita de coro que ganhei de Pafúncio e fiz um medalhão. Esse ficará comigo. O resto, já não me aflige mais. Esmaguei o cachimbo, juntamente com toda frivolidade que um dia obscureceu minha mente. E assim foi...
Ficamos por lá alguns poucos, esperando o momento da audiência com a Rainha. Enquanto isso, visitamos vários mestres das tradições, que poderiam nos oferecer sabedoria. Eu visitei o mestre de combate, que me deu boas dicas de arquería, assim como a Anciã detentora dos conhecimentos e da lida com animais e criaturas da natureza. Me orientou sobre a criação de Gwaihir, com conselhos muito pertinentes. Em sua morada, conheci uma entidade muito impressionante: um unicórnio! Ele falou comigo mentalmente, se mostrando altamente inteligente. Provavelmente a criatura mais pura que já conheci, foi o que mais me impressionou nesta floresta.
Finalmente fomos convocados para a audiência com a Rainha. Fomos reunidos na entrada do salão, aguardando o chamado. Todos tentávamos manter a melhor conduta e atender o bons protocolos sociais. Contudo, não puder conter- me ao notar as duas belas espadas que Faerir portava no cinto. Perguntei se era com aquelas varetinhas que ele iria praticar seu balé. Hah! Ele ficou possesso! Não pensei que iria ficar tão irritado – nem era minha intenção; foi apenas uma piadinha para amenizar a seriedade. Ainda tentou acertar-me um tapa. Se não fosse tão lerdo... Nesse momento a Rainha berrou severamente, reprovando nosso comportamento. Não estou acostumado com essas cerimônias da realeza... Ela se retirou do salão, como forma de nos punir... Esperamos um bom tempo ate que retornasse; E ainda como se não bastasse, enquanto me desculpava, ela lançou em mim um encantamento de silenciamento. Desnecessário...
Muitos assuntos importantes foram tratados. Falou-se bastante da ameaça de Varkatoche, o dragão Vermelho e de sua aliada, Salakktich, a dragoa Verde. A Rainha nos pediu para averiguar uma anomalia na Floresta, para averiguar uma presença maligna em um antigo local de estudos dos sábios e recuperar um artefato que lá jazia. Frizou que nossas ações não poderiam ser em nome dos elfos, para não criar conflito com a Dragoa Verde. Permitiu, ainda, que o Irmão de Faerir nos acompanhasse. Certamente, um grande guerreiro a mais nos viria a calhar. Antes de partir, deixei Gwaihir com a Dama dos Animais.
Partimos pela tarde, acampamos na floresta sob os olhos atentos dos Elfos Guardiões e chegamos durante o dia. Era uma entrada em uma grande Árvore, trancada de maneira forma mágica. Senti as pulsações do feitiço, aproximei as mãos do local e concentrei meu Ki. Faerir e Pafúncio emanaram energia mágica para que eu canalizasse e assim conseguimos abrir a barreira. A entrada converteu-se em uma cavidade totalmente escura. Nada se via de além das sombras. Faerir transpassou a entrada e sumiu totalmente. Voltou e disse que era seguro seguir. Era um portal! O local estava em outro plano existencial! Entramos e nos deparemos com uma grande biblioteca, absolutamente escura. Era notável uma energia pesada no local; Realmente maligna como Rhogar pode constatar. O que me chamou a atenção era que no teto, havia uma abertura, que revelava um belo céu noturno e estrelado – nada disso seria estranho, se não fosse dia quando passamos pelo portal.
Começamos a vasculhar o local em busca do artefato. Não sei o que procurávamos exatamente – deixei passar essa parte da conversa. Do outro lado da sala, notamos que as sobras dos moveis se comportavam de forma estranha: respondiam à luz estranhamente. Peguei um livro do chão e pedi para Pafúncio ascender com suas labaredas. Atirei o livro no fim da sala e realmente, aquelas sombras consumiram a luz, extinguindo o fogo. No mesmo momento, Faerir sentiu algo atingindo sua perna e do meu lado, brotou do chão uma figura escura, da altura de um homem, mas disforme e obscura. Era uma aparição! E não era a única! Varias delas surgiram e atacaram o grupo.
Não sei se o encantamento de minha Phunai é responsável por isso, mas ela foi muito eficiente contra esses fantasmas; em contrapartida, meus chutes foram praticamente inefetivos... Rhogar foi o que mostrou melhor desenvoltura para combater essas criaturas. O contraste de sua aura de luz com essas sobras era impressionante. Pafúncio invocou um pilar de luz brilhante que pulverizou muitas das ameaças. A ataque, senti que as sobras tentavam sugar minas energias. Senti como se elas tentassem desarmonizar minhas emoções, mas não cedi! Mantive a mente em equilíbrio e resisti. Fiquei preocupado com Faerir, que foi o alvo preferido. Estava quase desmaiando ao final do combate, mas pudemos ganhar, não sem esforço. O grifo de Faerir tremia como um pônei em dia de tempestade. Fiquei com muita pena da criatura. Já Balizika parecia inabalado. Havia feito grandes investidas sobre os inimigos. Agora que reparei nele, percebi que ele cresceu bastante. Não vi Adran durante o combate; só percebi quando ele desceu de uma estante – deve ter se escondido... O Irmão de Faerir se mostrou altamente capacitado. Não apenas forte, mas bastante ágil. Trajava uma bela armadura, do mesmo material de minha corrente: Mithril!
Fisicamente, estávamos todos bem – com exceção de Faerir – mas nossas mentes haviam sido perturbadas pelas ameaças sombrias. Não é o lugar mais indicado, mesmo porque a presença maligna não se dissipou totalmente, mas precisamos de descanso... Não devemos baixar a guarda nesse local profanado, pois aqui as trevas espreitam...
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 11 - 29 novembro 2015
Todos vasculhavam as prateleiras empoeiradas a procura do artefato requisitado pela rainha, ou qualquer livro ou pergaminho que pudesse ser útil. Não nos fora dada muita pista do que procurar; apenas que o artefato emanava uma intensa energia arcana. Essa certamente não é minha especialidade, mas sou consideravelmente sensível aos fluxos de energia á minha volta e aquela força, a presença perturbadora que distinguimos desde a luta com as sombras, era a única emanação perceptível. Esperava que aquela emanação fosse proveniente mais um inimigo; uma sombra maior, talvez. Mas logo a sua origem foi revelada, quando Pafúncio identificou uma pequena estatua em formato de cabeça humanoide. À medida que se aproximava do objeto, aumentava a intensidade da energia dissipada.
Levando em consideração aquele fluxo, não seria muito sensato tocar diretamente no artefato. Para que os bardos, nossos especialistas arcanos, o analisassem, Faerir proferiu seu encanto de alcance remoto, facilitando a manipulação com uma mão de energia arcana. Todos concordamos que não deveríamos perder muito tempo lá. Embalaram o artefato para tornar o transporte seguro e Faerir foi designado como o portador. Passamos pelo portal e estávamos de volta à Floresta.
De fato, estávamos de volta á floresta de Patapatani. Digo, pelo menos o espaço era o certo; já do tempo, não se pode dizer isto... Estava noite! Sim, escuro, com luas a pino... Como se não bastasse a confusão de céus de quando olhamos para o teto, lá dentro do porta! Isto não está certo... Era dia aqui quando entramos, e não podemos ter passado mais do que alguns minutos lá dentro! Não, não, não! Como o druida pôde confirmar, não estávamos no ciclo lunar certo. E pelos seus cálculos, estaríamos um mês adiantados! Um mês! Passamos um mês inteiro naquela biblioteca profana! Foi um choque, admito. Logo veio me veio à mente Gwaihir, que confiei aos cuidados da Dama. Como será que está? E Udun? Será que ele recebeu minha mensagem e está nos aguardando no território élfico? Será que ele está com meu corvo? Meu corpo foi tomado por um acesso de ansiedade, algo que nunca havia acontecido, mas contive minhas reações; restringi a crise à minha mente. Preciso me acalmar. Não posso fazer nada daqui. Temos que voltar para o centro de Patapatani, e com pressa!
Prontamente entramos em marcha. Não muito depois, começamos a ouvir sons perturbadores dos arredores, barulhos que anunciavam presenças indesejadas. Pafúncio evocou um manto mágico de furtividade sobre o grupo. Os sons se intensificaram e ficaram cada vez mais próximos. Parecia o movimento de rastejar... Serpente! Eram os Yuan-Ti! Ainda estávamos no território da Dragoa Verde. Só podia ser. Não demorou para conseguirmos avistá-los. Mas não eram iguais àqueles que combatemos quando encontramos Darkamos... Eram mais sinistros. Mais reptilianos. A princípio vimos dois: um humanoide e um enorme, com corpo de serpente e, no lugar da cabeça, um tronco humanoide reptiliano, coberto por escamas. Aberrações! Não hesitei. Preparei meu arco e acertei uma flecha no humanoide, dando início ao combate.
Foram surgindo mais deles. Pafúncio criou uma pilastra de luz branca sobre os dois que estavam à nossa frente, causando um belo estrago. Fomos atacados por duas frentes. Eu, Rhogar, o irmão de Faerir e o Corurso cuidamos de uma e Adran, Darkamos, Faerir, Pafúncio e Balizika da outra. Combatíamos com esforço. Fomos desmoralizados com o desmaio de Rhogar; sendo agarrado pela abominação maior, nosso paladino tombou pela força de constrição da grande abominação serpente. Demorou um pouco até que ele fosse reanimado e eu nem vi por quem. Estava ocupado com um humanóide violento que disputava força com o irmão de Faerir. Precisávamos derrubar as duas abominações maiores, ou estaríamos condenados. Adran usou seu olho mágico em um, enquanto Balizica, sob os comandos de Darkamos, atraía a atenção para seu olhar fatal.
A foi quebrada quando duas flechas voaram e atingiram a abominação à frente de Faerir. Só podiam ser os elfos de Patapatani. Fiquei mais confiante e finalizei mais uma das lagartixas. Nesse momento as coisas começaram a ficar estranhas. Surgiu um gigante – sim um gigante - do nada, e partiu para cima dos Yuan-ti com um machado gigantesco - mais intimidador que o seu portador! Não parecia nosso inimigo a principio, pois não fazia menção de nos atacar. Logo atrás dele surgiu uma criança humana, com um olhar vidrado e expressão vazia. Parecia que flutuava. Fiquei preocupado, más logo me contive, assim que vi que ela conjurava magias de fogo sobre as bestas. Era uma maga ou algum tipo de conjuradora arcana! E não parecia se impressionar nada com o combate! Certamente não eram os elfos que vieram nos ajudar, mas são bem-vindos, com certeza! Finalizamos os últimos oponentes rapidamente e, como de costume, pus-me à frente do grupo.
Saudei a os estranhos, agradecendo pela ajuda. Pedi que o arqueiro oculto, que espreitava de cima de uma árvore, se juntasse a nós. Era um elfo, que certamente não fazia parte da força de Patapatani. Os três estavam, evidentemente, estavam juntos. Apresentaram-se e disseram ter sido atraídos por um clarão de luz, provavelmente pela magia de Pafúncio. O gigante chamavase
Ethalian e era um Goliath – raça da qual nunca ouvira falar. A criança chamava-se Asuna e,
apesar de sua aparência ingênua, apresentava uma aura poderosa. Por último, o elfo; Raven
era seu nome. Logo de primeira vista não gostei muito do elfo e seu comportamento não
melhorou nada. Mostrou-se um sujeito arrogante e ignorante. Tentei ser cordial e convidei para que nos acompanhassem até nosso destino, o centro de Patapatani. Desisti de argumentar e fui meditar perto da fogueira. Confesso que faltou pouco para que eu aplicasse um corretivo de caráter bem merecido no sujeito, más me contive, afinal aquele infeliz insignificante não oferece ameaça direta; não enquanto eu estiver alerta.
Precisamos de descanso, depois deste dia caótico – se é que posso chamar de dia, tendo visto mais de um céu e depois do mês mais curto que já vivenciei.Não senti más vibrações da criança ou do gigante. Contudo, não depositarei minha confiança levianamente nestes sujeitos. Hah, principalmente nesse elfo obtuso... Ficarei o mais atento o possível, como sei que todo o grupo ficará. Descansei perturbado, não apenas pelos riscos à segurança do grupo, mas também pela preocupação com meu grifo; e com Udun. Será que ele estará nos aguardando?
Todos vasculhavam as prateleiras empoeiradas a procura do artefato requisitado pela rainha, ou qualquer livro ou pergaminho que pudesse ser útil. Não nos fora dada muita pista do que procurar; apenas que o artefato emanava uma intensa energia arcana. Essa certamente não é minha especialidade, mas sou consideravelmente sensível aos fluxos de energia á minha volta e aquela força, a presença perturbadora que distinguimos desde a luta com as sombras, era a única emanação perceptível. Esperava que aquela emanação fosse proveniente mais um inimigo; uma sombra maior, talvez. Mas logo a sua origem foi revelada, quando Pafúncio identificou uma pequena estatua em formato de cabeça humanoide. À medida que se aproximava do objeto, aumentava a intensidade da energia dissipada.
Levando em consideração aquele fluxo, não seria muito sensato tocar diretamente no artefato. Para que os bardos, nossos especialistas arcanos, o analisassem, Faerir proferiu seu encanto de alcance remoto, facilitando a manipulação com uma mão de energia arcana. Todos concordamos que não deveríamos perder muito tempo lá. Embalaram o artefato para tornar o transporte seguro e Faerir foi designado como o portador. Passamos pelo portal e estávamos de volta à Floresta.
De fato, estávamos de volta á floresta de Patapatani. Digo, pelo menos o espaço era o certo; já do tempo, não se pode dizer isto... Estava noite! Sim, escuro, com luas a pino... Como se não bastasse a confusão de céus de quando olhamos para o teto, lá dentro do porta! Isto não está certo... Era dia aqui quando entramos, e não podemos ter passado mais do que alguns minutos lá dentro! Não, não, não! Como o druida pôde confirmar, não estávamos no ciclo lunar certo. E pelos seus cálculos, estaríamos um mês adiantados! Um mês! Passamos um mês inteiro naquela biblioteca profana! Foi um choque, admito. Logo veio me veio à mente Gwaihir, que confiei aos cuidados da Dama. Como será que está? E Udun? Será que ele recebeu minha mensagem e está nos aguardando no território élfico? Será que ele está com meu corvo? Meu corpo foi tomado por um acesso de ansiedade, algo que nunca havia acontecido, mas contive minhas reações; restringi a crise à minha mente. Preciso me acalmar. Não posso fazer nada daqui. Temos que voltar para o centro de Patapatani, e com pressa!
Prontamente entramos em marcha. Não muito depois, começamos a ouvir sons perturbadores dos arredores, barulhos que anunciavam presenças indesejadas. Pafúncio evocou um manto mágico de furtividade sobre o grupo. Os sons se intensificaram e ficaram cada vez mais próximos. Parecia o movimento de rastejar... Serpente! Eram os Yuan-Ti! Ainda estávamos no território da Dragoa Verde. Só podia ser. Não demorou para conseguirmos avistá-los. Mas não eram iguais àqueles que combatemos quando encontramos Darkamos... Eram mais sinistros. Mais reptilianos. A princípio vimos dois: um humanoide e um enorme, com corpo de serpente e, no lugar da cabeça, um tronco humanoide reptiliano, coberto por escamas. Aberrações! Não hesitei. Preparei meu arco e acertei uma flecha no humanoide, dando início ao combate.
Foram surgindo mais deles. Pafúncio criou uma pilastra de luz branca sobre os dois que estavam à nossa frente, causando um belo estrago. Fomos atacados por duas frentes. Eu, Rhogar, o irmão de Faerir e o Corurso cuidamos de uma e Adran, Darkamos, Faerir, Pafúncio e Balizika da outra. Combatíamos com esforço. Fomos desmoralizados com o desmaio de Rhogar; sendo agarrado pela abominação maior, nosso paladino tombou pela força de constrição da grande abominação serpente. Demorou um pouco até que ele fosse reanimado e eu nem vi por quem. Estava ocupado com um humanóide violento que disputava força com o irmão de Faerir. Precisávamos derrubar as duas abominações maiores, ou estaríamos condenados. Adran usou seu olho mágico em um, enquanto Balizica, sob os comandos de Darkamos, atraía a atenção para seu olhar fatal.
A foi quebrada quando duas flechas voaram e atingiram a abominação à frente de Faerir. Só podiam ser os elfos de Patapatani. Fiquei mais confiante e finalizei mais uma das lagartixas. Nesse momento as coisas começaram a ficar estranhas. Surgiu um gigante – sim um gigante - do nada, e partiu para cima dos Yuan-ti com um machado gigantesco - mais intimidador que o seu portador! Não parecia nosso inimigo a principio, pois não fazia menção de nos atacar. Logo atrás dele surgiu uma criança humana, com um olhar vidrado e expressão vazia. Parecia que flutuava. Fiquei preocupado, más logo me contive, assim que vi que ela conjurava magias de fogo sobre as bestas. Era uma maga ou algum tipo de conjuradora arcana! E não parecia se impressionar nada com o combate! Certamente não eram os elfos que vieram nos ajudar, mas são bem-vindos, com certeza! Finalizamos os últimos oponentes rapidamente e, como de costume, pus-me à frente do grupo.
Saudei a os estranhos, agradecendo pela ajuda. Pedi que o arqueiro oculto, que espreitava de cima de uma árvore, se juntasse a nós. Era um elfo, que certamente não fazia parte da força de Patapatani. Os três estavam, evidentemente, estavam juntos. Apresentaram-se e disseram ter sido atraídos por um clarão de luz, provavelmente pela magia de Pafúncio. O gigante chamavase
Ethalian e era um Goliath – raça da qual nunca ouvira falar. A criança chamava-se Asuna e,
apesar de sua aparência ingênua, apresentava uma aura poderosa. Por último, o elfo; Raven
era seu nome. Logo de primeira vista não gostei muito do elfo e seu comportamento não
melhorou nada. Mostrou-se um sujeito arrogante e ignorante. Tentei ser cordial e convidei para que nos acompanhassem até nosso destino, o centro de Patapatani. Desisti de argumentar e fui meditar perto da fogueira. Confesso que faltou pouco para que eu aplicasse um corretivo de caráter bem merecido no sujeito, más me contive, afinal aquele infeliz insignificante não oferece ameaça direta; não enquanto eu estiver alerta.
Precisamos de descanso, depois deste dia caótico – se é que posso chamar de dia, tendo visto mais de um céu e depois do mês mais curto que já vivenciei.Não senti más vibrações da criança ou do gigante. Contudo, não depositarei minha confiança levianamente nestes sujeitos. Hah, principalmente nesse elfo obtuso... Ficarei o mais atento o possível, como sei que todo o grupo ficará. Descansei perturbado, não apenas pelos riscos à segurança do grupo, mas também pela preocupação com meu grifo; e com Udun. Será que ele estará nos aguardando?
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 13 - 13 dezembro 2015 (Sessão 12 - 6 dezembro 2015 *Ygor ausente)
Mau havia secado o sangue dos Yuan-Ti em minha roupa, minha mente voltou a ser perturbada por emanações negativas. Uma terrível sensação me dominou e despertei aflito de minha meditação. Quando levantei, todos estavam discutindo, ameaçando e gritando! Demorei a entender o que estava acontecendo. Foi tudo tão rápido que não tive chance de intervir. O goliath estava agitado, parecia que iria explodir em ira bestial. Rhogar ainda mais que ele... Adran tentava se desvencilhar da briga e foi levado para longe por Pafúncio em forma de um cavalo e Darkamos tentava acalmar a maga e o nosso Paladino, que sedia a insanidade. Em um acesso de raiva brutal, Rhogar fez menção de atacar Adran, e ao perceber a magia de Darkamos sobre ele, avançou sobre este também. Todos estavam imersos no chãos, exceto um. Não consegui avistar Raven, o elfo arrogante. Foi então que entendi!
Pela atitude de Raven em relação a mim, pela forma com que ele me tratou ontem enquanto nos apresentamos, Adran ficou furioso. Como represália, o ladino esgueirou-se pelas sombras e esperou até que todos estivessem dormindo. Na calada da noite, assassinou o elfo, levou-o para longe do acampamento, decapitou e depindurou seu corpo em uma árvore. Fiquei chocado com sua atitude cruel e insensata. Já tinha leves duvidas acerca de sua insanidade, mas isto! Isto é inconcebível! Não havia motivos para matar o elfo! Eu mesmo disse que se houvesse confronto, deveria ser provocado por um dos estranhos e não pelo nosso grupo. E é evidente que haveria represália.
Pela manhã, antes de eu acordar, Adran revelou o que tinha feito e foi assim que tudo se desencadeou. Por sorte de Darkamos, a ira de Rhogar limitou seus ataques; se não tivesse sido assim, creio que nosso camarada bardo não estaria mias entre nós... Esse ataque foi mais inexplicável do que o outro. Darkamos só tentava acalmar o Paladino com sua magia; uma simples magia de sono. Rhogar não tinha intenção de simplesmente pará-lo; sua visão fora obscurecida pela vontade de matar. Pude ver a espada do Paladino tomada pela luz sagrada e poucas criaturas escaparam daquilo, como pude presenciar. Quando conseguimos estabilizar os humores – se é que isso pode ser dito daquela situação – decidiu-se que Adran e o Goliath iriam lutar para resolver a questão; e a única regra era que eles deveriam lutar desarmados. Punho contra punho.
A vantagem era certamente do Goliath; Sua força descomunal e seu tamanho fariam uma diferença considerável. Temi por Adran, mas meus temores mostraram-se desnecessários: Tão rápido quanto poderia ser Adran circulou o gigante e abraçou seu pescoço, fazendo-o desmaiar por asfixia. Uma grande demonstração de destreza. Derrotado, o Goliath partiu com a pequena, não sem demonstrar rancor.
Voltamos para Patapatani o mais rápido que pudemos. Não vi Adran entre nós desde o momento que ele escapou na garupa do Pafúncio, mas sabia que ele estava nos acompanhando pelas árvores. Fomos diretamente ter uma audiência com a Rainha. Entregamos o artefato e fomos recompensados com ouro e com artigos mágicos. Eu ganhei uma aljava mágica que comporta inúmeros itens sem influencia de peso ou espaço, que me veio a ser muito útil. Perguntei do paradeiro de Udun, mas não souberam nos informar nada sobre ele.
Saindo da reunião, fui diretamente a Dama dos animais buscar Gwaihir. Fiquei impressionado com o seu tamanho. Havia sido bem alimentado e tratado nesse mês da minha ausência e em comparação com o grifo de Faerir, estava bem maior. Agradeci imensamente á Dama, que recusou qualquer forma de agradecimento material. Foi muito prestativa e bondosa. Não a esquecerei.
Fomos recebidos novamente na casa da família de Faerir. Ao chegar ao meu quarto, encontrei uma mensagem deixada por Adran, que pedia para que nos encontrássemos com ele. Fui até o local combinado e encontrei os meus companheiros, com exceção, é claro, de Rhogar. Adran falou sobre o ocorrido, mas não disse muito, na verdade. Só que queria ficar com o grupo; Que deveríamos ficar unidos. Tive uma conversa em particular com o ladino no final. Deixei claro que desaprovei absolutamente sua conduta, ainda que tenha sido em minha defesa. Garanti que ainda teria minha confiança, contato que contribuísse para o equilíbrio do grupo; Contanto que mantivesse distancia de Rhogar.
Antes de partir, me despedi de nossos anfitriões, agradecendo pela hospitalidade. O irmão de Faerir foi muito prestativo e ainda me cedeu munições para abastecer minha aljava. Assim que começamos a marcha, chamei Rhogar de lado para uma conversa. Disse que entendia a falha em sua harmonia no dia anterior. Entendia, mas não aprovava. Mas de qualquer forma, todos temos de lidar com nossas trevas ao buscar a Luz. Insisti para que ficasse com o grupo, pois ele, o Paladino, era nossa Luz. Era importante para nós. Ele não prometeu nada, apenas que iria levar em consideração o meu pedido e que, a principio, iria nos acompanhar até baía das rochas... E que manteria distancia de Adran, contanto que não fosse provocado.
Tomamos o mesmo caminho pelo qual viemos à Floresta. Nossa estrada seria desviada até as montanhas para evitar o território de Slakish, e de lá seguiríamos ruma a Leste, por sobre as montanhas ou por debaixo delas. Nossa marcha foi tranqüila até a fronteira norte da Floresta. Fizemos uma rápida pausa parada para conseguir algo para os grifos comerem. Gwaihir mostrou bastante desenvoltura ao caçar, conseguindo capturar sozinho algumas lebres. Evidentemente a Dama havia lhe dado um excelente treinamento em minha ausência.
O grupo estava sempre calado, e o clima pesado entre todos perdurava. Ora ou outra Adran
soltava comentário provocativos indiretos à Rhogar. Isso me incomodava tremendamente, mas não me manifestei. Subimos a inclinação íngreme e rochosa da face sul das montanhas e alcançamos um relevo mais suave. À medida que avançávamos ficava mais evidente que o inverno havia chegado. A diferença climática não pode ser sentida devido á umidade das matas, mas o frio rigoroso da montanha nos notificava com severidade. Eu pessoalmente me sinto mais a vontade em climas mais frescos, mas esses ventos não trazem conforto algum a mim. Más quem sofriam mais eram Darkamos e Rhogar, que vinham de regiões de clima muito quente. Eles tremiam e resmungavam involuntariamente, por mais que tentassem manter a postura. Passávamos por um descampado que circulava uma pequena colina quando nos deparamos com uma pequena alcatéia de lobos. Em quatro eram eles, e não pareciam dispostos a nos oferecer uma hospitalidade calorosa. Nos postamos em alerta e Pafúncio foi tentar se comunicar com eles, sem sucesso algum. O maior deles, que parecia ser o alfa, quase abocanhou seu braço. O Druida voltou frustrado e com mais medo que qualquer um de nós. Vendo a situação de todos, expostos ao vento que só se intensificava, soube o que tinha que ser feito.
Chamei a atenção de Pafúncio para a situação, e ressaltei a nossa necessidade por agasalho. Sendo um Druida, ele não iria gostar do que estava prestes a propor e provavelmente ele ficaria tão furioso quanto no incidente com os grifos, mas o convenci de que em momentos de necessidade, devemos recorrer á natureza; E na natureza, alguns indivíduos devem sobrepujar os outros em nome da sobrevivência. Ele assentiu. Faríamos o que fosse necessário para sobreviver.
Subi em Gwaihir e alcei vôo. Fora o nosso primeiro vôo juntos e estávamos em perfeita sintonia. Subi pouco, apenas até altura do topo da colina de onde estavam os lobos. Preparei meu arco e disparei uma flecha, acertando o flanco de um deles. Como esperava, eles avançaram sobre o grupo, que já estava preparado para o ataque. Pafúncio se transfigurou em um lobo gigante e atacou o alfa. Rhogar e Darkamos ficara apenas em postura defensiva e não atacaram. Darkamos e Faerir foram bem rápidos e derrubaram dois deles. Eu finalizei aquele que havia acertado com a flecha, pulando do grifo e caindo sobre suas costas, fincando minha Phunai em sua nuca. A vida o deixou instantaneamente. Fiz uma referencia á sua alma e todos já estavam derrotados. Dos quatro lobos, conseguimos duas peles, e fizemos casacos para os que mais precisavam: Darkamos e Rhogar. Não havia sol para curtir o couro, então raspamos da melhor forma o possível e isso deveria ter que servir até que conseguíssemos algo melhor.
Avançamos mais um pouco e encontramos uma reentrância na rocha, que se revelou uma passagem, provavelmente um túnel dos anões. Parecia melhor do que ficar fora, a mercê do frio e dos predadores noturnos. O túnel era retilíneo e impecavelmente escavado, estreito e rebaixado, à boa e velha maneira. Era certamente obra dos anões. Caminhamos por um longo tempo, com Adran explorando à frente, para o caso de algum inimigo ou armadilha. Paramos e dormimos enfileirados. Não muito tempo após retomar a marcha, Rhogar notou um espaço oco na parede. O seu costume de bater na rocha revelou-se uma vez mais muito útil. Era uma entrada escondia e exibia escritos quase que imperceptíveis. Era um aviso Anânico de um calabouço de gigantes. Achamos que valeria o risco de explorarmos e ingressamos nos caminhos escuros, que desciam levemente de nível.
Eram corredores inundados pela escuridão. Deixamos o Ladino de batedor à frente e fiquei na retaguarda, com Rhogar e com os animais. Os grifos demonstravam seu extremo desconforto por estar debaixo da terra. O Corurso também não parecia à vontade. Já Balizika estava literalmente em casa, afinal, este era o seu habitat natural. Seguimos o mais silenciosamente que podíamos; Alguns mais que outros. Logo Adran voltou a nós com a notícia de que quatro criaturas se encontravam à frente. Eu e Rhogar fomos averiguar, deixando os outros para trás. Eram Humanóides monstruosos e deformados. Três deles aparentavam estar feridos por cortes e queimaduras. E o maior, que estava atrás, era bem diferente; Era magro, com a pele esverdeada e apresentava feições maliciosas. Eu estava logo atrás do Paladino, com uma flecha de prontidão, mas Rhogar queira tentar dialogar com as bestas. Claramente não era o mais sensato a se fazer, más tudo bem. Os corredores estreitos não permitiram a passagem de mais de uma criatura do tamanho deles ao mesmo tempo e Rhogar ocupava toda a sua largura. Com isto, teríamos alguma vantagem em combate. O primeiro monstro falou com sua voz ronca, demonstrando uma capacidade de fala limitada, referindo-se a nós como "comida"! Não esperei muito por essa insanidade. Não eram criaturas hostis, indignas de argumentação. Pulei sobre os ombros de Rhogar, disparei minha primeira flecha e pulei de volta para a cobertura que a esquina do corredor fornecia. Os monstros atacavam sem muita destreza com Javelins e porretes. Os três primeiros caíram rapidamente. Pafúncio apareceu para dar algum suporte. O último foi derrubado por Rhogar, más logo levantou após se auto regenerar. O Druida explicou que era um Troll e Trolls se regeneram a menos que seja decapitados ou carbonizados... Que conveniente! Será que sempre que entrarmos em masmorras iremos nos deparar com criaturas que não morrem devidamente? Eu consegui derrubá-lo com uma seqüência de ataques e Pafúncio finalizou fazendo dele uma fogueira de chamas verdes e de cheiro repugnante.
Voltando ao grupo, haviam destrancado uma das portas após desarmar uma armadilha. Lá encontramos um baú, que destranquei com ajuda de Rhogar e inscrições na parede escritas por arranhões e imersa por agonia. Falava da morte de alguma mulher, provavelmente uma elfa pelo nome, que havia morrido ali, tendo ficado sem flechas. Atingimos uma outra porta. Adran notou ruídos do outro lado e então destrancou-a silenciosamente. Ao abri-la, todos tomamos um susto. Era um gigante que estava dormindo. Era descomunal e seu ronco reverberava pela sala deixava nossos animais inquietos. Adran saltou sobre a criatura com sua espada e perfurou sua perna. A besta acordou e levantou rapidamente. Era imenso e ocupava quase metade da sala. Possuía um aspecto grotesco e um de seus olhos era gigante e deformado. Parece que exercia algum efeito sobre que o encarasse. Vi Darkamos se contorcendo sob aquilo... Más o gigante não durou muito. Sendo atacado por todos freneticamente, caiu logo. Fez um estrondo espalhafatoso ao cair e creio que nossa presença foi anunciada a todas as criaturas que rastejavam por ali. Pelo que estava escrito na entrada do calabouço, mais desses cavalheiros gigantes se arrastavam por esses corredores... Melhor ficarmos alertas... Eu e Pafúncio tentamos acalmar aos grifos, mas depois deste encontro, até eu fiquei abalado. Não conseguirei descansar aqui! Eles estão vindo!
Mau havia secado o sangue dos Yuan-Ti em minha roupa, minha mente voltou a ser perturbada por emanações negativas. Uma terrível sensação me dominou e despertei aflito de minha meditação. Quando levantei, todos estavam discutindo, ameaçando e gritando! Demorei a entender o que estava acontecendo. Foi tudo tão rápido que não tive chance de intervir. O goliath estava agitado, parecia que iria explodir em ira bestial. Rhogar ainda mais que ele... Adran tentava se desvencilhar da briga e foi levado para longe por Pafúncio em forma de um cavalo e Darkamos tentava acalmar a maga e o nosso Paladino, que sedia a insanidade. Em um acesso de raiva brutal, Rhogar fez menção de atacar Adran, e ao perceber a magia de Darkamos sobre ele, avançou sobre este também. Todos estavam imersos no chãos, exceto um. Não consegui avistar Raven, o elfo arrogante. Foi então que entendi!
Pela atitude de Raven em relação a mim, pela forma com que ele me tratou ontem enquanto nos apresentamos, Adran ficou furioso. Como represália, o ladino esgueirou-se pelas sombras e esperou até que todos estivessem dormindo. Na calada da noite, assassinou o elfo, levou-o para longe do acampamento, decapitou e depindurou seu corpo em uma árvore. Fiquei chocado com sua atitude cruel e insensata. Já tinha leves duvidas acerca de sua insanidade, mas isto! Isto é inconcebível! Não havia motivos para matar o elfo! Eu mesmo disse que se houvesse confronto, deveria ser provocado por um dos estranhos e não pelo nosso grupo. E é evidente que haveria represália.
Pela manhã, antes de eu acordar, Adran revelou o que tinha feito e foi assim que tudo se desencadeou. Por sorte de Darkamos, a ira de Rhogar limitou seus ataques; se não tivesse sido assim, creio que nosso camarada bardo não estaria mias entre nós... Esse ataque foi mais inexplicável do que o outro. Darkamos só tentava acalmar o Paladino com sua magia; uma simples magia de sono. Rhogar não tinha intenção de simplesmente pará-lo; sua visão fora obscurecida pela vontade de matar. Pude ver a espada do Paladino tomada pela luz sagrada e poucas criaturas escaparam daquilo, como pude presenciar. Quando conseguimos estabilizar os humores – se é que isso pode ser dito daquela situação – decidiu-se que Adran e o Goliath iriam lutar para resolver a questão; e a única regra era que eles deveriam lutar desarmados. Punho contra punho.
A vantagem era certamente do Goliath; Sua força descomunal e seu tamanho fariam uma diferença considerável. Temi por Adran, mas meus temores mostraram-se desnecessários: Tão rápido quanto poderia ser Adran circulou o gigante e abraçou seu pescoço, fazendo-o desmaiar por asfixia. Uma grande demonstração de destreza. Derrotado, o Goliath partiu com a pequena, não sem demonstrar rancor.
Voltamos para Patapatani o mais rápido que pudemos. Não vi Adran entre nós desde o momento que ele escapou na garupa do Pafúncio, mas sabia que ele estava nos acompanhando pelas árvores. Fomos diretamente ter uma audiência com a Rainha. Entregamos o artefato e fomos recompensados com ouro e com artigos mágicos. Eu ganhei uma aljava mágica que comporta inúmeros itens sem influencia de peso ou espaço, que me veio a ser muito útil. Perguntei do paradeiro de Udun, mas não souberam nos informar nada sobre ele.
Saindo da reunião, fui diretamente a Dama dos animais buscar Gwaihir. Fiquei impressionado com o seu tamanho. Havia sido bem alimentado e tratado nesse mês da minha ausência e em comparação com o grifo de Faerir, estava bem maior. Agradeci imensamente á Dama, que recusou qualquer forma de agradecimento material. Foi muito prestativa e bondosa. Não a esquecerei.
Fomos recebidos novamente na casa da família de Faerir. Ao chegar ao meu quarto, encontrei uma mensagem deixada por Adran, que pedia para que nos encontrássemos com ele. Fui até o local combinado e encontrei os meus companheiros, com exceção, é claro, de Rhogar. Adran falou sobre o ocorrido, mas não disse muito, na verdade. Só que queria ficar com o grupo; Que deveríamos ficar unidos. Tive uma conversa em particular com o ladino no final. Deixei claro que desaprovei absolutamente sua conduta, ainda que tenha sido em minha defesa. Garanti que ainda teria minha confiança, contato que contribuísse para o equilíbrio do grupo; Contanto que mantivesse distancia de Rhogar.
Antes de partir, me despedi de nossos anfitriões, agradecendo pela hospitalidade. O irmão de Faerir foi muito prestativo e ainda me cedeu munições para abastecer minha aljava. Assim que começamos a marcha, chamei Rhogar de lado para uma conversa. Disse que entendia a falha em sua harmonia no dia anterior. Entendia, mas não aprovava. Mas de qualquer forma, todos temos de lidar com nossas trevas ao buscar a Luz. Insisti para que ficasse com o grupo, pois ele, o Paladino, era nossa Luz. Era importante para nós. Ele não prometeu nada, apenas que iria levar em consideração o meu pedido e que, a principio, iria nos acompanhar até baía das rochas... E que manteria distancia de Adran, contanto que não fosse provocado.
Tomamos o mesmo caminho pelo qual viemos à Floresta. Nossa estrada seria desviada até as montanhas para evitar o território de Slakish, e de lá seguiríamos ruma a Leste, por sobre as montanhas ou por debaixo delas. Nossa marcha foi tranqüila até a fronteira norte da Floresta. Fizemos uma rápida pausa parada para conseguir algo para os grifos comerem. Gwaihir mostrou bastante desenvoltura ao caçar, conseguindo capturar sozinho algumas lebres. Evidentemente a Dama havia lhe dado um excelente treinamento em minha ausência.
O grupo estava sempre calado, e o clima pesado entre todos perdurava. Ora ou outra Adran
soltava comentário provocativos indiretos à Rhogar. Isso me incomodava tremendamente, mas não me manifestei. Subimos a inclinação íngreme e rochosa da face sul das montanhas e alcançamos um relevo mais suave. À medida que avançávamos ficava mais evidente que o inverno havia chegado. A diferença climática não pode ser sentida devido á umidade das matas, mas o frio rigoroso da montanha nos notificava com severidade. Eu pessoalmente me sinto mais a vontade em climas mais frescos, mas esses ventos não trazem conforto algum a mim. Más quem sofriam mais eram Darkamos e Rhogar, que vinham de regiões de clima muito quente. Eles tremiam e resmungavam involuntariamente, por mais que tentassem manter a postura. Passávamos por um descampado que circulava uma pequena colina quando nos deparamos com uma pequena alcatéia de lobos. Em quatro eram eles, e não pareciam dispostos a nos oferecer uma hospitalidade calorosa. Nos postamos em alerta e Pafúncio foi tentar se comunicar com eles, sem sucesso algum. O maior deles, que parecia ser o alfa, quase abocanhou seu braço. O Druida voltou frustrado e com mais medo que qualquer um de nós. Vendo a situação de todos, expostos ao vento que só se intensificava, soube o que tinha que ser feito.
Chamei a atenção de Pafúncio para a situação, e ressaltei a nossa necessidade por agasalho. Sendo um Druida, ele não iria gostar do que estava prestes a propor e provavelmente ele ficaria tão furioso quanto no incidente com os grifos, mas o convenci de que em momentos de necessidade, devemos recorrer á natureza; E na natureza, alguns indivíduos devem sobrepujar os outros em nome da sobrevivência. Ele assentiu. Faríamos o que fosse necessário para sobreviver.
Subi em Gwaihir e alcei vôo. Fora o nosso primeiro vôo juntos e estávamos em perfeita sintonia. Subi pouco, apenas até altura do topo da colina de onde estavam os lobos. Preparei meu arco e disparei uma flecha, acertando o flanco de um deles. Como esperava, eles avançaram sobre o grupo, que já estava preparado para o ataque. Pafúncio se transfigurou em um lobo gigante e atacou o alfa. Rhogar e Darkamos ficara apenas em postura defensiva e não atacaram. Darkamos e Faerir foram bem rápidos e derrubaram dois deles. Eu finalizei aquele que havia acertado com a flecha, pulando do grifo e caindo sobre suas costas, fincando minha Phunai em sua nuca. A vida o deixou instantaneamente. Fiz uma referencia á sua alma e todos já estavam derrotados. Dos quatro lobos, conseguimos duas peles, e fizemos casacos para os que mais precisavam: Darkamos e Rhogar. Não havia sol para curtir o couro, então raspamos da melhor forma o possível e isso deveria ter que servir até que conseguíssemos algo melhor.
Avançamos mais um pouco e encontramos uma reentrância na rocha, que se revelou uma passagem, provavelmente um túnel dos anões. Parecia melhor do que ficar fora, a mercê do frio e dos predadores noturnos. O túnel era retilíneo e impecavelmente escavado, estreito e rebaixado, à boa e velha maneira. Era certamente obra dos anões. Caminhamos por um longo tempo, com Adran explorando à frente, para o caso de algum inimigo ou armadilha. Paramos e dormimos enfileirados. Não muito tempo após retomar a marcha, Rhogar notou um espaço oco na parede. O seu costume de bater na rocha revelou-se uma vez mais muito útil. Era uma entrada escondia e exibia escritos quase que imperceptíveis. Era um aviso Anânico de um calabouço de gigantes. Achamos que valeria o risco de explorarmos e ingressamos nos caminhos escuros, que desciam levemente de nível.
Eram corredores inundados pela escuridão. Deixamos o Ladino de batedor à frente e fiquei na retaguarda, com Rhogar e com os animais. Os grifos demonstravam seu extremo desconforto por estar debaixo da terra. O Corurso também não parecia à vontade. Já Balizika estava literalmente em casa, afinal, este era o seu habitat natural. Seguimos o mais silenciosamente que podíamos; Alguns mais que outros. Logo Adran voltou a nós com a notícia de que quatro criaturas se encontravam à frente. Eu e Rhogar fomos averiguar, deixando os outros para trás. Eram Humanóides monstruosos e deformados. Três deles aparentavam estar feridos por cortes e queimaduras. E o maior, que estava atrás, era bem diferente; Era magro, com a pele esverdeada e apresentava feições maliciosas. Eu estava logo atrás do Paladino, com uma flecha de prontidão, mas Rhogar queira tentar dialogar com as bestas. Claramente não era o mais sensato a se fazer, más tudo bem. Os corredores estreitos não permitiram a passagem de mais de uma criatura do tamanho deles ao mesmo tempo e Rhogar ocupava toda a sua largura. Com isto, teríamos alguma vantagem em combate. O primeiro monstro falou com sua voz ronca, demonstrando uma capacidade de fala limitada, referindo-se a nós como "comida"! Não esperei muito por essa insanidade. Não eram criaturas hostis, indignas de argumentação. Pulei sobre os ombros de Rhogar, disparei minha primeira flecha e pulei de volta para a cobertura que a esquina do corredor fornecia. Os monstros atacavam sem muita destreza com Javelins e porretes. Os três primeiros caíram rapidamente. Pafúncio apareceu para dar algum suporte. O último foi derrubado por Rhogar, más logo levantou após se auto regenerar. O Druida explicou que era um Troll e Trolls se regeneram a menos que seja decapitados ou carbonizados... Que conveniente! Será que sempre que entrarmos em masmorras iremos nos deparar com criaturas que não morrem devidamente? Eu consegui derrubá-lo com uma seqüência de ataques e Pafúncio finalizou fazendo dele uma fogueira de chamas verdes e de cheiro repugnante.
Voltando ao grupo, haviam destrancado uma das portas após desarmar uma armadilha. Lá encontramos um baú, que destranquei com ajuda de Rhogar e inscrições na parede escritas por arranhões e imersa por agonia. Falava da morte de alguma mulher, provavelmente uma elfa pelo nome, que havia morrido ali, tendo ficado sem flechas. Atingimos uma outra porta. Adran notou ruídos do outro lado e então destrancou-a silenciosamente. Ao abri-la, todos tomamos um susto. Era um gigante que estava dormindo. Era descomunal e seu ronco reverberava pela sala deixava nossos animais inquietos. Adran saltou sobre a criatura com sua espada e perfurou sua perna. A besta acordou e levantou rapidamente. Era imenso e ocupava quase metade da sala. Possuía um aspecto grotesco e um de seus olhos era gigante e deformado. Parece que exercia algum efeito sobre que o encarasse. Vi Darkamos se contorcendo sob aquilo... Más o gigante não durou muito. Sendo atacado por todos freneticamente, caiu logo. Fez um estrondo espalhafatoso ao cair e creio que nossa presença foi anunciada a todas as criaturas que rastejavam por ali. Pelo que estava escrito na entrada do calabouço, mais desses cavalheiros gigantes se arrastavam por esses corredores... Melhor ficarmos alertas... Eu e Pafúncio tentamos acalmar aos grifos, mas depois deste encontro, até eu fiquei abalado. Não conseguirei descansar aqui! Eles estão vindo!
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 14 - 20 dezembro 2015 *(última sessão presencial antes do Mestre nos abandonar)
A princípio, meus medos se mostraram infundados... Nada invadiu a sala durante nosso curto descanso. Continuamos pela outra porta e logo nos deparamos com um fosso na quina do corredor, que ocupava toda a sua largura. Evidentemente uma armadilha para desavisados; Mas não era tão largo a ponto de impedir nossa passagem. Preparei um bom salto, me apoiei na parede e pisei em uma saliência da borda, que estava solta. Perdi o equilíbrio e caí. Por pouco não fui empalado. Consegui ricochetear nas bordas e abri um espacate, parando no meio de duas estalagmites de metal no momento certo. Com ajuda de Pafúncio subi de volta e atingi o outro lado. Nesse instante, Adran veio nos avisar que na próxima sala havia mais um gigante dormindo. Deveríamos ser silenciosos para pega-lo desprevenido. Quando olhei para trás, notei que apenas Rhogar, o Corurso e o Balizika ainda não haviam passado. Foi uma das cenas mais cômicas que presenciei. O Paladino tentava erguer o Corurso ás costas, para atravessar o fosso carregando-o. Hah! Hilariante! Corurso demonstrou toda sua indignação saltando o fosso sem dificuldade alguma. Quando Rhogar foi segui-lo, escorregou em pé e enfiou um dos espetos metálicos na coxa. Felizmente não foi tão grave quanto parecia e ele consegui sair de lá sem ajuda.
Já na sala, preparamos uma investida contra o gigante. Adran atacou primeiro, desferindo um golpe eficiente na besta. Logo estávamos atacando-o freneticamente. Certei minha Phunai no olho deformado da besta para impedi-lo de usar sua telepatia nociva. Corri até a cabeça da besta e forcei a Phunai fincada na cabeça gigantesca e rasguei até a têmpora. Quando fui recuar levei um chute poderoso e fui impulsionado de volta ao corredor. Faerir estava confiante demais. Correu para atacar diretamente a besta, sendo que ela já havia despertado. O gigante desceu o porrete gigante e acertou o ombro de Faerir. Já preparava um segundo golpe, mas foi interceptado por Rhogar. Enquanto o paladino nos dava cobertura, corri até onde estava Faerir, o agarrei e puxei até o corredor. Ele não resistiria a mais um golpe daqueles. Más não estava satisfeito; Foi só receber uma cura leve que já queria voltar ao combate. Tive que bloquear sua passagem com certa firmeza. O gigante caiu com uma bicada do Corurso, que rasgou seu peito como se fosse o peito de um galinha.
Continuamos e chegamos à outra sala. Os primeiro a entrar foram Rhogar e Darkamos. Ambos se depararam com mais uma armadilha inusitada: Uma runa de encantamento. Não foi muito efetiva, tendo em vista que ambos se resistiram aos seus efeitos sem esforço. Na parede da sala uma inscrições estranhas jaziam. Disseram que era uma variação de Goblin, e que dizia algo com "Siga à direita". À direita havia uma porta fechada por uma grade levadiça. Com ajuda de Rhogar levantei a grade, mas antes que pudesse pensar, uma grande pedra despencou sobre nós. O Paladino conseguiu se evadir, más eu fui muito lento; A pedra acertou minha perna, causando um dano considerável. Novamente seguimos os corredores, mas não encontramos mais caminhos; devemos ter passado por alguma entrada despercebidos. Logo encontramos a passagem.
A passagem dava para uma outra cela, e dessa vez não encontramos gigantes, más Bugbears! Agora as inscrições Goblins fizeram sentido! Eram quatro e foram surpreendidos. Caíram facilmente, sem muita chance de reagir.
Ao fim do combate, investigamos a sala em busca de passagens e portas ocultas. Encontramos uma fenda na parede que revelou uma passagem secreta. Enquanto abríamos caminho na rocha, Faerir estava investigando a porta do outro lado da sala. Seguia com Albuquerque e averiguava o corredor que seguia. Estava me aproximando da porta quando ouvi um barulho metálico, como se algum mecanismo estivesse sendo ativado. Da porta vem Albuquerque, histérico e grasnando desesperadamente. Minha mente foi submersa em desespero e então todos corremos para onde estava Faerir. Fiquei catatônico ao chegar no corredor e encontrar meu amigo empalado por uma foice gigante presa no teto; Sua expressão expressando agonia e o sangue jorrando de seu peito. O nobre Bardo, o alegre e inventivo Faerir havia sido vítima de uma das armadilhas do calabouço. Não havia chances de sobreviver àquilo; Eram armadilhas projetadas para parar gigantes! Estávamos todos em choque! Tombara por um artifício ardiloso que nem ao menos estava destinado a ele. Eu quis tira-lo de lá e levá-lo para algum lugar, alguma vila, para os elfos... Entrei em colapso nervoso, mas não havia nada a fazer. Mas foi quando notei que Pafúncio retirava um anel do dedo de Faerir. O Anel! Faerir ainda estava conosco, pois sua alma havia sido armazenada no Anel Mágico. Pafúncio seria capaz de se comunicar mentalmente com Faerir.
De qualquer forma deveríamos levá-lo de volta para Patapatani. Saímos do calabouço as
pressas, nem nos preocupamos em selar a entrada. Percorremos o longo corredor dos anões e assim que chegamos à superfície montei em Gwaihir e parti em direção de Patapatani para buscar ajuda. Albuquerque nos seguiu como pode. Como ficou afetado ao presenciar a morte do mestre. Faerir tinha sido a figura mais fraternal que o grifo já tivera.
Eu estava muito cansado, e ainda atordoado por sair bruscamente do subsolo. Imagino que os grifos também, mas parecia que compreendiam a urgência da situação. Descansamos poucas horas na copa de uma árvore e logo retomamos o vôo. Cheguei na casa da família de Faerir depois de quase dois dias. Fui imediatamente falar com a mãe de meu amigo. Ela estranhou minha presença, más nenhuma palavra precisou de dita. Provavelmente pelo meu aspecto consternado, ela compreendeu as notícias obscuras que eu trazia. Pediu que me retirasse, e fui correndo até a presença de Ratholdir, o bravo irmão de Faerir. Encontrei-o treinando. Sua reação foi explosiva quando relatei o acontecido. Ele me agarrou e inquiriu ferozmente a respeito de quem ele deveria matar para vingar a morte de seu irmão, mas não havia como se vingar de uma fatalidade. Mandei que levassem os grifos para a Dama dos Animais e montei em um pônei para levar os elfos em cavalgada ao encontro do meu grupo, que trazia o corpo já em início de decomposição. Já estavam na floresta quando os encontramos, e a cena de quando Ratholdir viu o corpo de Faerir acabou com todas as resistências emocionais que eu ainda conservava. E eu pranteei.
Uma pira já aguardava pronta, da maneira que apenas os elfos fazem. Faerir Recebera todas as honras de um verdadeiro elfo, e fora velado sob as honras e cores de sua família. Em chamas crepitantes, seu corpo fora desfeito juntamente com seu alaúde, com sua alcarina e com suas armas. Por um momento que pegar uma das cravelhas do alaúde como lembrança, mas então pensei que o bardo não gostaria que eu profanasse seu amado instrumento. Todos prestamos reverencias, cada um às próprias maneiras. O Grifo Albuquerque estava inconsolável, como uma criança órfã. Foi decidido que ele ficaria aqui, em Patapatani até que crescesse e então escolheria o próprio rumo. Em um relance do fogo pude ver por um instante suas feições alegres e destemidas. Sua presença será sentida para sempre. Afinal, ele havia escolhido permanecer conosco, em pensamento e em um certo Anel Mágico.
Fomos hospedados uma novamente na casa da família de nosso amigo. Nos receberam tão cordialmente quanto antes e nos prometeram que sempre seriamos bem vindos entre eles. Nosso destino, Baia das Rochas, era onde buscaríamos o pai de Faerir, más agora não sabíamos para onde seguir. Foi então que nos fora entregue uma carta de Udun que havia chegado no dia anterior. Udun dizia que estava na tal biblioteca que fora buscar e que estava preso por Yuan-ti's. Alguns servidores de Slakish haviam montado um pequeno cerco no local – uma grande árvore ao sudeste. Fomos de imediato ao auxilio de nosso amigo. Chegamos ao local e á distancia enxergamos diversos inimigos. Nos aproximamos furtivamente e logo pude localizar uma janela bem alta. Subi em Gwaihir e fui até La. Entrei e encontrei Udun com mais cinco elfos. Ele pareceu satisfeito em me ver; ainda mais em dadas circunstâncias. Contei rapidamente o ocorrido com Faerir e a maioria dos eventos dos últimos três meses. Ele estava com meu corvo, afinal! Pelo menos isso... Parecia que não poderíamos perder mais tempo. Os pobres elfos que estavam lá iriam ter que esperar por um próximo resgate. Gwaihir levou a mim e Udun para fora, com certo esforço, mas conseguimos nos juntar ao grupo que nos aguardava fora da visão das bestas inimigas. Sem mais, retornamos o mais rápido o possível á Patapatani. No caminho conversamos mais. Disse a Udun que precisava de sua ajuda para contactar meu mestre no plano astral. Mencionei lendas a repeito do Poço de Jade e perguntei como faríamos para acessar algum portal. Ele me disse que eu poderia acessar o plano astral pelo mesmo portal que ele usaria para acessar o mestre dele. Então deveríamos obter a última chave de três; Uma nós recuperamos três meses atrás, em nosso primeiro calabouço. Ele havia recuperado a segunda sozinho. A última ainda estava perdida. Neste momento, veio-me à mente o item que havíamos recuperado para rainha. Talvez aquele artefato fosse a última chave. Resolvemos que deveríamos solicitar à Rainha tal objeto.
Em Patapatani fomos diretamente ter com a Rainha. Entramos eu, Rhogar e Pafúncio. Udun se recusava a entrar, então Darkamos, Adran e os animais ficaram com ele na entrada do palácio. Fomos recebidos sem demora e a Rainha nos recebeu com melhor humor. Primeiramente, alertamos a rainha de que seu território fora invadido e que cinco elfos estavam sob cerco inimigo. Ela não pareceu muito alarmada e deu pouca importância ao aviso, mas disse que enviaria alguns soldados para cuidar disso. Quando toquei no assunto do artefato-chave, ela ficou alterada. Revelou que era uma de três chave, confirmando sem querer que era o item que buscávamos! Disse que tinha aquele objeto para impedir o acesso indevido aos portais. Como tomei frente à conversa, propus à Rainha que poderíamos conseguir os outros dois artefatos se ele nos cedesse o artefato. Não disse que tínhamos as duas últimas chave, más a Rainha é uma elfa perspicaz. Ordenou aos guardas que trouxessem nossos amigos à sua presença, e quando pousou seu olhar sobre Udun, exibiu toda sua costumeira ira. Mandou prende-lo e nos expulsou do recinto. Novamente, meus companheiros me atribuíam a culpa pelo acontecido... Esses ingratos... Se não sou eu, ninguém se comunica nesse mundo.
No dia seguinte, tivemos permissão de acessar Udun. Ele estava numa cela especial que prevenia a emissão de qualquer som. Tivemos que nos comunicar por sinais e mímicas. Rhogar sugeriu que fizéssemos algo para ganhar o favor da Rainha, convencendo-a a libertar
dun. Rhogar disse que poderíamos ir à capital Anã requisitar reforços contra Slakish. Obtivemos ajuda do conselheiro da Rainha, que nos disse que havia um portal que levava diretamente à Norlode. Essa infeliz... Deveria ter nos avisado a respeito do portal. A Rainha concordou em nos permitir o uso do portal, e disse que ficaria satisfeita se conseguíssemos ajuda dos Anões e de mais alguns Dragonborns que Rhogar havia prometido. De fato, ela ficaria satisfeita, más não prometeu nem mencionou libertar Udun... Não sei... Não confio nela.
Pois bem, logo naquele momento acessamos o portal e chegamos a Norlode. Parece que chegávamos em horário inoportuno, pois o guardião do portal nos recebeu de maneira pouco calorosa. A cidade era tão impressionante quanto Marcral. Via-se muitas construções nas paredes da caverna e por uma grande abertura no teto, a neve caia, formando uma linda paisagem; O contraste entre rocha e gelo. Rhogar, que já conhecia a cidade, tendo vindo em missões diplomáticas, nos conduziu até uma taverna. Ele levou a mim e Darkamos até uma local onde poderíamos deixar nossos animais. A cuidadora pareceu pouco feliz ao ver uma Grifo, um Basilisco e um Corurso entrando. Eles foram levados a um local isolado dos outros animais, para evitar quaisquer confusões. Seria complicado ter um bando de anões raivosos nos acordando porque nossos animais haviam comido todas as cabras... Fomos para a estalagem enquanto Rhogar tentava marcar uma audiência com as autoridades locais. Dentro de alguns dias poderíamos ter com o rei, e com outra figura de grande importância. Estava exausto, embora tenha dormido um pouco nos dias anteriores, meu peito ainda pesava com a dor da perda de um amigo. Adormeci, contudo, serenamente, ao som de uma velha cação, vinda do alaúde de um bardo honrado e destemido, e que só poderia ser tocada por minhas lembranças.
A princípio, meus medos se mostraram infundados... Nada invadiu a sala durante nosso curto descanso. Continuamos pela outra porta e logo nos deparamos com um fosso na quina do corredor, que ocupava toda a sua largura. Evidentemente uma armadilha para desavisados; Mas não era tão largo a ponto de impedir nossa passagem. Preparei um bom salto, me apoiei na parede e pisei em uma saliência da borda, que estava solta. Perdi o equilíbrio e caí. Por pouco não fui empalado. Consegui ricochetear nas bordas e abri um espacate, parando no meio de duas estalagmites de metal no momento certo. Com ajuda de Pafúncio subi de volta e atingi o outro lado. Nesse instante, Adran veio nos avisar que na próxima sala havia mais um gigante dormindo. Deveríamos ser silenciosos para pega-lo desprevenido. Quando olhei para trás, notei que apenas Rhogar, o Corurso e o Balizika ainda não haviam passado. Foi uma das cenas mais cômicas que presenciei. O Paladino tentava erguer o Corurso ás costas, para atravessar o fosso carregando-o. Hah! Hilariante! Corurso demonstrou toda sua indignação saltando o fosso sem dificuldade alguma. Quando Rhogar foi segui-lo, escorregou em pé e enfiou um dos espetos metálicos na coxa. Felizmente não foi tão grave quanto parecia e ele consegui sair de lá sem ajuda.
Já na sala, preparamos uma investida contra o gigante. Adran atacou primeiro, desferindo um golpe eficiente na besta. Logo estávamos atacando-o freneticamente. Certei minha Phunai no olho deformado da besta para impedi-lo de usar sua telepatia nociva. Corri até a cabeça da besta e forcei a Phunai fincada na cabeça gigantesca e rasguei até a têmpora. Quando fui recuar levei um chute poderoso e fui impulsionado de volta ao corredor. Faerir estava confiante demais. Correu para atacar diretamente a besta, sendo que ela já havia despertado. O gigante desceu o porrete gigante e acertou o ombro de Faerir. Já preparava um segundo golpe, mas foi interceptado por Rhogar. Enquanto o paladino nos dava cobertura, corri até onde estava Faerir, o agarrei e puxei até o corredor. Ele não resistiria a mais um golpe daqueles. Más não estava satisfeito; Foi só receber uma cura leve que já queria voltar ao combate. Tive que bloquear sua passagem com certa firmeza. O gigante caiu com uma bicada do Corurso, que rasgou seu peito como se fosse o peito de um galinha.
Continuamos e chegamos à outra sala. Os primeiro a entrar foram Rhogar e Darkamos. Ambos se depararam com mais uma armadilha inusitada: Uma runa de encantamento. Não foi muito efetiva, tendo em vista que ambos se resistiram aos seus efeitos sem esforço. Na parede da sala uma inscrições estranhas jaziam. Disseram que era uma variação de Goblin, e que dizia algo com "Siga à direita". À direita havia uma porta fechada por uma grade levadiça. Com ajuda de Rhogar levantei a grade, mas antes que pudesse pensar, uma grande pedra despencou sobre nós. O Paladino conseguiu se evadir, más eu fui muito lento; A pedra acertou minha perna, causando um dano considerável. Novamente seguimos os corredores, mas não encontramos mais caminhos; devemos ter passado por alguma entrada despercebidos. Logo encontramos a passagem.
A passagem dava para uma outra cela, e dessa vez não encontramos gigantes, más Bugbears! Agora as inscrições Goblins fizeram sentido! Eram quatro e foram surpreendidos. Caíram facilmente, sem muita chance de reagir.
Ao fim do combate, investigamos a sala em busca de passagens e portas ocultas. Encontramos uma fenda na parede que revelou uma passagem secreta. Enquanto abríamos caminho na rocha, Faerir estava investigando a porta do outro lado da sala. Seguia com Albuquerque e averiguava o corredor que seguia. Estava me aproximando da porta quando ouvi um barulho metálico, como se algum mecanismo estivesse sendo ativado. Da porta vem Albuquerque, histérico e grasnando desesperadamente. Minha mente foi submersa em desespero e então todos corremos para onde estava Faerir. Fiquei catatônico ao chegar no corredor e encontrar meu amigo empalado por uma foice gigante presa no teto; Sua expressão expressando agonia e o sangue jorrando de seu peito. O nobre Bardo, o alegre e inventivo Faerir havia sido vítima de uma das armadilhas do calabouço. Não havia chances de sobreviver àquilo; Eram armadilhas projetadas para parar gigantes! Estávamos todos em choque! Tombara por um artifício ardiloso que nem ao menos estava destinado a ele. Eu quis tira-lo de lá e levá-lo para algum lugar, alguma vila, para os elfos... Entrei em colapso nervoso, mas não havia nada a fazer. Mas foi quando notei que Pafúncio retirava um anel do dedo de Faerir. O Anel! Faerir ainda estava conosco, pois sua alma havia sido armazenada no Anel Mágico. Pafúncio seria capaz de se comunicar mentalmente com Faerir.
De qualquer forma deveríamos levá-lo de volta para Patapatani. Saímos do calabouço as
pressas, nem nos preocupamos em selar a entrada. Percorremos o longo corredor dos anões e assim que chegamos à superfície montei em Gwaihir e parti em direção de Patapatani para buscar ajuda. Albuquerque nos seguiu como pode. Como ficou afetado ao presenciar a morte do mestre. Faerir tinha sido a figura mais fraternal que o grifo já tivera.
Eu estava muito cansado, e ainda atordoado por sair bruscamente do subsolo. Imagino que os grifos também, mas parecia que compreendiam a urgência da situação. Descansamos poucas horas na copa de uma árvore e logo retomamos o vôo. Cheguei na casa da família de Faerir depois de quase dois dias. Fui imediatamente falar com a mãe de meu amigo. Ela estranhou minha presença, más nenhuma palavra precisou de dita. Provavelmente pelo meu aspecto consternado, ela compreendeu as notícias obscuras que eu trazia. Pediu que me retirasse, e fui correndo até a presença de Ratholdir, o bravo irmão de Faerir. Encontrei-o treinando. Sua reação foi explosiva quando relatei o acontecido. Ele me agarrou e inquiriu ferozmente a respeito de quem ele deveria matar para vingar a morte de seu irmão, mas não havia como se vingar de uma fatalidade. Mandei que levassem os grifos para a Dama dos Animais e montei em um pônei para levar os elfos em cavalgada ao encontro do meu grupo, que trazia o corpo já em início de decomposição. Já estavam na floresta quando os encontramos, e a cena de quando Ratholdir viu o corpo de Faerir acabou com todas as resistências emocionais que eu ainda conservava. E eu pranteei.
Uma pira já aguardava pronta, da maneira que apenas os elfos fazem. Faerir Recebera todas as honras de um verdadeiro elfo, e fora velado sob as honras e cores de sua família. Em chamas crepitantes, seu corpo fora desfeito juntamente com seu alaúde, com sua alcarina e com suas armas. Por um momento que pegar uma das cravelhas do alaúde como lembrança, mas então pensei que o bardo não gostaria que eu profanasse seu amado instrumento. Todos prestamos reverencias, cada um às próprias maneiras. O Grifo Albuquerque estava inconsolável, como uma criança órfã. Foi decidido que ele ficaria aqui, em Patapatani até que crescesse e então escolheria o próprio rumo. Em um relance do fogo pude ver por um instante suas feições alegres e destemidas. Sua presença será sentida para sempre. Afinal, ele havia escolhido permanecer conosco, em pensamento e em um certo Anel Mágico.
Fomos hospedados uma novamente na casa da família de nosso amigo. Nos receberam tão cordialmente quanto antes e nos prometeram que sempre seriamos bem vindos entre eles. Nosso destino, Baia das Rochas, era onde buscaríamos o pai de Faerir, más agora não sabíamos para onde seguir. Foi então que nos fora entregue uma carta de Udun que havia chegado no dia anterior. Udun dizia que estava na tal biblioteca que fora buscar e que estava preso por Yuan-ti's. Alguns servidores de Slakish haviam montado um pequeno cerco no local – uma grande árvore ao sudeste. Fomos de imediato ao auxilio de nosso amigo. Chegamos ao local e á distancia enxergamos diversos inimigos. Nos aproximamos furtivamente e logo pude localizar uma janela bem alta. Subi em Gwaihir e fui até La. Entrei e encontrei Udun com mais cinco elfos. Ele pareceu satisfeito em me ver; ainda mais em dadas circunstâncias. Contei rapidamente o ocorrido com Faerir e a maioria dos eventos dos últimos três meses. Ele estava com meu corvo, afinal! Pelo menos isso... Parecia que não poderíamos perder mais tempo. Os pobres elfos que estavam lá iriam ter que esperar por um próximo resgate. Gwaihir levou a mim e Udun para fora, com certo esforço, mas conseguimos nos juntar ao grupo que nos aguardava fora da visão das bestas inimigas. Sem mais, retornamos o mais rápido o possível á Patapatani. No caminho conversamos mais. Disse a Udun que precisava de sua ajuda para contactar meu mestre no plano astral. Mencionei lendas a repeito do Poço de Jade e perguntei como faríamos para acessar algum portal. Ele me disse que eu poderia acessar o plano astral pelo mesmo portal que ele usaria para acessar o mestre dele. Então deveríamos obter a última chave de três; Uma nós recuperamos três meses atrás, em nosso primeiro calabouço. Ele havia recuperado a segunda sozinho. A última ainda estava perdida. Neste momento, veio-me à mente o item que havíamos recuperado para rainha. Talvez aquele artefato fosse a última chave. Resolvemos que deveríamos solicitar à Rainha tal objeto.
Em Patapatani fomos diretamente ter com a Rainha. Entramos eu, Rhogar e Pafúncio. Udun se recusava a entrar, então Darkamos, Adran e os animais ficaram com ele na entrada do palácio. Fomos recebidos sem demora e a Rainha nos recebeu com melhor humor. Primeiramente, alertamos a rainha de que seu território fora invadido e que cinco elfos estavam sob cerco inimigo. Ela não pareceu muito alarmada e deu pouca importância ao aviso, mas disse que enviaria alguns soldados para cuidar disso. Quando toquei no assunto do artefato-chave, ela ficou alterada. Revelou que era uma de três chave, confirmando sem querer que era o item que buscávamos! Disse que tinha aquele objeto para impedir o acesso indevido aos portais. Como tomei frente à conversa, propus à Rainha que poderíamos conseguir os outros dois artefatos se ele nos cedesse o artefato. Não disse que tínhamos as duas últimas chave, más a Rainha é uma elfa perspicaz. Ordenou aos guardas que trouxessem nossos amigos à sua presença, e quando pousou seu olhar sobre Udun, exibiu toda sua costumeira ira. Mandou prende-lo e nos expulsou do recinto. Novamente, meus companheiros me atribuíam a culpa pelo acontecido... Esses ingratos... Se não sou eu, ninguém se comunica nesse mundo.
No dia seguinte, tivemos permissão de acessar Udun. Ele estava numa cela especial que prevenia a emissão de qualquer som. Tivemos que nos comunicar por sinais e mímicas. Rhogar sugeriu que fizéssemos algo para ganhar o favor da Rainha, convencendo-a a libertar
dun. Rhogar disse que poderíamos ir à capital Anã requisitar reforços contra Slakish. Obtivemos ajuda do conselheiro da Rainha, que nos disse que havia um portal que levava diretamente à Norlode. Essa infeliz... Deveria ter nos avisado a respeito do portal. A Rainha concordou em nos permitir o uso do portal, e disse que ficaria satisfeita se conseguíssemos ajuda dos Anões e de mais alguns Dragonborns que Rhogar havia prometido. De fato, ela ficaria satisfeita, más não prometeu nem mencionou libertar Udun... Não sei... Não confio nela.
Pois bem, logo naquele momento acessamos o portal e chegamos a Norlode. Parece que chegávamos em horário inoportuno, pois o guardião do portal nos recebeu de maneira pouco calorosa. A cidade era tão impressionante quanto Marcral. Via-se muitas construções nas paredes da caverna e por uma grande abertura no teto, a neve caia, formando uma linda paisagem; O contraste entre rocha e gelo. Rhogar, que já conhecia a cidade, tendo vindo em missões diplomáticas, nos conduziu até uma taverna. Ele levou a mim e Darkamos até uma local onde poderíamos deixar nossos animais. A cuidadora pareceu pouco feliz ao ver uma Grifo, um Basilisco e um Corurso entrando. Eles foram levados a um local isolado dos outros animais, para evitar quaisquer confusões. Seria complicado ter um bando de anões raivosos nos acordando porque nossos animais haviam comido todas as cabras... Fomos para a estalagem enquanto Rhogar tentava marcar uma audiência com as autoridades locais. Dentro de alguns dias poderíamos ter com o rei, e com outra figura de grande importância. Estava exausto, embora tenha dormido um pouco nos dias anteriores, meu peito ainda pesava com a dor da perda de um amigo. Adormeci, contudo, serenamente, ao som de uma velha cação, vinda do alaúde de um bardo honrado e destemido, e que só poderia ser tocada por minhas lembranças.
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Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 15 - 27 e 30 dezembro 2015 *1ª online; solo
Acordei cedo e encontrei todos no andar térreo tomando café. Saímos juntos da taverna para dar uma circulada de reconhecimento pela cidade; Nossa audiência demoraria alguns dias e precisávamos ocupar nosso tempo. Rhogar precisava visitar um ferreiro para encomendar uma armadura de Mithril e eu gostaria de saber o que havia acima daquela abertura no teto da montanha – pensava em ir depois, com Gwaihir. Mal passamos pela porta, vimos a Armícia, a anã cuidadora de animais correndo em nossa direção e gritando por ajuda. Pude perceber ira e desespero em seus olhos. Nossos animais estavam causando alguma confusão! Corremos até os estábulos e quando entramos, as cabras faziam um estardalhaço infernal, berrando e se debatendo nas cocheiras. Nossos animais estavam isolados nos fundos, em um cercado mais alto. Abrimos a porteira e encontramos Balizika e uma estátua de pedra em forma de um Corurso! Corurso! Oh, aquilo me perturbou intensamente! O basilisco havia transformado o Corurso em pedra e já estava mastigando seu corpo. Rhogar deve ter ficado possesso. Creio que ele teria matado o basilisco sem pensar se Darkamos não o tivesse afastado. Não enxergava Gwaihir e, pelo nervosismo, temi pelo pior. Mas logo pude ouvir seu grasnado vindo do alto. Ele deve ter se assustado e saiu voando para uma das vigas do telhado. Chamei-o e fui para fora com ele; Os outros que resolvessem o problema agora. Gwaihir tremia de nervoso e precisava mais da minha atenção.
Esperei pelos outros lá fora, enquanto sentei ao lado de meu amigo. Aos poucos ele foi retomando a sua serenidade e juntos meditamos por alguns momentos. Os outros saíram e não sei dizer quem estava mais afetado pelo ocorrido – se era Rhogar, pela morte de seu amigo, ou Darkamos, que tomava para si a responsabilidade do ocorrido. Pafúncio dizia que o basilisco seguia seu instinto primordial. Via Darkamos como seu mestre, mas apenas se continha em relação aos outros do grupo em sua presença. Iria sempre representar uma ameaça a todos nós. Eu não atribui nenhuma culpa ao meu amigo Tievling. Naturalmente a decisão do que fazer cabia a ele, mas deveria ser decidido rápido.
Por enquanto, ele iria até os arredores da cidade com Balizika, para evitar algum incidente envolvendo os locais, que já haviam sido alertados a respeito do ocorrido; ficaria lá até resolver. Combinamos que nos encontraríamos à noite na taverna. Rhogar foi até um ferreiro próximo para se informar à respeito da armadura que queria e lhe disseram que apenas um anão trabalhava com Mithril, o Alto Clérigo Thormir, e ele poderia ser encontrado no Palácio. Fomos até o local e assistimos a negociação. O valor do serviço seria bem alto e nosso Paladino não dispunha do dinheiro suficiente, então eu e Pafúncio lhe ajudamos com um empréstimo. Não me faria falta aquele dinheiro. Além do preço, ficaria a cargo do interessado minerar o Mithril, dispondo da ajuda de apenas um guia minerador. Marcamos para a manhã seguinte. Voltando à taverna no final da manhã, o taberneiro nos repassou um aviso vindo do palácio: Nossa audiência seria concedida hoje mesmo.
Logo antes do horário do almoço rumamos ao palácio e fomos recebidos cordialmente e encaminhados até uma pequena sala de espera, onde nos serviram comida, cerveja e água em quantidade farta. Após algum tempo fomos levados à presença do Rei Thangorodrim. Fomos apresentados a um anão realmente altivo e majestoso, com uma armadura gigante repleta de adornos, com um olhar penetrante e austero. Fizemos as devidas reverências e reparamos em um anão bem idoso, de olhos e cabelos acinzentados. Era Grim, o conselheiro real. Reportamos a situação da floresta de Patapatani e repassamos os pedidos de reforços da Rainha Anafilin. Ao final, o Rei prometeu ponderar a respeito e nos convocaria em breve. Ergueu-se do trono e retirou-se.
Quando nos virávamos para partir, Grim nos chamou e levou-nos até uma câmara. Adran já avia voltado para a taverna e não soubemos nada de Darkamos, então estávamos eu, Pafúncio e Rhogar conversando com o Anão Ancião. – e Gwaihir me acompanhava. Ele nos disse ter interesse em tudo que se refere aos planos existenciais. Contei a respeito da minha busca pelo plano Astral, para contactar meu mestre. Ele nos disse a respeito de dois estudantes do assunto que estavam na torre de estudos da cidade: Orion e Arken Fionnghuala. Rhogar perguntou também a respeito de alguém que pudesse lhe ajudar a acessar Corurso. Acho que ele gostaria de se despedir, talvez. Coitado de meu amigo; Só agora reparei em como o seu semblante estava triste. Ele foi enviado a Frór, o Arquimago de Norlode. Enquanto isso, fui com Pafúncio em busca dos dois indivíduos. Chegamos primeiro a Orion. Era um rapaz humano grande e forte, que estava concentrado em seus papéis de estudo. Quando me aproximei e falei sobre os planos, ele ficou exasperado. Me perguntou se já estive em algum deles e se poderia levá-lo lá. Eu lhe disse que precisava de ajuda para acessar o plano Astral. Se estivesse interessado, disse que poderia apresentar-lhe um amigo que poderia ajudar em suas buscas pelos planos. Disse onde estávamos hospedados e partimos. Fomos agora atrás de Arken, uma humana, segundo Grim. Ela estava no topo da torre, em uma sala de arquivos, rodeada de pilhas de pergaminhos. Quando entramos na sala, ela se virou, revelando uma beleza incrivelmente exuberante. Confesso que fiquei entorpecido pelo seu olhar. Demorei um pouco para falar e notei seu olhar sério. Disse que éramos a fazíamos parte de um grupo de aventureiros e que buscávamos acesso ao Plano Astral. Ela pareceu muito austera e não ousei fugir à postura séria. No meio da conversa ela olho para Pafúncio e por um momento pensei que estivesse nervosa com algo que dissemos, mas ela falou com alguém que não víamos. De traz do Gnomo surgiu uma pequena fada, voando graciosamente, emanando uma luminescência suave e rindo graciosamente. Ela estava com a bolsa de moedas de Pafúncio e ria sarcasticamente. Pinkz era seu nome. Era o familiar de Arken. Percebi uma intensa emanação de ambas; O que me impressionou foi que a emanação era muito similar, o que indicava um elo de ligação entre as duas entidades. Após explanar nossas intenções, a convidamos a juntar-se a nós. Estaríamos aguardando na Taberna Bota Furada.
Esperamos Rhogar na saída do Palácio e ele voltou um tanto decepcionado. Ele não havia alcançado muito êxito com o ritual que tentara, mas tentaria novamente no dia seguinte. Eu disse para que fossem na frente, eu iria dar um passeio com Gwaihir antes de voltar. Montei e fui em direção ao teto da montanha. A neve despencava pela entrada acima. E avançávamos cada vez mais alto. Eu estava desagasalhado e meu corpo cedia ao vento e ao frio, mas o grifo seguia firme, sem demonstrar incômodo algum. Quando saímos pela gigantesca reentrância, pude distinguir o relevo das montanhas, que se estendia a oeste e ao sul, até onde a vista não alcançava. Norlode ficava, de fato, na esquina das Grandes Montanhas. Deleitei-me com a vasta floresta que se estendia ao horizonte, ao sudoeste. Mas a visão que me marcou para sempre foi o que presenciei olhando ao leste: um mar límpido e pleno, que ocupava toda a área ao fim das Montanhas, e no horizonte, um esplendoroso pôr-do-sol, criando um vórtice de cores e luzes; No exato momento em que o sol se apagava, Gwaihir mergulhou. Eu estava congelando, mas não notei, de tão maravilhado que fiquei com a experiência. Estava passando mau, Gwaihir percebeu. Adentrando a imensa caverna que é Norlode pude sentir a diferença na temperatura. Fazendo uma graça, Gwaihir esperou estar a alguns metros do chão para desembicar e pousar em uma rua deserta, chamando a atenção de diversos olhos curiosos. Fui até onde havíamos deixado Darkamos, más não o encontrei. Perguntei a um guarda e ele me informou que vira um Tieviling ingressando a cidade há poucas horas. Deveria estar na Taverna.
Entrando na Taverna, não avistei Darkamos, mas fiquei feliz ao ver que Arken estava no bar. Pafúncio estava com ela e Rhogar bebia, meio afastado. Fui até eles cumprimentei Arken e sua fada, feliz por terem aceitado a proposta de juntar-se a nós. Disse-lhes que amanhã mesmo iríamos ingressar nas cavernas em busca de minérios e que sua presença seria mais que bem linda. A mulher tinha uma atitude reservada e seca, ao contrario de Pinks, que era brincalhona e extrovertida. Eu estava cansado, e me retirei. Sem que ninguém percebesse, instrui Gwaihir a dormir sobre o telhado da estalagem. De manhã, comemos rapidamente e partimos, vi que Adran estava conosco, más novamente senti falta de Darkamos. Comecei a ficar preocupado. No caminho, passamos em um artesão que trabalhava com peles. Compramos alguns casacos e mantos para suportar as más condições que encontraríamos nos túneis. Encontramos com o minerador guia na entrada dos túneis. Deixei Gwaihir esperando do lado de fora; Esses buracos não são ideais para um Grifo.
Andamos por um tempo e logo começamos a perceber grandes veios na caverna. O minério se dispunha em desenhos bonitos, em tons claros de azul. Ficaria à nosso cargo a extração, então eu e Rhogar pegamos picaretas para ajudar o minerador. Era um trabalho árduo, mas pouco a pouco íamos reunindo grandes pepitas de Mithril. Repentinamente, começamos a sentir um tremor perturbador. O solo e as paredes soltavam pedras e poeira. O mineiro largou a picareta e saiu correndo. Um sumidouro se formou no chão, e dele brotou uma besta gigante: Um Verme Púrpura! Uma minhoca com uma carapaça grossa e com presas gigantes. Pafúncio pôde dizer que era um filhote, mas já representava perigo suficiente. Nos colocamos em combate. O verme cobria uma área grande de ataque, então eu e Pafúncio ficamos mais distante. O druida proferiu um feitiço e invocou do nada dois grandes ursos, que ajudaram a conter o movimento da besta. Adran subiu o grande corpo do verme, enquanto Rhogar avançava com sua espada. Arken lançou alguns encantos que atrasaram , mas não conteram os ataques bestiais. Em um rápido movimento, a besta engoliu Rhogar. Ficamos desesperados e eu não consegui ajudar muito – não com minhas flechas. O Paladino tentava se desvencilhar. Pude ver quando ele abriu uma fenda no ventre do verme. A luz de sua armadura escapava por lá. Provavelmente estava fazendo um bom efeito, pois não demorou até que ele fosse regurgitado. As luzes que Pafúncio costuma evocar surgiram uma vez mais e depois disso não demorou até que a besta estivesse morta. Aquele corpo púrpura fez um estrondo imenso ao tombar, e nos trouxe o receio de que a mamãe verme viesse tomar satisfações a qualquer momento. Acabamos de extrair às pressas, recolhemos o minério e voltamos correndo à cidade.
Na saída do túnel encontramos Gwaihir e Infeliz minerador, que parecia incrédulo em nos ver. Não acreditava que tínhamos matado uma daquelas bestas. Rhogar foi entregar o minério a Thormir e aproveitou para passar os moldes e medidas que desejava. Iria se encontrar com Frór para tentar novamente o ritual. Provavelmente ficaríamos mais alguns dias esperando pelo chamado do Rei e pela finalização da Armadura de Rhogar. Rhogar também foi notificado que sua audiência secreta seria concedida hoje. Esperamos pelo fim do ritual e quando Rhogar voltou, estava visivelmente feliz. Nem tivemos que perguntar. Atrás dele, vinha o Corurso! Sim, ele havia realizado a invocação, trazendo-o do plano Feérico e criando uma ligação espiritual entre os dois. Algo de Paladino que não pude compreender. Mas fiquei feliz também! Parece que Rhogar e Corurso estariam para sempre ligados!
(continua)
Acordei cedo e encontrei todos no andar térreo tomando café. Saímos juntos da taverna para dar uma circulada de reconhecimento pela cidade; Nossa audiência demoraria alguns dias e precisávamos ocupar nosso tempo. Rhogar precisava visitar um ferreiro para encomendar uma armadura de Mithril e eu gostaria de saber o que havia acima daquela abertura no teto da montanha – pensava em ir depois, com Gwaihir. Mal passamos pela porta, vimos a Armícia, a anã cuidadora de animais correndo em nossa direção e gritando por ajuda. Pude perceber ira e desespero em seus olhos. Nossos animais estavam causando alguma confusão! Corremos até os estábulos e quando entramos, as cabras faziam um estardalhaço infernal, berrando e se debatendo nas cocheiras. Nossos animais estavam isolados nos fundos, em um cercado mais alto. Abrimos a porteira e encontramos Balizika e uma estátua de pedra em forma de um Corurso! Corurso! Oh, aquilo me perturbou intensamente! O basilisco havia transformado o Corurso em pedra e já estava mastigando seu corpo. Rhogar deve ter ficado possesso. Creio que ele teria matado o basilisco sem pensar se Darkamos não o tivesse afastado. Não enxergava Gwaihir e, pelo nervosismo, temi pelo pior. Mas logo pude ouvir seu grasnado vindo do alto. Ele deve ter se assustado e saiu voando para uma das vigas do telhado. Chamei-o e fui para fora com ele; Os outros que resolvessem o problema agora. Gwaihir tremia de nervoso e precisava mais da minha atenção.
Esperei pelos outros lá fora, enquanto sentei ao lado de meu amigo. Aos poucos ele foi retomando a sua serenidade e juntos meditamos por alguns momentos. Os outros saíram e não sei dizer quem estava mais afetado pelo ocorrido – se era Rhogar, pela morte de seu amigo, ou Darkamos, que tomava para si a responsabilidade do ocorrido. Pafúncio dizia que o basilisco seguia seu instinto primordial. Via Darkamos como seu mestre, mas apenas se continha em relação aos outros do grupo em sua presença. Iria sempre representar uma ameaça a todos nós. Eu não atribui nenhuma culpa ao meu amigo Tievling. Naturalmente a decisão do que fazer cabia a ele, mas deveria ser decidido rápido.
Por enquanto, ele iria até os arredores da cidade com Balizika, para evitar algum incidente envolvendo os locais, que já haviam sido alertados a respeito do ocorrido; ficaria lá até resolver. Combinamos que nos encontraríamos à noite na taverna. Rhogar foi até um ferreiro próximo para se informar à respeito da armadura que queria e lhe disseram que apenas um anão trabalhava com Mithril, o Alto Clérigo Thormir, e ele poderia ser encontrado no Palácio. Fomos até o local e assistimos a negociação. O valor do serviço seria bem alto e nosso Paladino não dispunha do dinheiro suficiente, então eu e Pafúncio lhe ajudamos com um empréstimo. Não me faria falta aquele dinheiro. Além do preço, ficaria a cargo do interessado minerar o Mithril, dispondo da ajuda de apenas um guia minerador. Marcamos para a manhã seguinte. Voltando à taverna no final da manhã, o taberneiro nos repassou um aviso vindo do palácio: Nossa audiência seria concedida hoje mesmo.
Logo antes do horário do almoço rumamos ao palácio e fomos recebidos cordialmente e encaminhados até uma pequena sala de espera, onde nos serviram comida, cerveja e água em quantidade farta. Após algum tempo fomos levados à presença do Rei Thangorodrim. Fomos apresentados a um anão realmente altivo e majestoso, com uma armadura gigante repleta de adornos, com um olhar penetrante e austero. Fizemos as devidas reverências e reparamos em um anão bem idoso, de olhos e cabelos acinzentados. Era Grim, o conselheiro real. Reportamos a situação da floresta de Patapatani e repassamos os pedidos de reforços da Rainha Anafilin. Ao final, o Rei prometeu ponderar a respeito e nos convocaria em breve. Ergueu-se do trono e retirou-se.
Quando nos virávamos para partir, Grim nos chamou e levou-nos até uma câmara. Adran já avia voltado para a taverna e não soubemos nada de Darkamos, então estávamos eu, Pafúncio e Rhogar conversando com o Anão Ancião. – e Gwaihir me acompanhava. Ele nos disse ter interesse em tudo que se refere aos planos existenciais. Contei a respeito da minha busca pelo plano Astral, para contactar meu mestre. Ele nos disse a respeito de dois estudantes do assunto que estavam na torre de estudos da cidade: Orion e Arken Fionnghuala. Rhogar perguntou também a respeito de alguém que pudesse lhe ajudar a acessar Corurso. Acho que ele gostaria de se despedir, talvez. Coitado de meu amigo; Só agora reparei em como o seu semblante estava triste. Ele foi enviado a Frór, o Arquimago de Norlode. Enquanto isso, fui com Pafúncio em busca dos dois indivíduos. Chegamos primeiro a Orion. Era um rapaz humano grande e forte, que estava concentrado em seus papéis de estudo. Quando me aproximei e falei sobre os planos, ele ficou exasperado. Me perguntou se já estive em algum deles e se poderia levá-lo lá. Eu lhe disse que precisava de ajuda para acessar o plano Astral. Se estivesse interessado, disse que poderia apresentar-lhe um amigo que poderia ajudar em suas buscas pelos planos. Disse onde estávamos hospedados e partimos. Fomos agora atrás de Arken, uma humana, segundo Grim. Ela estava no topo da torre, em uma sala de arquivos, rodeada de pilhas de pergaminhos. Quando entramos na sala, ela se virou, revelando uma beleza incrivelmente exuberante. Confesso que fiquei entorpecido pelo seu olhar. Demorei um pouco para falar e notei seu olhar sério. Disse que éramos a fazíamos parte de um grupo de aventureiros e que buscávamos acesso ao Plano Astral. Ela pareceu muito austera e não ousei fugir à postura séria. No meio da conversa ela olho para Pafúncio e por um momento pensei que estivesse nervosa com algo que dissemos, mas ela falou com alguém que não víamos. De traz do Gnomo surgiu uma pequena fada, voando graciosamente, emanando uma luminescência suave e rindo graciosamente. Ela estava com a bolsa de moedas de Pafúncio e ria sarcasticamente. Pinkz era seu nome. Era o familiar de Arken. Percebi uma intensa emanação de ambas; O que me impressionou foi que a emanação era muito similar, o que indicava um elo de ligação entre as duas entidades. Após explanar nossas intenções, a convidamos a juntar-se a nós. Estaríamos aguardando na Taberna Bota Furada.
Esperamos Rhogar na saída do Palácio e ele voltou um tanto decepcionado. Ele não havia alcançado muito êxito com o ritual que tentara, mas tentaria novamente no dia seguinte. Eu disse para que fossem na frente, eu iria dar um passeio com Gwaihir antes de voltar. Montei e fui em direção ao teto da montanha. A neve despencava pela entrada acima. E avançávamos cada vez mais alto. Eu estava desagasalhado e meu corpo cedia ao vento e ao frio, mas o grifo seguia firme, sem demonstrar incômodo algum. Quando saímos pela gigantesca reentrância, pude distinguir o relevo das montanhas, que se estendia a oeste e ao sul, até onde a vista não alcançava. Norlode ficava, de fato, na esquina das Grandes Montanhas. Deleitei-me com a vasta floresta que se estendia ao horizonte, ao sudoeste. Mas a visão que me marcou para sempre foi o que presenciei olhando ao leste: um mar límpido e pleno, que ocupava toda a área ao fim das Montanhas, e no horizonte, um esplendoroso pôr-do-sol, criando um vórtice de cores e luzes; No exato momento em que o sol se apagava, Gwaihir mergulhou. Eu estava congelando, mas não notei, de tão maravilhado que fiquei com a experiência. Estava passando mau, Gwaihir percebeu. Adentrando a imensa caverna que é Norlode pude sentir a diferença na temperatura. Fazendo uma graça, Gwaihir esperou estar a alguns metros do chão para desembicar e pousar em uma rua deserta, chamando a atenção de diversos olhos curiosos. Fui até onde havíamos deixado Darkamos, más não o encontrei. Perguntei a um guarda e ele me informou que vira um Tieviling ingressando a cidade há poucas horas. Deveria estar na Taverna.
Entrando na Taverna, não avistei Darkamos, mas fiquei feliz ao ver que Arken estava no bar. Pafúncio estava com ela e Rhogar bebia, meio afastado. Fui até eles cumprimentei Arken e sua fada, feliz por terem aceitado a proposta de juntar-se a nós. Disse-lhes que amanhã mesmo iríamos ingressar nas cavernas em busca de minérios e que sua presença seria mais que bem linda. A mulher tinha uma atitude reservada e seca, ao contrario de Pinks, que era brincalhona e extrovertida. Eu estava cansado, e me retirei. Sem que ninguém percebesse, instrui Gwaihir a dormir sobre o telhado da estalagem. De manhã, comemos rapidamente e partimos, vi que Adran estava conosco, más novamente senti falta de Darkamos. Comecei a ficar preocupado. No caminho, passamos em um artesão que trabalhava com peles. Compramos alguns casacos e mantos para suportar as más condições que encontraríamos nos túneis. Encontramos com o minerador guia na entrada dos túneis. Deixei Gwaihir esperando do lado de fora; Esses buracos não são ideais para um Grifo.
Andamos por um tempo e logo começamos a perceber grandes veios na caverna. O minério se dispunha em desenhos bonitos, em tons claros de azul. Ficaria à nosso cargo a extração, então eu e Rhogar pegamos picaretas para ajudar o minerador. Era um trabalho árduo, mas pouco a pouco íamos reunindo grandes pepitas de Mithril. Repentinamente, começamos a sentir um tremor perturbador. O solo e as paredes soltavam pedras e poeira. O mineiro largou a picareta e saiu correndo. Um sumidouro se formou no chão, e dele brotou uma besta gigante: Um Verme Púrpura! Uma minhoca com uma carapaça grossa e com presas gigantes. Pafúncio pôde dizer que era um filhote, mas já representava perigo suficiente. Nos colocamos em combate. O verme cobria uma área grande de ataque, então eu e Pafúncio ficamos mais distante. O druida proferiu um feitiço e invocou do nada dois grandes ursos, que ajudaram a conter o movimento da besta. Adran subiu o grande corpo do verme, enquanto Rhogar avançava com sua espada. Arken lançou alguns encantos que atrasaram , mas não conteram os ataques bestiais. Em um rápido movimento, a besta engoliu Rhogar. Ficamos desesperados e eu não consegui ajudar muito – não com minhas flechas. O Paladino tentava se desvencilhar. Pude ver quando ele abriu uma fenda no ventre do verme. A luz de sua armadura escapava por lá. Provavelmente estava fazendo um bom efeito, pois não demorou até que ele fosse regurgitado. As luzes que Pafúncio costuma evocar surgiram uma vez mais e depois disso não demorou até que a besta estivesse morta. Aquele corpo púrpura fez um estrondo imenso ao tombar, e nos trouxe o receio de que a mamãe verme viesse tomar satisfações a qualquer momento. Acabamos de extrair às pressas, recolhemos o minério e voltamos correndo à cidade.
Na saída do túnel encontramos Gwaihir e Infeliz minerador, que parecia incrédulo em nos ver. Não acreditava que tínhamos matado uma daquelas bestas. Rhogar foi entregar o minério a Thormir e aproveitou para passar os moldes e medidas que desejava. Iria se encontrar com Frór para tentar novamente o ritual. Provavelmente ficaríamos mais alguns dias esperando pelo chamado do Rei e pela finalização da Armadura de Rhogar. Rhogar também foi notificado que sua audiência secreta seria concedida hoje. Esperamos pelo fim do ritual e quando Rhogar voltou, estava visivelmente feliz. Nem tivemos que perguntar. Atrás dele, vinha o Corurso! Sim, ele havia realizado a invocação, trazendo-o do plano Feérico e criando uma ligação espiritual entre os dois. Algo de Paladino que não pude compreender. Mas fiquei feliz também! Parece que Rhogar e Corurso estariam para sempre ligados!
(continua)
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Localização : São Paulo/SP
Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Grim veio até nos, nas escadarias do palácio, e disse que nos levaria até a audiência. Fomos levados até uma grande passagem ao norte da caverna e caminhamos até começar a caminhar a neve. Pouco depois, Grim parou, virou-se e dirigiu-se a Rhogar – Você gostaria de falar comigo, Rhogar. No que posso ajudá-lo? Ah, não pude acreditar! Aquele era Vallond , o Dragão Amigo! É sabido comumente que dragões têm a habilidade de assumir outras formas. Bem que eu tinha uma impressão estranha ao olhar para aqueles olhos prateados. Ele e o Paladino discutiram sobre os assuntos que perturbavam os inimigos de Varkatosh: O avanço de Slakich e da necessidade por reforços. Rhogar falou de sua intenção de formar uma cidade de Dragonborns e recebeu a promessa do apoio dos Draconatos prateados. Mas atingimos o ápice da conversa quando Vallond olhou intrigado para a cauda de Rhogar.
Interessante essa sua cauda, não? – disse ele. Ele contou que apenas um Dragonborn de cada cor pode ter uma cauda e que ter uma cauda possui um grande significado. Ele falou a respeito do pai do Paladino e disse que ele poderia atingir sua herança dracônica, seja lá o que isso signifique. Antes de partirmos, pedi para ele, respeitosamente com certeza, para que mostrasse a este curioso mortal a sua forma transcendental. Ele riu e deu alguns passos para trás. Em um piscar de olhos, ele se transformou em uma criatura descomunal, com couro prateado e placas radiantes. Representava muito poder e influencia. Nunca havia visto um dragão real em minha vida. Provavelmente não seria o último. Na hora de voltar, ele voltou à forma de anão e pediu para que mantivéssemos o segredo. Certamente manteríamos.
Comecei a pensar no que faria nesses dias em que ficaríamos na cidade. Lembrava da situação de Udun, preso e a mercê da Rainha Elfa. Sua liberdade dependia de nosso êxito aqui. No dia seguinte fui às armorias em busca de um arco longo. Tinha um projeto novo em mente, no qual eu poderia modificar o arco para usá-lo deitado. Adquiri também, de brinde, um pequeno barril de alcatrão, para tornar as flechas inflamáveis, e um aparato gnômico que serviria para ascender fogo com uma única mão, muito similar a uma pederneira. Fui até o marceneiro para realizar as alterações no arco. Ele instalou duas tiras de metal que me permitiriam apoiar meus pés e segurar o arco. Enquanto estava na frente da loja do marceneiro, vi um rebuliço na loja ao lado, a loja de Tallmir, o lapidador. Parece que um elfo havia roubado uma grande quantidades de gemas preciosas. Um capitão da guarda veio até mim e me indagou a respeito de um elfo que havia chegado recentemente na cidade. Disse que o conhecia, que chamava-se Adran e que estava nos acompanhando desde uma pequena vila próxima a Marcral. Disse que havíamos compartilhado algumas batalhas e que o considerava um amigo, más que se fosse realmente o culpado, deveria responder devidamente: Eu não interviria com a justiça. O Guarda disse que eu e meus companheiros deveríamos prestar testemunho a respeito do assunto. Assenti e me despedi. Parei em uma loja para encomendar uma sela especial para que eu pudesse voar melhor em Gwaihir. Ela seria ajustável e poderia me prender seguramente. Me custou um bom dinheiro, mas valeria a pena.
Antes de ir descansar, visitei Armícia e comprei um porco inteiro para Gwaihir comer. Ele ficou feliz e devorou a refeição vorazmente. Combinei com a anã que compraria uma cabra por dia, recebi um bom desconto e paguei adiantado. Ela foi gentil e excessivamente prestativa, colocando-se tanto à minha disposição quanto às suas cabras. Pobre garota, alguns meses atrás ficaria feliz em compartilhar seu leito, mas estou rumando a outros objetivos; À uma existência superior.
E como de costume, fiz uma breve reflexão antes de voltar á estalagem. Lembrei de tudo o que se sucedeu. Desde épocas mais simples, muitos invernos atrás, onde tudo era primavera. Onde não era monge ou aventureiro. Nem mesmo Supertramp. Onde eu era apenas Flopsy, o pequeno Willowroot, filho travesso e halfling mercante.
Interessante essa sua cauda, não? – disse ele. Ele contou que apenas um Dragonborn de cada cor pode ter uma cauda e que ter uma cauda possui um grande significado. Ele falou a respeito do pai do Paladino e disse que ele poderia atingir sua herança dracônica, seja lá o que isso signifique. Antes de partirmos, pedi para ele, respeitosamente com certeza, para que mostrasse a este curioso mortal a sua forma transcendental. Ele riu e deu alguns passos para trás. Em um piscar de olhos, ele se transformou em uma criatura descomunal, com couro prateado e placas radiantes. Representava muito poder e influencia. Nunca havia visto um dragão real em minha vida. Provavelmente não seria o último. Na hora de voltar, ele voltou à forma de anão e pediu para que mantivéssemos o segredo. Certamente manteríamos.
Comecei a pensar no que faria nesses dias em que ficaríamos na cidade. Lembrava da situação de Udun, preso e a mercê da Rainha Elfa. Sua liberdade dependia de nosso êxito aqui. No dia seguinte fui às armorias em busca de um arco longo. Tinha um projeto novo em mente, no qual eu poderia modificar o arco para usá-lo deitado. Adquiri também, de brinde, um pequeno barril de alcatrão, para tornar as flechas inflamáveis, e um aparato gnômico que serviria para ascender fogo com uma única mão, muito similar a uma pederneira. Fui até o marceneiro para realizar as alterações no arco. Ele instalou duas tiras de metal que me permitiriam apoiar meus pés e segurar o arco. Enquanto estava na frente da loja do marceneiro, vi um rebuliço na loja ao lado, a loja de Tallmir, o lapidador. Parece que um elfo havia roubado uma grande quantidades de gemas preciosas. Um capitão da guarda veio até mim e me indagou a respeito de um elfo que havia chegado recentemente na cidade. Disse que o conhecia, que chamava-se Adran e que estava nos acompanhando desde uma pequena vila próxima a Marcral. Disse que havíamos compartilhado algumas batalhas e que o considerava um amigo, más que se fosse realmente o culpado, deveria responder devidamente: Eu não interviria com a justiça. O Guarda disse que eu e meus companheiros deveríamos prestar testemunho a respeito do assunto. Assenti e me despedi. Parei em uma loja para encomendar uma sela especial para que eu pudesse voar melhor em Gwaihir. Ela seria ajustável e poderia me prender seguramente. Me custou um bom dinheiro, mas valeria a pena.
Antes de ir descansar, visitei Armícia e comprei um porco inteiro para Gwaihir comer. Ele ficou feliz e devorou a refeição vorazmente. Combinei com a anã que compraria uma cabra por dia, recebi um bom desconto e paguei adiantado. Ela foi gentil e excessivamente prestativa, colocando-se tanto à minha disposição quanto às suas cabras. Pobre garota, alguns meses atrás ficaria feliz em compartilhar seu leito, mas estou rumando a outros objetivos; À uma existência superior.
E como de costume, fiz uma breve reflexão antes de voltar á estalagem. Lembrei de tudo o que se sucedeu. Desde épocas mais simples, muitos invernos atrás, onde tudo era primavera. Onde não era monge ou aventureiro. Nem mesmo Supertramp. Onde eu era apenas Flopsy, o pequeno Willowroot, filho travesso e halfling mercante.
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 15 - 17 janeiro 2016
Pela tarde indaguei ao taberneiro á respeito do paradeiro de Adran. Ele me disse que o elfo estava em seu quarto há várias horas e que não queria ser perturbado. Bati na porta e ouvi sua voz entorpecida me mandando ir embora. Insisti e disse que era importante. Novamente não me deu atenção. Estava aflito com a situação, então golpeei a porta, destruindo o trinco e causando um estrondo alto. O ladino estava na cama com uma anã. Ele pareceu muito incomodando com minha invasão ao quarto, mas não me importei: Disse que a Guarda da cidade estava atrás dele e que ele era suspeito de um grande roubo de gemas valiosas. A anã se vestiu e saiu, enquanto e questionava a veracidade dos fatos. Ele me olhou nos olhos e jurou sua inocência. Acreditei e disse que algo deveria ser feito. Estava preocupado com ele. Fui chamar o resto do grupo para decidirmos o que deveria ser feito.
Estávamos reunidos no quarto, quando alguns Guardas chegaram para levar Adran á julgamento. Ele foi conduzido até o palácio. Eu e Pinks os seguimos. Eu estava invisível devido a um feitiço de Arken, então poderia estará disposição em caso de necessidade. Conduziram-no até uma sala, onde Pinks entrou. Resolvi esperar do lado de fora, tendo visto Frór entre os interrogadores; Certamente eu seria facilmente descoberto pelos mestres arcanos e anões de olhares perspicazes. Esperei por um bom tempo no lado de fora do palácio e então voltei ao quarto. Lá, encontrei Arken, Pafúncio e Rhogar em discussão. Parece que Arken havia entrado na mente do ladino e detectado mentira sem seus pensamentos! Ele realmente havia roubado uma grande quantia em pedras. Aquele bastardo ladrão! Ele mentiu para mim! Como ele foi capaz? Eu estava disposto a ajudá-lo, e ainda me faz isso? Hah, isso está muito errado e eu deveria ter percebido! Ele acaba de perder toda a minha confiança e não irei fazer absolutamente nada para livrá-lo da justiça!
Poucos instantes se passaram, e um guarda chega anunciando que estávamos sendo convocados para testemunho. Fomos ao palácio, mas sem escolta. Entramos e sentamos de frente para o trono. Pouco a frente, estava uma grande pedra e um anão com machado. Adran foi trazido e o rei anunciou que o criminoso deveria ser punido. Rhogar levantou-se e disse que deveria ser ele a aplicar apena. Provavelmente ele disse isto para nos isentar de qualquer culpa ou responsabilidade. Más então, o rei estendeu a mão, e Adran foi trazido, imobilizado e deitado contra a pedra. O machado desceu, e seu braço direito fora decepado! Depois, com um ferro em brasas, cauterizado. Os gritos foram ensurdecedores, mas ele não desviava o olhar de Rhogar. Ao termino, fora liberado e banido dos reinos dos Anões para sempre, sobre pena de morte.
Logo em seguida, trouxeram uma pequena jaula com uma fada dentro! Pinks! Ela seria julgada! Disseram que ela havia tentado intervir no interrogatório, então acabou sendo banida também. Saímos e voltamos á taverna. Estava ainda preocupado com Darkamos. Mal havia passado pela porta, vi meu corvo chegando e pousando em meu braço. Esperei uma mensagem de meu amigo bardo, mas o corvo simplesmente se transformou em pedra novamente. Talvez isso tenha sido um recado... Antes de partir, Adran me chamou em um canto para conversar. Disse-lhe que seria melhor que ele se afastasse do grupo, más que se ele tentasse algum tipo de vingança sobre nós, se arrependeria. Ele me pediu para ir até o ferreiro dentro de alguns dias para buscar algumas encomendas que havia feito e para lhe entregar na saída do túnel da cidade. Me disse também que provavelmente encontraria com um amigo dele: um orc chamado Groot. Eu estava consternado naquele momento e sua presença me causava repulsa. Respondi que sim e simplesmente virei as costas. Vi apenas ele conversando com a anã com que havia dividido a cama algumas horas atrás e então entrei novamente.
Esperamos por mais alguns dias. Rhogar pegou sua nova armadura de Mithril, que ficou muito impressionante. Ele também realizou o ritual para recuperar sua herança dracônica com o mestre Vallond. Quando ele terminou, estava com duas asas gigantes nas suas costas e seu chifre havia crescido! Se ele já era uma figura notável antes, imagine agora! Fui até o ferreiro e ele quis entregar-me uma armadura média de Mithril. Eu queria que ele mandasse entregá-la na saída do túnel da cidade, como eu havia prometido ao ladrão. Então o Ferreiro me perguntou em qual dos três túneis deveria entregar a armadura. Ah! Então havia mais de um túnel nessa cidade! Como poderia saber? Resolvi ficar, então, com a armadura, para entregá-la em nosso próximo encontro, se assim for condizente com os desígnios do universo.
Fomos novamente convocados para a presença do rei, e desta vez não fomos recebidos tão cordialmente. Ele ralhou conosco severamente, disse para avisar a rainha Élfica que não enviaria reforços e que da próxima vês, enviasse diplomatas no lugar de ladrões! Ladrões!!! Nos passamos por ladrões por causa daquele infeliz mau caráter! Rhogar se mostrou perplexo com os dizeres do rei. Levantou e simplesmente deu as costas. Mas, antes de sair, disse ao rei que seu egoísmo afetaria a muitos. Saímos também e nos preparamos para partir. Busquei a nova sela de Gwaihir, que ficou perfeita. O brasão Willowroot que estava em meu cachimbo agora estava incrustado nela. A sela ficou ajustável, como queria, e possibilitava prender minas pernas para evitar minha queda. Deixamos uma mensagem a Darkamos na taverna, para que ele nos encontrasse em Patapatani e então partimos: passamos pelo mesmo portal pelo qual viemos e chegamos a nosso destino.
Fomos recebidos e repassamos as más noticias à Rainha. Contamos sobre a traição de Adran e que ela havia causado o fracasso de nossa missão diplomática. Nenhum reforço viria dos anões. Ela, como sempre, ficou possessa e comportou-se escandalosamente. No que dizia a guerra, os elfos marchariam dentro de alguns dias, de qualquer maneira, e nós seriamos escalados para algum destacamento. Pedi permissão para trocar algumas palavras com Udun. Fui até os calabouços e troquei algumas palavras – por escrito- com ele. Contei o que havia se passado nos últimos dias e lhe falei para agüentar firme, pois estávamos fazendo o possível para tirá-lo de lá. Na cela ao lado, estava um meio-orc. Era o tal de Groot que Adran havia mencionado. Não dei muita importância a ele; Provavelmente era algum comparsa de crime daquele elfo desonesto.
Depois de alguns dias, marchamos a guerra. Fomos destacados para a frente norte, onde ofereceríamos a assistência que fosse necessária. Gwaihir estava me acompanhando, mas lhe instrui para partir imediatamente ao meu comando para Ficar em segurança, com a Dama dos Animais. Durante a marcha, tentávamos aumentar a moral dos soldados, que não parecia tão alta. Rhogar tocava seu alaúde, enquanto interagíamos com os elfos envolta. Seria uma batalha grandiosa e minha primeira nestas proporções. Era chegada a hora de confrontar as hordas reptilianas de Slakish, a portadora da discórdia.
Pela tarde indaguei ao taberneiro á respeito do paradeiro de Adran. Ele me disse que o elfo estava em seu quarto há várias horas e que não queria ser perturbado. Bati na porta e ouvi sua voz entorpecida me mandando ir embora. Insisti e disse que era importante. Novamente não me deu atenção. Estava aflito com a situação, então golpeei a porta, destruindo o trinco e causando um estrondo alto. O ladino estava na cama com uma anã. Ele pareceu muito incomodando com minha invasão ao quarto, mas não me importei: Disse que a Guarda da cidade estava atrás dele e que ele era suspeito de um grande roubo de gemas valiosas. A anã se vestiu e saiu, enquanto e questionava a veracidade dos fatos. Ele me olhou nos olhos e jurou sua inocência. Acreditei e disse que algo deveria ser feito. Estava preocupado com ele. Fui chamar o resto do grupo para decidirmos o que deveria ser feito.
Estávamos reunidos no quarto, quando alguns Guardas chegaram para levar Adran á julgamento. Ele foi conduzido até o palácio. Eu e Pinks os seguimos. Eu estava invisível devido a um feitiço de Arken, então poderia estará disposição em caso de necessidade. Conduziram-no até uma sala, onde Pinks entrou. Resolvi esperar do lado de fora, tendo visto Frór entre os interrogadores; Certamente eu seria facilmente descoberto pelos mestres arcanos e anões de olhares perspicazes. Esperei por um bom tempo no lado de fora do palácio e então voltei ao quarto. Lá, encontrei Arken, Pafúncio e Rhogar em discussão. Parece que Arken havia entrado na mente do ladino e detectado mentira sem seus pensamentos! Ele realmente havia roubado uma grande quantia em pedras. Aquele bastardo ladrão! Ele mentiu para mim! Como ele foi capaz? Eu estava disposto a ajudá-lo, e ainda me faz isso? Hah, isso está muito errado e eu deveria ter percebido! Ele acaba de perder toda a minha confiança e não irei fazer absolutamente nada para livrá-lo da justiça!
Poucos instantes se passaram, e um guarda chega anunciando que estávamos sendo convocados para testemunho. Fomos ao palácio, mas sem escolta. Entramos e sentamos de frente para o trono. Pouco a frente, estava uma grande pedra e um anão com machado. Adran foi trazido e o rei anunciou que o criminoso deveria ser punido. Rhogar levantou-se e disse que deveria ser ele a aplicar apena. Provavelmente ele disse isto para nos isentar de qualquer culpa ou responsabilidade. Más então, o rei estendeu a mão, e Adran foi trazido, imobilizado e deitado contra a pedra. O machado desceu, e seu braço direito fora decepado! Depois, com um ferro em brasas, cauterizado. Os gritos foram ensurdecedores, mas ele não desviava o olhar de Rhogar. Ao termino, fora liberado e banido dos reinos dos Anões para sempre, sobre pena de morte.
Logo em seguida, trouxeram uma pequena jaula com uma fada dentro! Pinks! Ela seria julgada! Disseram que ela havia tentado intervir no interrogatório, então acabou sendo banida também. Saímos e voltamos á taverna. Estava ainda preocupado com Darkamos. Mal havia passado pela porta, vi meu corvo chegando e pousando em meu braço. Esperei uma mensagem de meu amigo bardo, mas o corvo simplesmente se transformou em pedra novamente. Talvez isso tenha sido um recado... Antes de partir, Adran me chamou em um canto para conversar. Disse-lhe que seria melhor que ele se afastasse do grupo, más que se ele tentasse algum tipo de vingança sobre nós, se arrependeria. Ele me pediu para ir até o ferreiro dentro de alguns dias para buscar algumas encomendas que havia feito e para lhe entregar na saída do túnel da cidade. Me disse também que provavelmente encontraria com um amigo dele: um orc chamado Groot. Eu estava consternado naquele momento e sua presença me causava repulsa. Respondi que sim e simplesmente virei as costas. Vi apenas ele conversando com a anã com que havia dividido a cama algumas horas atrás e então entrei novamente.
Esperamos por mais alguns dias. Rhogar pegou sua nova armadura de Mithril, que ficou muito impressionante. Ele também realizou o ritual para recuperar sua herança dracônica com o mestre Vallond. Quando ele terminou, estava com duas asas gigantes nas suas costas e seu chifre havia crescido! Se ele já era uma figura notável antes, imagine agora! Fui até o ferreiro e ele quis entregar-me uma armadura média de Mithril. Eu queria que ele mandasse entregá-la na saída do túnel da cidade, como eu havia prometido ao ladrão. Então o Ferreiro me perguntou em qual dos três túneis deveria entregar a armadura. Ah! Então havia mais de um túnel nessa cidade! Como poderia saber? Resolvi ficar, então, com a armadura, para entregá-la em nosso próximo encontro, se assim for condizente com os desígnios do universo.
Fomos novamente convocados para a presença do rei, e desta vez não fomos recebidos tão cordialmente. Ele ralhou conosco severamente, disse para avisar a rainha Élfica que não enviaria reforços e que da próxima vês, enviasse diplomatas no lugar de ladrões! Ladrões!!! Nos passamos por ladrões por causa daquele infeliz mau caráter! Rhogar se mostrou perplexo com os dizeres do rei. Levantou e simplesmente deu as costas. Mas, antes de sair, disse ao rei que seu egoísmo afetaria a muitos. Saímos também e nos preparamos para partir. Busquei a nova sela de Gwaihir, que ficou perfeita. O brasão Willowroot que estava em meu cachimbo agora estava incrustado nela. A sela ficou ajustável, como queria, e possibilitava prender minas pernas para evitar minha queda. Deixamos uma mensagem a Darkamos na taverna, para que ele nos encontrasse em Patapatani e então partimos: passamos pelo mesmo portal pelo qual viemos e chegamos a nosso destino.
Fomos recebidos e repassamos as más noticias à Rainha. Contamos sobre a traição de Adran e que ela havia causado o fracasso de nossa missão diplomática. Nenhum reforço viria dos anões. Ela, como sempre, ficou possessa e comportou-se escandalosamente. No que dizia a guerra, os elfos marchariam dentro de alguns dias, de qualquer maneira, e nós seriamos escalados para algum destacamento. Pedi permissão para trocar algumas palavras com Udun. Fui até os calabouços e troquei algumas palavras – por escrito- com ele. Contei o que havia se passado nos últimos dias e lhe falei para agüentar firme, pois estávamos fazendo o possível para tirá-lo de lá. Na cela ao lado, estava um meio-orc. Era o tal de Groot que Adran havia mencionado. Não dei muita importância a ele; Provavelmente era algum comparsa de crime daquele elfo desonesto.
Depois de alguns dias, marchamos a guerra. Fomos destacados para a frente norte, onde ofereceríamos a assistência que fosse necessária. Gwaihir estava me acompanhando, mas lhe instrui para partir imediatamente ao meu comando para Ficar em segurança, com a Dama dos Animais. Durante a marcha, tentávamos aumentar a moral dos soldados, que não parecia tão alta. Rhogar tocava seu alaúde, enquanto interagíamos com os elfos envolta. Seria uma batalha grandiosa e minha primeira nestas proporções. Era chegada a hora de confrontar as hordas reptilianas de Slakish, a portadora da discórdia.
Ygor Peluso- Orc Slayer
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Localização : São Paulo/SP
Re: Zandor pelas Lembranças de Flopsy Willowroot - O Supertramp
Sessão 16 - 31 janeiro 2016
Os últimos Vislumbres
Estávamos acampados atrás das linhas de frente do destacamento Norte do Exército de Patapatani. Nossa missão seria ficar na retaguarda até que surgisse algum comandante ou esquadrão de elite. Um general elfo aproximou-se de onde estávamos e nos apresentou um senhor, Iroh Agro, como um conjurador experiente que poderia nos auxiliar em combate. Era um simpático meio-elfo que trazia na face as feições da experiência. Mostrou-se muito prestativo e até pediu para chamá-lo de tio! Que simpático! Tenho certeza de que nos prestara grande ajuda no campo de batalha.
Enquanto Pafúncio realizava um ritual para espionar o avanço das tropas inimigas, começamos a prestar atenção em como o ambiente no qual estávamos era estranho: a natureza em si mostrava sinais da influencia de Slakish. A vegetação emanava maldade e os poucos animais que podiam ser vistos eram abominações. O Gnomo nos informa do avanço de criaturas estranhas que acompanhavam os Yuan-Ti e logo podemos vê-los. São criaturas vegetais! Plantas animadas por energias malignas. Chamavam-se Blights, segundo nosso Druida.
Logo a batalha teve inicio. Rhogar não estava entre nós: Havia sido convocado em outro lugar. Pudemos distinguir muitos Dragonborns azuis ao Sul! Eram os reforços enviados por Krigaros! Provavelmente isso seria a explicação pela ausência de nosso paladino. Antes de sermos convocados, participamos da batalha derrotando alguns inimigos que transpassavam nossas linhas de frente. Eu, Pafúncio, Arken e nosso novo amigo, Tio Iroh, abatamos diversos serpentilianos. Ouvíamos um clamor ensurdecedor da luta, inclusive trovões acompanhados de clarões azulados ao longe. Os Blights pareciam constituir a maioria do exercito inimigo, então pensei em usar fogo contras criaturas vegetais, más os elfos queriam fazer o máximo para não danificar a floresta... Compreensível, mas talvez sacrifícios fossem necessários pelo bem maior...
Após alguns dias de batalha, fomos convocados finalmente para combater uma unidade de elite. O oficial nos informou da presença de um Yuan-Ti gigantesco que varria os campos e um Dragão Verde que afastava tanto aliados quanto oponentes. Estávamos mais tentados a enfrentar o Yuan-Ti gigante, más Arken nos persuadiu a caçar o Dragão. Foi um grande erro...
O Dragão Verde provavelmente era filho de Slakish; Um dragão jovem, mas ainda assim um dragão. Era, obviamente, um dragão de veneno. Recebemos do oficial algumas poções de cura. Bolei uma estratégia para derrotá-lo, já que iríamos enfrentá-lo em apenas quatro combatentes. Decidimos que criaríamos uma distração que nos possibilitasse causar um dano certeiro e repentino. Revirando minhas coisas, encontrei meu pequeno barril de líquido inflamável. Sim, alcatrão! Uma explosão é exatamente do que precisamos! Pedi um barril a mais para os elfos e expus meu plano, que foi adotado na falta de um melhor.
Avançamos até a localização do Dragão furtivamente. Sua presença era intimidadora e dele exalava uma aura terrível. Intoxicante! Arken fez com que Pinkz mantivesse uma ilusão de um Dragão Prateado enquanto tentávamos posicionar os barris. Pafúncio invocou quatro macacos para auxiliar agilmente na operação. Parecia que tudo daria certo, até que o Dragão Verde atacou a ilusão, dissipando-a. Antes que pudéssemos pensar, ele já estava sobre nós, armando um ataque com o pescoço recuado. De sua boca, jorrou uma onda verde de seu sopro venenoso. Todos fomos afetados terrivelmente. Pinkz foi desintegrada instantaneamente e Iroh, caído, cuspia jarros de sangue. Consegui resistir levemente, mas estava confuso e minha visão ficou turva. Consegui ver Pafúncio ao lado do barril. Precis... Preciso ajudá-lo... Não pensava direito. Apena corri até ele e derramei uma poção na goela de meu camarada. Pafúncio, o primeiro cara do grupo que conheci. Então olhei para o barril e corri até ele; Más recuei assim que vi a besta gigantesca me encarando. Fugi para as árvores mais distantes. O Dragão abaixou com tudo a cauda sobre o Druida. Vi que Arken ainda tentava correr ao longe. Tentei novamente arremessar outro barril, mas foi em vão. Ele veio até mim e nada pude fazer... “Carne de Halfling! Tão Macia! Hahaha” ele disse, e foram as últimas palavras que escutei.
Tudo desabava sobre mim, e senti frio! Frio como aquele das colinas do norte, que me fez rumar pela floresta, ao encontro dos indivíduos mais fantásticos com os quais tive a honra de conviver e partilhar uma luta! Suas faces vieram a minha mente, combates e festas, loucos heróis, música, um vôo na neve, um alaúde sobre o fogo crepitando e um anel, raios e esquilos, um chifre retorcido, uma caveira fosforescente, família e famílias, um vórtice caótico que oscilava freneticamente e preenchia tudo. Oscilava. E então, o vazio...
Os últimos Vislumbres
Estávamos acampados atrás das linhas de frente do destacamento Norte do Exército de Patapatani. Nossa missão seria ficar na retaguarda até que surgisse algum comandante ou esquadrão de elite. Um general elfo aproximou-se de onde estávamos e nos apresentou um senhor, Iroh Agro, como um conjurador experiente que poderia nos auxiliar em combate. Era um simpático meio-elfo que trazia na face as feições da experiência. Mostrou-se muito prestativo e até pediu para chamá-lo de tio! Que simpático! Tenho certeza de que nos prestara grande ajuda no campo de batalha.
Enquanto Pafúncio realizava um ritual para espionar o avanço das tropas inimigas, começamos a prestar atenção em como o ambiente no qual estávamos era estranho: a natureza em si mostrava sinais da influencia de Slakish. A vegetação emanava maldade e os poucos animais que podiam ser vistos eram abominações. O Gnomo nos informa do avanço de criaturas estranhas que acompanhavam os Yuan-Ti e logo podemos vê-los. São criaturas vegetais! Plantas animadas por energias malignas. Chamavam-se Blights, segundo nosso Druida.
Logo a batalha teve inicio. Rhogar não estava entre nós: Havia sido convocado em outro lugar. Pudemos distinguir muitos Dragonborns azuis ao Sul! Eram os reforços enviados por Krigaros! Provavelmente isso seria a explicação pela ausência de nosso paladino. Antes de sermos convocados, participamos da batalha derrotando alguns inimigos que transpassavam nossas linhas de frente. Eu, Pafúncio, Arken e nosso novo amigo, Tio Iroh, abatamos diversos serpentilianos. Ouvíamos um clamor ensurdecedor da luta, inclusive trovões acompanhados de clarões azulados ao longe. Os Blights pareciam constituir a maioria do exercito inimigo, então pensei em usar fogo contras criaturas vegetais, más os elfos queriam fazer o máximo para não danificar a floresta... Compreensível, mas talvez sacrifícios fossem necessários pelo bem maior...
Após alguns dias de batalha, fomos convocados finalmente para combater uma unidade de elite. O oficial nos informou da presença de um Yuan-Ti gigantesco que varria os campos e um Dragão Verde que afastava tanto aliados quanto oponentes. Estávamos mais tentados a enfrentar o Yuan-Ti gigante, más Arken nos persuadiu a caçar o Dragão. Foi um grande erro...
O Dragão Verde provavelmente era filho de Slakish; Um dragão jovem, mas ainda assim um dragão. Era, obviamente, um dragão de veneno. Recebemos do oficial algumas poções de cura. Bolei uma estratégia para derrotá-lo, já que iríamos enfrentá-lo em apenas quatro combatentes. Decidimos que criaríamos uma distração que nos possibilitasse causar um dano certeiro e repentino. Revirando minhas coisas, encontrei meu pequeno barril de líquido inflamável. Sim, alcatrão! Uma explosão é exatamente do que precisamos! Pedi um barril a mais para os elfos e expus meu plano, que foi adotado na falta de um melhor.
Avançamos até a localização do Dragão furtivamente. Sua presença era intimidadora e dele exalava uma aura terrível. Intoxicante! Arken fez com que Pinkz mantivesse uma ilusão de um Dragão Prateado enquanto tentávamos posicionar os barris. Pafúncio invocou quatro macacos para auxiliar agilmente na operação. Parecia que tudo daria certo, até que o Dragão Verde atacou a ilusão, dissipando-a. Antes que pudéssemos pensar, ele já estava sobre nós, armando um ataque com o pescoço recuado. De sua boca, jorrou uma onda verde de seu sopro venenoso. Todos fomos afetados terrivelmente. Pinkz foi desintegrada instantaneamente e Iroh, caído, cuspia jarros de sangue. Consegui resistir levemente, mas estava confuso e minha visão ficou turva. Consegui ver Pafúncio ao lado do barril. Precis... Preciso ajudá-lo... Não pensava direito. Apena corri até ele e derramei uma poção na goela de meu camarada. Pafúncio, o primeiro cara do grupo que conheci. Então olhei para o barril e corri até ele; Más recuei assim que vi a besta gigantesca me encarando. Fugi para as árvores mais distantes. O Dragão abaixou com tudo a cauda sobre o Druida. Vi que Arken ainda tentava correr ao longe. Tentei novamente arremessar outro barril, mas foi em vão. Ele veio até mim e nada pude fazer... “Carne de Halfling! Tão Macia! Hahaha” ele disse, e foram as últimas palavras que escutei.
Tudo desabava sobre mim, e senti frio! Frio como aquele das colinas do norte, que me fez rumar pela floresta, ao encontro dos indivíduos mais fantásticos com os quais tive a honra de conviver e partilhar uma luta! Suas faces vieram a minha mente, combates e festas, loucos heróis, música, um vôo na neve, um alaúde sobre o fogo crepitando e um anel, raios e esquilos, um chifre retorcido, uma caveira fosforescente, família e famílias, um vórtice caótico que oscilava freneticamente e preenchia tudo. Oscilava. E então, o vazio...
Ygor Peluso- Orc Slayer
- Mensagens : 40
Data de inscrição : 20/02/2017
Idade : 28
Localização : São Paulo/SP
Ygor Peluso- Orc Slayer
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